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Lagarto

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Lagarto (Sergipe)
Nota: Para outros significados de Lagarto, veja Lagarto (desambiguação).
Município de Lagarto
"Papa-Jaca"

Fundação 1698
Gentílico lagartense
Lema Cidade Ternura
Prefeito(a) José Valmir Monteiro (Al-Qaeda) (PSC)
(2009–2012)
Localização

Localização de Lagarto em Sergipe

Localização de Lagarto no Brasil
10° 55' 01" S 37° 39' 00" O10° 55' 01" S 37° 39' 00" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Agreste Sergipano IBGE/2008[1]
Microrregião Agreste de Lagarto IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Simão Dias, São Domingos, Salgado, Riachão do Dantas,Itaporanga d'Ajuda e Campo do Brito
Distância até a capital 75 km
Características geográficas
Área 969,226 km² [2]
População 94 852 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 97,86 hab./km²
Clima Semi-árido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,614
médio PNUD/2000[4]
PIB R$ 584 195,049 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 6 371,00 IBGE/2008[5]
Lagarto é um município brasileiro do estado de Sergipe. Está localizado na região centro-sul do Estado, tendo a maior população do interior, e a terceira maior do Estado de Sergipe.

Índice [esconder]
1 Geografia
1.1 Demografia
2 Religião
3 Economia
3.1 Turismo
4 Educação
5 Cultura
6 Filhos ilustres
7 Política
8 Atual Administração
8.1 (2008 - 2012)
9 Administradores
10 Referências
11 Ligações externas


[editar] Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º55'02" sul e a uma longitude 37º39'00" oeste, estando a uma altitude de 183 metros. Possui uma área de 969,226 km² [6] e está situado na microrregião agreste de Lagarto. A hidrografia do município é composta pelos rios Vaza-Barris, Piauí, Jacaré, Piauitinga de Cima, Machado e Caiça, pelos riachos Oiti, Pombos, Flexas e Urubutinga. No seu solo, há riquezas minerais exploradas e inexploradas: argila, calcário, mármore, enxofre, e pedras de revestimento. Sua área de preservação são as piscinas do povoado Brejo, as - fontes naturais -, o Balneário Bica (fonte natural no perímetro urbano).

Hoje, há mais de 100 povoados que compõem o município. Os principais são Colônia Treze, Açuzinho, Açu, Caraíbas, Brasília, Brejo, Jenipapo, Gameleiro, Urubutinga, Araçás, Estancinha,Urubu Grande, Boa Vista do Urubu, Coqueiro, Boieiro, Mariquita, Tapera dos Modestos, Rio Fundo, Quilombo, Telha, Pururuca, Santo Antônio, Taperinha, Itaperinha, Tanque, Curralinho, Campo do Crioulo, Gavião, Oiteiros, Brejo, Moita Redonda, Fazenda Grande, Tapera do Saco, Sobrado, Pé da Serra do Qui, Luís Freire, Mangabeira, Rio das Vacas, Olhos d'Água,Pindoba, Barro Vermelho,Limoeiro, Fundão, etc.

[editar] Demografia
A população de Lagarto é mista, com predominância de ascendência portuguesa. Segundo o censo do IBGE em 2010, sua população é de 94.852 habitantes[3]. Mantendo o percentual de crescimento em comparação com o resultado do Censo 2010, com a estimativa populacional do IBGE de 2009[7], estima-se que no ano de 2012 a população alcance 100.000 habitantes.

Conforme o censo 2010 mostra[3], que 48,46% da população reside na zona rural, com 45.963 habitantes; já a zona urbana tem 51,54%, com 48.889 habitantes. A população masculina é de 46.498 (49,02%), e a feminina é de 48.354 (50,98%). Possui 33.532 domicílios.

[editar] Religião
No campo religioso, a Igreja Católica Apostólica Romana possui o maior rebanho de fiéis da cidade, sendo composta por 2 Paróquias: Nossa Senhora da Piedade (Centro), Santa Luzia (Pov. Colônia 13), e por duas Semi-Paróquias: Nossa Senhora de Fátima (Bairro Loiola) e Santa Luzia (Bairro Boa Vista). A cidade de Lagarto pertence faz parte da Diocese de Estância, a imagem da Padroeira é coroada canonicamente por ordem do Papa João Paulo II, havendo no Brasil apenas outras três coroadas de tal forma. A Paróquia Nossa Senhora da Piedade vem se destacando pelas inúmeras vocações sacerdotais, sendo terra natal de dois bispos Dom Dulcênio Fontes de Matos e Dom Frei João da Costa, cerca de 20 sacerdotes e 4 seminaristas. Destaca-se a presença de três ordens Religiosas na cidade: Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho e Pias Mestras Rosa Venerini, que atuam no campo da educação e as Religiosas Irmãs Camilianas que atuam no campo da saúde. Os eventos religiosos como as Vias Sacras, Novenas, Cristo Vive, Novenário de Nossa Senhora da Piedade. Bem como o Congresso da Catedral Batista e o Projeto Jonas, ambos organizados por Igrejas Cristãs Protestantes. Também merece destaque as Igrejas Batistas, Assembleia de Deus, Adventista, Presbiteriana e Universal do Reino de Deus.

[editar] Economia
Em Lagarto, as atividades econômicas estão expressivamente pautadas nos produtos agrícolas, com destaque no cultivo de Tabaco e plantas cítricas. Na criação têm-se os rebanhos bovinos, eqüinos, ovinos, suínos; e os galináceos. A industrialização do Tabaco movimenta a economia do município em que mais da metade de sua produção é exportada para outros estados. Destaca-se ainda neste setor as indústrias de embalagens, concessionárias de veículos, fábricas de móveis, fábricas de velas, indústrias de produtos químicos e indústrias do gênero alimentício.

Há no comércio local, aproximadamente 500 lojas de artigos diversos, duas lojas do Gbarbosa, sendo um Hipermercado, e também um Supermercado do grupo Wal-Mart, tendo como bandeira o TodoDia. Há diversas revendedoras de carro de passeio e máquinas agrícolas, bem como de peças.

Dispõe de 6 agências bancárias, dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banese, Bradesco e Itaú.

No artesanato têm-se trabalhos em crochê, bordados em ponto-de-cruz e fabricação de vassouras de palha.

Afora essas atividades, há ainda uma feira livre. É uma das maiores do Estado de Sergipe e acontece toda segunda-feira, desde a madrugada até o entardecer. Todo o entorno da Praça Rosendo Ribeiro Filho é ocupado pela feira, que está subdividida em setores: frutas, verduras, carne, farinha, trocas, madeiras, roupas.

Há grandes empreendedores no Município, em que suas empresas geram milhares de empregos diretos e indiretos, e atua em vários setores da economia, da indústria à construção, do comércio à educação superior.

[editar] Turismo
No município de Lagarto, há importantes pontos turísticos: Barragem Dionízio de Araújo Machado, Praça Dr. Filomeno Hora, Pedra da Arara, Cachoeira do Saboeiro, Fazenda Bonfim (Rio do Cristo), Fazenda Boa Vista da Cajazeira (por seu imponente casarão do século XIX em estilo colonial), Rios locais e o Santuário Mariano de Nossa Senhora da Piedade (onde existe uma imagem de La Pietá, que igual só há na Espanha, coroada com autorização de Sua Santidade o Papa João Paulo II). Há também festas anuais de renome estadual e nacional, são elas: Lagarto Folia, Silibrina(uma das mais tradicionais do Nordeste, com mais de 80 anos de tradição), Festival da Mandioca, Vaquejada de Lagarto, Exposição Estadual de Animais, Desfile Cívico-Militar, Festa da Padroeira, Forroreta, Madereta.

O turista, além de apreciar a beleza local, pode saborear deliciosos pratos da cozinha regional: arroz de galinha, sopa de mocotó, mugunzá, arroz doce, vatapá, maniçoba, caruru, beijú de tapioca, pé-de-moleque, malcasado, etc.

[editar] Educação
As escolas de Lagarto incentivam muito a cultura e todo ano a Secretaria Municipal de Educação e Cultura organizam o tradicional Desfile Cívico-Militar de Lagarto, onde participam escolas da Rede Pública e Particular. As escolas que se destacam são: Públicas – Colégio Municipal Frei Cristóvão de Santo Hilário, Colégio Municipal Zezé Rocha, Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (Polivalente), Escola Municipal Adelina Maria de Santana Souza, Colégio Estadual Silvio Romero (O mais antigo da cidade)Escola Estadual Dom Mário Rino Sivieri, Instituto Federal de Sergipe (Antiga UNED). Particulares – Colégio Nossa Senhora da Piedade (Colégio das Freiras), Colégio Cenecista Laudelino Freire, Grêmio Escolar Pequeno Príncipe, Fundação José Augusto Vieira, Colégio Mundial. O município dispõe de instituições de ensino superior: Faculdade José Augusto Vieira, Universidade Vale do Acaraú, Universidade Tiradentes (EAD) e brevemente contará com um Campus Avançado da Saúde da Universidade Federal de Sergipe. São características das escolas realizarem eventos e desfiles paralelos em diferentes épocas do ano: Carroceatas, Apresentações de Ballet, Projetos Pedagógicos, Palestras, entre outros.

Em 2008 a cidade de Lagarto recebeu o Prêmio EDUCAÇÃO NOTA 10, do Instituto Ayrton Senna, devido ao seu importante trabalho na educação, tanto na rede pública quanto particular.

[editar] Cultura
Muitos grupos folclóricos fazem parte da cultura da cidade. Com o passar do tempo, muitos acabaram sendo esquecidos pela população local, entretanto, alguns continuam sendo preservados, tais como:

Chegança - Grupo de dança que retrata a luta entre reis católicos e turcos, pela reconquista do trono português
Parafusos - Esse grupo retrata a fuga dos escravos para quilombos. Ao passarem pelas vilas, eles roubavam anáguas de linho com babados das senhorinhas. Depois de serem libertados, desfilavam pelas ruas da cidade com as vestes. Segundo o historiador Adalberto Fonseca, o termo "Parafusos" foi criado pelo Padre Salomão Saraiva, que ao ver da igreja os escravos com saias exclamou que pareciam parafusos dançando. A expressão pegou e durante muitos anos, o desfile dos parafusos fazia parte do calendário folclórico da cidade.
Taieiras - Grupos de moças com vestes orientais que dançam em torno de um mastro enfeitado, ao som de música de zabumba, enquanto rapazes espadachins encenam lutas para proteger o casal real.
Cangaceiros- Grupos de homens vestidos como cangaceiros que relembram os atos de Lampião, visitando lojas e casas e pedindo comida e bebida, sob ameaça de agressão se não forem atendidos.
Zabumba- Grupo de homens que saem tocando instrumentos rúticos de percussão para animar festas de batizados, casamentos, e outras manifestações populares em troca de gorjetas, comida e bebida.
Quadrilhas - Grupo de rapazes, moças e até crianças que dançam músicas juninas sob o toque da sanfona. São apresentadas geralmente por escolas e atuam nos meses de junho/julho.
Silibrina - É uma comemoração antecipada da festa junina. Para alguns é até uma brincadeira eletrizante comemorando a chegada das festas juninas. É comemorada a mais de 80 anos e é organizada pelos fogueteiros :Zé Canuto, Dedé fogueteiro, Canuto filho, Sr. Defino , Hamilton Prata e Domingos da Colônia 13.
A silibrina é acompanhada pela banda de pífano e zabumbas do saudoso Zé Terreno e regada com muita cachaça.

[editar] Filhos ilustres
Laudelino Freire - Advogado, jornalista, professor, político, crítico e filólogo, nasceu em Lagarto em 26 de janeiro de 1873, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de junho de 1937.
Sílvio Romero - professor, escritor, jornalista, filósofo, grande valorizador da cultura popular, jurista, deixou enorme obra literária que influenciou a cultura nacional.
Aníbal Freire - Escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.
Joel Silveira - Jornalista e escritor brasileiro.
Dionísio de Araújo Machado - Chefe Político, prefeito por dois mandatos e o único lagartense a ocupar o cargo de Governador do Estado de Sergipe.
Filomeno Hora - Juiz de Direito, advogado, assassinado em 8 de janeiro de 1902, na praça que atualmente leva seu nome.
José Raymundo Ribeiro (Cabo Zé) - Chefe Político, radialista, empresário, um dos principais líderes do grupo Bole-Bole.
[editar] Política
Bole-Bole x Saramandaia

Em Lagarto existe uma briga histórica entre esses dois grupos políticos, inspirada na novela da Rede Globo Saramandaia, uma cidade pequena onde havia dois grupos políticos, onde a questão maior era mudar o nome da cidade de Bole-Bole para Saramandaia. Em Lagarto no início as principais lideranças eram Dionízio Machado e Artur de Oliveira Reis (Artur do Gavião) pelo SARAMANDAIA e Rosendo Ribeiro Filho (Ribeirinho) pelo BOLE-BOLE, mas devido a idade avançada dos dois caçiques, os dois gupos agora estão sendo liderados por: Saramandaia - Jerônimo Reis/Lila Fraga; Bole-Bole - José Raimundo Ribeiro (Cabo Zé)/Luíza Ribeiro. Esses grupos vem se alternando no poder desde os anos 80. Atualmente a Prefeitura de Lagarto está sendo comandada por um "Bole-bole" - Valmir Monteiro.

Principais lideranças desses dois históricos grupos:

Saramandaia: Dionízio Machado (ex-prefeito, ex-governador e ex-vice-governador) Artur Reis (ex-deputado estadual e ex-prefeito),Zezé Rocha (ex-prefeito), Jerônimo Reis (ex-deputado estadual, ex-prefeito, ex-deputado federal).
Bole-Bole: Ribeirinho (ex-prefeito e ex-Deputado estadual), Cabo Zé (ex-prefeito e ex-deputado estadual).
Indeterminado: Prefeito Valmir Monteiro(Al-Qaeda)
[editar] Atual Administração
[editar] (2008 - 2012)
O Atual prefeito Valmir Monteiro durante sua campanha pela disputa ao cargo de prefeito foi apoiado pelo grupo " Bole-bole" na pessoa de "Cabo Zé". Este apos a eleição não podendo usar da máquina politica passou a perseguir o atual candidato em sua radio particular de forma clara. Valmir Monteiro tem feito uma administração focada na educaçaõ e saude do municipio tento ainda 2 anos de mandato para consolidar uma das melhores administrações de lagarto .

[editar] Administradores
Sebastião D'Ávila Garcez (1897-1902)
José Cirilo de Cerqueira (1902-1910)
Gonçalo Rodrigues da Costa (1911-1912)
Felipe Jaime Santiago (1912-1913)
Antônio Oliva (1914-1917)
Joaquim da Silveira Dantas (1918-1921)
Acrísio D'Ávila Garcez (1922-1925)
Porfírio Martins de Menezes (1926-1930)
Rosendo de Oliveira Machado (1931-1934)
Artur Gomes (interventor) (1935-1938)
Armando Feitosa Horta (interventor) (1939-1942)
José Marcelino Prata (interventor) (1943-1946)
José da Silveira Lins (eleito em 1946, governou pouco tempo, sendo substituído por interventores)
Aldemar Francisco Carvalho (interventor) (1947-1949)
Manoel Emílio de Carvalho (interventor) (1947-1949)
Alfredo Batista Prata (1950-1954)
Dionísio de Araújo Machado (1955-1958)
Antônio Martins de Menezes (1959-1962)
Rosendo Ribeiro Filho (Ribeirinho) (1963-1966)
Dionísio de Araújo Machado (1967-1970)
José Ribeiro de Souza (Zé Coletor) (1971-1972)
João Almeida Rocha (Dr. João) (1973-1976)
José Vieira Filho (1979-1981)
Artur de Oliveira Reis(Artur do Gavião) (1982-1988)
José Rodrigues dos Santos (Zezé Rocha) (1989-1992)
José Raymundo Ribeiro (Cabo Zé) (1993-1996)
Jerônimo de Oliveira Reis (1997-2002)
José Rodrigues dos Santos (Zezé Rocha) (2002-2008)
José Valmir Monteiro (2009-2012)
Referências
↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
↑ a b c Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
↑ Área Territorial Oficial (HTML). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Página visitada em 30 de novembro de 2010.
↑ Estimativas da População em 2009 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de Agosto de 2010). Página visitada em 29 de Novembro de 2010.
[editar] Ligações externas

Socorro

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Nossa Senhora do Socorro

Fundação 1868
Gentílico socorrense
Lema
Prefeito(a) Fábio Henrique Santana de Carvalho (PDT)
(2009–2012)
Localização

Localização de Nossa Senhora do Socorro em Sergipe

Localização de Nossa Senhora do Socorro no Brasil
10° 51' 18" S 37° 07' 33" O10° 51' 18" S 37° 07' 33" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Leste Sergipano IBGE/2008[1]
Microrregião Aracaju IBGE/2008[1]
Região metropolitana Aracaju
Municípios limítrofes Aracaju, Laranjeiras, São Cristóvão e Santo Amaro das Brotas
Distância até a capital 8 km
Características geográficas
Área 157,515 km² [2]
População 160 829 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 1 021,04 hab./km²
Clima Tropical Úmido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,696
médio PNUD/2000[4]
PIB R$ 1 025 106,899 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 6 688,98 IBGE/2008[5]
Nossa Senhora do Socorro é um município brasileiro do estado de Sergipe, localizado na Região Metropolitana de Aracaju. Em razão de sua proximidade com a capital sergipana, o município tornou-se verdadeira cidade-dormitório, possuindo diversos conjuntos habitacionais; entre os maiores: Marcos Freire I, II e III, João Alves, Fernando Collor, Conjunto Jardim, Parque dos Faróis e Taiçoca, segundo a revista VEJA e o Jornal Nacional é uma das cidades que mais crescem no Nordeste Brasileiro e no Brasil.

localiza-se a uma latitude 10º51'18" sul e a uma longitude 37º07'34" oeste, estando a uma altitude de 36 metros.

Sua população estimada em 2006 segundo o IBGE era de 179.060 habitantes.


De acordo com a ultima estimativa, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, divulgada em agosto de 2009, o município de Nossa Senhora do Socorro tem 155.334 mil habitantes. O nosso município está inserido na micro-região do Vale do Cotinguiba. A sua extensão territorial é de 157,2 km², o que corresponde a 0,7% da área estadual e a 7,4% da região da Grande Aracaju. O município limita-se com as cidades de Aracaju, Laranjeiras, São Cristóvão e Santo Amaro das Brotas. Na sua sede estão concentradas a maior parte dos órgãos da administração municipal, porém, a concentração populacional é pequena em comparação aos complexos habitacionais da Taiçoca e Grande Socorro.


História

A histografia sergipana nos mostra que o território de Sergipe era habitado por diversas tribos indígenas. Mott (1986: 18 e 19) registra a presença de brancos, pardos, negros e índios na etnia sergipana, no século XVIII. Ressalta-se que cada um desses grupos tem suas peculiaridades culturais e contribuíram para a formação histórica da população dos diversos municípios sergipanos.

Segundo indicações de GÓIS (1991: 19), o espaço geográfico em que hoje se situam alguns municípios que faziam parte da micro-região da Cotinguiba (atual Litoral Sul), no século XVI era habitado por índios da tribo tupinambá.

Provavelmente a ocupação de Nossa Senhora do Socorro tenha ocorrido por volta do mesmo século, período em que se iniciou a colonização das terras da capitania de Sergipe Del Rey, fase em que a Coroa Portuguesa determinou o avanço da colonização sobre a capitania de Sergipe em 1575 (OLIVA: 1991:128).

Por outro lado, registra-se que, no ano de 1829, época em que Nossa Senhora do Socorro já era freguesia, ainda havia aldeias indígenas nessas mesmas localidades (MOTT. 1986:18 e 19). Pela falta de fontes não foi possível identificá-las.

O espaço geográfico que hoje compreende a cidade de Nossa Senhora do Socorro, desde os primórdios de sua povoação, passou por mudanças de caráter religioso e jurídico similares às diversas cidades brasileiras. Neste sentido, a elevação do referido município às categorias de freguesia, vila e cidade, obedeceram a interesses jurídicos e de ordem religiosa.

No século XVIII, a cidade formava um núcleo demográfico de aproximadamente três mil habitantes, tendo por atividade econômica a plantação de mandioca e cana-de-açúcar.

Esse núcleo foi elevado à categoria de freguesia em 25 de setembro de 1718, por decisão do Arcebispo da Bahia Dom Sebastião Monteiro da Vide, passando a ser denominada Nossa Senhora do Socorro do Tomar da Cotinguiba, pertencendo nesse período à vila de Santo Amaro das Brotas.

A probabilidade de um crescimento demográfico da freguesia e a falta de uma capela impossibilitava o pároco de realizar um atendimento regular e eficiente aos fieis, impedindo-o de exercer suas atividades eclesiásticas na freguesia de origem, obrigando-o a se deslocar para outras localidades.

Com a criação da vila de Laranjeiras em 1832, o território da freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba, passou a fazer parte da nova vila. Este fato levou os socorrenses a protestarem e a lutar por sua autonomia político-administrativa.

Conseqüentemente esta autonomia daria à freguesia sua elevação à categoria de Vila.

A condição de Vila foi alcançada em 19 de fevereiro de 1835, período marcado pela sua emancipação política e o conseqüente desligamento da Vila de Laranjeiras.

Na atualidade o município está inserido na micro-região homogênea do litoral sul sergipano, com uma extensão de 156 Km2, ocupando 0,7% da área estadual e 7,4% da região da grande Aracaju, limitando-se com Laranjeiras, São Cristóvão, Santo Amaro das Brotas e Aracaju.

No Início do século XVIII, a freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba tinha como monumento religioso uma capela cujo nome era o mesmo da vila. Porém só em 1864, a capela tornou-se Matriz.

Frisa-se, no entanto, que mesmo conquistando sua emancipação política, foi após a edificação da Matriz que Socorro conseguiu sua autonomia religiosa, ficando reconhecida como freguesia pelo estatuto religioso e como vila pelo estatuto político-administrativo.

A igreja Matriz de Nossa Senhora do Socorro não dispõe de documentação sobre a sua construção. Na soleira da sacristia, à direita, há uma inscrição com a data de 1714. E, segundo Germain Bazin, é um exemplar tardio do estilo barroco.

[editar] Vegetação
Na parte litorânea predominam coqueiros, vegetação rasteira e matas de restinga. Destaque para os manguezais que margeiam os rios do Sal, Cotinguiba e Sergipe).


Solo

Podzólico vermelho amarelo


Hidrografia

O município é banhado pelos rios do Sal, Cotinguiba e Sergipe.




[editar] Aspectos Urbanos
A partir de 1980, o município passou por grandes transformações urbanísticas. A sede da cidade não sofreu grandes alterações, entretanto, os povoados foram alvo de empreendimentos imobiliários que provocaram mudanças em áreas antes ocupadas por mangues e pouco povoadas. Essas mudanças foram conseqüência do projeto Grande Aracaju que objetiva fortalecer a economia do Estado, associando a atividade industrial à habitação. A partir da instalação dos conjuntos começaram a surgir problemas que o município tem dificuldades para resolver, pois não existe nesta estrutura, recursos técnico e financeiro para combater dificuldades administrativas associadas ao desemprego, a violência e à marginalidade.

c) Taxa de urbanização (em 2000): 99,70%

d) Densidade Demográfica (em 2000): 837,65 hab/km 2




[editar] Aglomerações Urbanas
A sede possui uma população pequena, porém, a grande aglomeração urbana é encontrada na região do Complexo Taiçoca(conjuntos João Alves Filho, Fernando Collor, Taiçoca de Dentro e de Fora, Piabeta, Albano Franco, Marcos Freire I,II e III e Venúzia Franco), além dos conjuntos Jardim e Parque dos Faróis(a chamada Grande Socorro).




[editar] Riquezas Minerais
A principal riqueza mineral é o sal-gema, considerado pelo seu teor de pureza, o único do Brasil. Nossa Senhora do Socorro é também grande produtor de calcário, argila, sal de potássio, magnésio e areia.




[editar] Clima
Tropical quente e úmido, com um a três meses secos, além de moderado excesso de inverno caracterizado por um período de chuva entre os meses de março a agosto. A precipitação anual média é de 1.689,0 e temperatura de 25,2oC




[editar] Indústria
No Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro, localizado no Conjunto João Alves Filho, estão concentradas indústrias de alimentos, malharias, artefatos de cimento, renovadoras de pneus, fábricas de velas, de leite de coco, gesso, entre outros. Devido aos incentivos fiscais, a indústria tem crescido muito nos últimos anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE divulgou no final de 2004, estatísticas do cadastro central de empresas relativas ao ano de 2002.

O município de Socorro foi o que mais atraiu empresas entre 1997 e 2002. Subiu de 566 unidades em 1997 para 1.024 até dezembro de 2002. O crescimento percentual foi de 81,0%, bem acima das variações estadual, regional e nacional, que apresentaram crescimento de 36%, 50,5% e 41,7% respectivamente. Como em Sergipe, uma empresa emprega em média sete funcionários, estima-se que tenham sido gerados nesse período uma média de sete mil empregos no segmento industrial.




[editar] Principais produtos agrícolas
Banana, Coco-da-baía, Manga, batata doce, cana-de-açúcar, mandioca e feijão.




[editar] Piscicultura
A pescaria é diversificada tanto nas águas dos rios como no mar, com destaque para carimãs, pescados, xeréus, bagres, robalos, traíras, arraias, carapebas e milongos. Atualmente a produção de camarão em viveiro tem se destacado.


Pecuária

Onde se destacam os rebanhos de Bovinos, Suínos, Eqüinos, Ovinos, Galinhas, Galos, frangos e pintos.




[editar] Informações Sociais:
1. Estabelecimentos Bancários: 06 (duas agências do Banco do Brasil, duas do Itaú, uma do Bradesco e uma do Banese )

2. Unidades de Saúde: 25

3. Centros de Especialidades: 04

4. Caps: 02

5. Equipes do PSF:60

6. Equipes de odontólogos: 45

7. Hospital: 01

8. Escolas municipais: 31 inauguradas até dez/ 2004 e 3 inauguradas em 200


Distância da Capital

Em linha reta: 11 km Pela rodovia:13 km

Altitude(m): 10


Leis de criação do município

Lei Provincial n. 792 de 14 de março de 1868 e Lei Estadual n.554 de 6 de fevereiro de 1954.

[editar] Turismo
Prainha do Porto Grande- No início era um sítio tomado por mato. Somente os pescadores tinham acesso ao local para ancorar os barcos. Nem mesmo o banho era permitido. Mesmo assim, a beleza do Rio Cotinguiba passou a despertar o interesse da população em geral. Em 1984, um morador da cidade chamado Marcos Teles, já falecido, roçou o mato e fez uma trilha que dava acesso à margem do rio, construindo em seguida, um quiosque. Mas foi em 1992, por intervenção do prefeito da época, José Franco, que o Ibama e a Deso liberaram o acesso do público. Então ele construiu a orla do Porto Grande, com oito bares, que foram dotados de toda estrutura necessária. Todos os quiosques foram doados pela Prefeitura Municipal. Há um detalhe interessante nos bares que trazem nomes de peixes e mariscos. Aos poucos, não apenas o povo socorrense, mas turistas já estavam freqüentando a prainha que hoje é um pontos de atração turística do município. É lá onde também acontecem os festejos carnavalescos


Cultura Existem ainda as manifestações folclóricas representadas pelos grupos de capoeira, quadrilhas juninas além do Samba de Coco e do Reisado dos Idosos. Os festejos carnavalescos por sua vez acontecem na prainha do Porto Grande(sede)

A cultura afro-descendente é muito importante para o nosso povo. O grupo Consciência Negra promoveu em 2003, pela primeira vez, o 1º Encontro Cultural de Afro-Descendentes, na sede do município. O evento já aconteceu por duas vezes e contou com debates, mesa-redonda, palestras e apresentações folclóricas e culturais. O encontro contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

[editar] Eventos importantes
Forró Siri

Foi em uma conversa do então prefeito de Nossa Senhora do Socorro, na época, José Franco com amigos no início de janeiro de 1993, que surgiu a ideia de realizar os festejos juninos em Nossa Senhora do Socorro. Até então, o município não tinha tradição de realizar grandes festas juninas e José Franco como idealizador do São João em Areia Branca, quando foi prefeito, resolveu transformar Socorro num arraial. Naquele momento nascia o Forró Siri, nome escolhido para batizar o evento que leva o nome popular da localidade que o sedia. O primeiro Forró aconteceu no mesmo ano, nos dias 27, 28 e 29 de junho. No começo era uma festa tímida, comenta o compositor e músico, Arivaldo Manoel da Cruz, mais conhecido por Ari da Perereca, que até hoje participa da organização da festa. A música carro-chefe da festa, "Chegou o Forró Siri" é cantada por ele, que também foi o primeiro locutor do evento. As apresentações eram basicamente de grupos pé-de-serra, a exemplo de Passarada do Ritmo, entre outros. O primeiro Forró Siri foi aberto pelo grupo Bem-ti-vi e sua passarada, do conjunto Parque dos Faróis. A festa foi tomando dimensão, e foi se consagrando, e hoje é considerado o maior São Pedro do Estado de Sergipe, afinal, "Se Deus for Brasileiro, São João for Sergipano, São Pedro é Socorrense". Todos os anos o mega-evento acontece no final do mês de junho, no conjunto João Alves Filho, reunindo uma média de 100 mil pessoas por noite contagiadas pelas atrações bem como pelo conforto e segurança que surpreende a todos que comparecem à festa pela primeira vez.

A festa reúne uma média de 100 mil pessoas por noite e possui uma área de 157,2 km².


São quatro noites de muito forró, com segurança, acesso rápido e fácil, as melhores atrações musicais do Brasil, tardes culturais e muita animação.

- Tardes Culturais

O Forró Siri se destacou das demais festas de Sergipe com medidas inovadoras e bem planejadas. Em 2009, a prefeitura criou as Tardes Culturais, oferecendo aos turistas muita diversão e lazer antes dos shows, que geralmente começam às 21h. Durante as quatro noites de festa houve Corrida de Jegue, Casamento Matuto, Forró dos Idosos, Concurso de Quadrilhas Juninas e apresentação de Bacamarteiros de Carmópolis. A prefeitura disponibilizou transporte gratuito aos turistas com saída dos principais hotéis de Aracaju.

COLOCAR FOTO DAS TARDES CULTURAIS

- Festa da tranquilidade

Para garantir a segurança das famílias, a prefeitura de Nossa Senhora do Socorro montou um esquema de segurança que contou com 120 policiais por noite e 400 seguranças particulares. A Polícias Militar de Sergipe (PM/SE) disponibilizou duas viaturas e três motocicletas para fazer a ronda nas áreas periféricas da festa, além de quatro equipes da Polícia Montada e uma guarnição da Companhia de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRv) e outra da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran).

- Recorde de Público

Mais de 200 mil pessoas estiveram em Nossa Senhora do Socorro no segundo dia de festa (27 de junho de 2009) para curtir o maior São Pedro do Brasil. Foi o maior público registrado em uma festa no período em todo o país. De acordo com informações do 5º Batalhão de Polícia Militar de Sergipe (5º BPM/SE), foi preciso fechar a entrada da festa porque o público superou o estimado. Durante os quatro dias de festa foram mais de 650 mil pessoas no Forró Siri.


Forró Siri, de 25 a 28 de junho, Conj. João Alves, atrações já confirmadas: Aviões do Forró, Calcinha Preta, Leonardo, Reginaldo Rossi, Leo Magalhães, Forró Maior e Max e Lucas.

- Melhor Festejo de Sergipe

No dia 2 de junho, o Forró Siri recebeu, numa solenidade ocorrida no teatro Tobias Barreto, em Aracaju, o troféu Sanfona de Ouro como o melhor festejo junino do Estado de Sergipe. Foram mais de 7,7 mil votos pela internet. O prêmio é um dos mais tradicionais do Estado e valoriza os melhores do São João em Sergipe.

- Próximo da Capital

Devido a sua proximidade com a capital – o município de Nossa Senhora do Socorro está localizado na Região Metropolitana de Aracaju – a distância entre as duas cidades é de apenas 11 km em linha reta e pela rodovia é de 13 km. O acesso ao município, a partir da capital, pode ser feito por três pontos: pela BR-101; pela ponte do Rio do Sal; ou pela ponte do Porto Dantas, ambas com pista pavimentada e devidamente iluminada. Do centro de Aracaju, em horário de tranquilidade, o condutor de veículo não leva mais do que dez minutos para chegar em Socorro.

- Incremento na economia

Além dos hotéis que registraram um acréscimo no número de hóspedes, o Forró Siri também proporcionou uma renda extra para diversas outras categorias profissionais formais e informais da economia. Foram beneficiados os taxistas, os barraqueiros, ambulantes e catadores de latinhas. Ao todo, a prefeitura disponibilizou mais de 100 pontos de venda sem cobrança de taxa.


Sede da Igreja de Nossa Senhora do Amparo

No Início do século XVIII, a freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba tinha como monumento religioso uma capela cujo nome era o mesmo da vila. Porém só em 1864, a capela tornou-se Matriz.

Frisa-se, no entanto, que mesmo conquistando sua emancipação política, foi após a edificação da Matriz que Socorro conseguiu sua autonomia religiosa, ficando reconhecida como freguesia pelo estatuto religioso e como vila pelo estatuto político-administrativo.

A igreja Matriz de Nossa Senhora do Socorro não dispõe de documentação sobre a sua construção. Na soleira da sacristia, à direita, há uma inscrição com a data de 1714. E, segundo Germain Bazin, é um exemplar tardio do estilo barroco. É o único monumento tombado em todo o município, sendo inscrita nos livros de tombo Histórico e de Belas Artes do IPHAN.

[editar] Comunicação
Muitas rádios AM de Aracaju, como a Jornal, Cultura, Aperipê e Liberdade têm torres e sistema difusor instalados neste município.

[editar] Destaque no Jornal Nacional
Em matéria vinculada no dia 27 de setembro de 2010, o desenvolvimento de Nossa Senhora do Socorro foi destaque entre as cidades acompanhadas em todo o Brasil pelo quadro "JN no Ar". Em visita à cidade, o repórter Ernesto Paglia abordou os grandes desafios a que se espera para o crescimento do município. Além disso, deu-se destaque ao empreendedorismo que toma conta da cidade-dormitório, exemplificado pela construção com posterior duplicação do Shopping Prêmio, um dos mais novos empreendimentos do Estado. Tal fato chama a atenção pois a ampliação foi decidida antes mesmo do término do empreendimento visto que suas unidades foram vendidas tão rapidamente que, ocasionado pela grande demanda e crescimento do mercado local, seu dono decidiu duplicar o referido Shopping.

Referências

Aracaju

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Aracaju
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

"Cajueiro dos Papagaios"

Brasão Bandeira

Hino
Fundação 17 de março de 1855 (155 anos)
Gentílico aracajuano
Lema Pax et Labore
(Paz e Trabalho)
Prefeito(a) Edvaldo Nogueira (PC do B)
(2009–2012)
Localização

Localização de Aracaju em Sergipe

Localização de Aracaju no Brasil
10° 54' 36" S 37° 04' 12" O10° 54' 36" S 37° 04' 12" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Leste Sergipano IBGE/2008 [1]
Microrregião Aracaju IBGE/2008 [1]
Região metropolitana Aracaju
Municípios limítrofes São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, Itaporanga d'Ajuda
Distância até a capital 1 748[2] km
Características geográficas
Área 174,053 km² [3]
População 570 937 hab. IBGE/2010[4]
Densidade 3 280,25 hab./km²
Clima tropical As
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,794 (SE: 1°) –
médio PNUD/2000 [5]
PIB R$ 6 946 347,867 mil (BR: 62º) – IBGE/2008[6]
PIB per capita R$ 12 940,65 IBGE/2008[6]
Aracaju é um município brasileiro e capital do estado de Sergipe. Localiza-se no litoral, sendo cortada por rios como o Sergipe e o Poxim. De acordo com o Censo 2010, a cidade conta com 570.039 habitantes[7]. Somando-se as populações dos municípios que formam a Grande Aracaju: Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras e São Cristóvão, o número passa para 800 mil habitantes. A cidade é apontada como a capital com os hábitos de vida mais saudáveis do País e a capital com menor índice de fumantes, segundo o Ministério da Saúde. O topônimo "Aracaju" deriva da expressão indígena "ará acaiú", que em tupi-guarani significa "cajueiro dos papagaios". O elemento "ará" significa "Papagaio" e "acaiú", "fruto do cajueiro".

Índice [esconder]
1 História
1.1 São Cristóvão
1.2 De povoado à capital
1.3 Planejamento urbano
2 Transportes
2.1 Urbano
2.2 Rodoviária
2.3 Ciclovias
3 Natal
4 Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros
5 Edifícios de Aracaju
5.1 O Edificio Atalaia
5.2 Edifício Estado de Sergipe
6 Geografia
7 Hidrovia
8 Clima
9 Demografia
9.1 Principais Bairros
9.2 Crescimento populacional
10 Prefeitos
11 Economia
11.1 Centros comerciais
12 Cultura
12.1 Festas populares
12.2 Feriados Municipais
13 Esporte
13.1 Futebol
14 Educação
15 Saúde
16 Notas
17 Referências
18 Ver também
19 Ligações externas


[editar] História
A história da cidade de Aracaju está fortemente relacionada à da cidade de São Cristóvão, pois era esta a antiga capital da capitania de Sergipe, atual estado de Sergipe. Foi a partir da decisão de mudança da cidade que abrigaria a capital provincial que Aracaju pôde existir e cresceu. Fundada em 1855, foi a primeira capital planejada de um estado brasileiro; seu formato remete a um tabuleiro de xadrez. Todas as ruas foram projetadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem no rio Sergipe. Até então, as cidades existentes antes do século XVII adaptavam-se às respectivas condições topográficas naturais, estabelecendo uma irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs essa irregularidade e Aracaju foi, no Brasil, um dos primeiros exemplos de tal tendência geométrica.

[editar] São Cristóvão
No início da ocupação de povos não-indígenas onde hoje se encontra Aracaju e cidades vizinhas, esta região estava sob a jurisdição da capitania da Baía de Todos os Santos, que hoje é o estado da Bahia. A princípio, essa região era território do cacique Serigi, que dominava desde as margens do rio Sergipe até a do rio Vaza-Barris.

Em 1590, Cristóvão de Barros atacou as tribos do cacique Serigi e de seu irmão Siriri, matando-os e derrotando-os. Assim, no dia 1 de janeiro de 1590, Cristóvão Barros fundou a cidade de São Cristóvão junto à foz do rio Sergipe e definiu a capitania de Sergipe, ainda subordinada à Capitania da Baía de Todos os Santos. Mais tarde, a localização foi transferida para as margens do rio Poxim e, enfim, para o Rio Paramopama, afluente do Vaza-Barris.

Assim, São Cristóvão tornou-se a capital da província. Diferente do que aconteceu nos outros estados da Região Nordeste, a capital de Sergipe ficava a mais de vinte quilômetros de distância do mar. Desta forma seus portos, por onde passavam navios, ficavam nos rios.

[editar] De povoado à capital

Igreja do Santo Antônio, em um dos pontos mais altos de Aracaju.As terras onde hoje se encontra Aracaju originaram-se de sesmarias doadas a Pero Gonçalves por volta do ano de 1602.Eram compostas de 160 quilômetros de costa, mas em todas as margens não existia nenhuma vila, apenas povoados de pescadores.

No ano de 1699 tem-se notícia de um povoado surgido às margens do rio Sergipe, próximo à região onde este deságua no mar, com o nome de Santo Antônio de Aracaju. Seu capitão era o indígena João Mulato. Em meados do século seguinte, em 1757, Santo Antônio de Aracaju vivia sem maiores crescimentos e já era incluída como sítio da freguesia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba.

Na então capital de Sergipe, São Cristóvão, estava-se tendo dificuldades com relação aos portos. Como a capital ficava no interior do estado, a navegação até os portos era somente fluvial, o que era um inconveniente, uma vez que os maiores navios não tinham passagem por conta da tonelagem, fazendo os portos sergipanos servirem apenas para pequenas embarcações.

A partir de 1854, a praia que hoje é de território de Aracaju, perto da foz do Rio Sergipe, despertou grande interesse do governo da província de Sergipe, que transferiu a alfândega e a Mesa de Rendas Provinciais para aquele local e construiu uma Agência do Correio e uma Sub-Delegacia Policial. Além disso, um porto foi construído na praia, denominada "Atalaia".

A província necessitava de um porto de porte maior para seu progresso. No dia 2 de março de 1855, a Assembleia Legislativa da Província abriu sessão em uma das poucas casas existentes na Praia de Atalaia. Nesta sessão, tendo previamente analisado a situação em que se encontrava a província, Inácio Joaquim Barbosa, o primeiro presidente da Província de Sergipe Del Rey, decidiu transferir a capital de Sergipe, que era São Cristóvão, para a cidade portuária que seria erguida ali. A decisão foi recebida com grande surpresa pelos presentes.

Assim, no dia 17 de março de 1855, Inácio Joaquim Barbosa apresentou o projeto de elevação do povoado de Santo Antônio de Aracaju à categoria de cidade e a transferência da capital da província para esta nova cidade, que foi chamada simplesmente de Aracaju. Foi um dos momentos mais importantes e de maior repercussão da história de Sergipe. A nova localização da capital iria beneficiar o escoamento da produção principalmente açucareira da época, além de representar um local mais adequado para a sede do governo para o desenvolvimento futuro. A cidade de São Cristóvão não se revoltou de forma violenta contra a decisão, tendo apenas feito manifestações de protesto.

Dessa forma Aracaju passou à frente de várias cidades já estruturadas, com melhores condições enquanto desenvolvimento urbano. Cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga se apresentavam em condição superior à de Aracaju.

Desde então, Inácio Joaquim Barbosa vem sendo considerado o "fundador de Aracaju", tendo atualmente um monumento em sua homenagem na Orla de Atalaia. Por não se ter tido êxito em encontrar nenhum retrato do primeiro presidente de Sergipe, o monumento não é uma estátua, mas uma estrutura de aço de 5,5 metros de altura e 2.200 quilos.

[editar] Planejamento urbano

Horizonte de Aracaju.Como Aracaju surgiu com o objetivo de sediar a capital da província de Sergipe del-Rei, que até este momento se localizava na cidade de São Cristóvão, segundo alguns historiadores, Aracaju foi idealizada com "planejamento urbano" desde o início, pois as primeiras ruas estão organizadas de forma a lembrar um tabuleiro de xadrez.

O responsável pelo desenho da cidade de Aracaju foi o engenheiro Sebastião Basílio Pirro. A construção da cidade apresentou algumas dificuldades de engenharia, pois a região continha muitos pântanos, pequenos lagos e mangues.

Apesar de se saber o dia exato de fundação da cidade, não se sabe com certeza qual foi o ponto inicial urbano. É provável que ela tenha sido ocupada a partir da atual Praça General Valadão, onde se situava o porto.

[editar] Transportes
Pode-se chegar a Aracaju por terra, ar ou mar. As ligações rodoviárias com o resto do país são feitas através das rodovias BR-101 e BR-235 e com várias cidades do interior através de rodovias estaduais. A cidade conta com o Aeroporto de Aracaju, que recebe voos regulares de diversas partes do país. E o Porto de Sergipe, que fica mais precisamente no município de Barra dos Coqueiros, na região metropolitana de Aracaju, que está apto a receber embarcações de grande porte.

[editar] Urbano
O transporte público na cidade é feito, em grande parte, por ônibus, que compõem o Sistema Integrado de Transporte. Hoje, é possível conhecer toda a cidade e algumas das cidades que compõem a Grande Aracaju (Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro) pagando-se apenas uma passagem. As conexões são feitas nos Terminais de Integração. As lanchas (que levavam até à Barra dos Coqueiros) foram paradas após a construção da ponte Aracaju-Barra. Aracaju não possui metrô nem linhas de trem de passageiros - apenas uma linha que transporta produtos químicos, e que passa pela avenida Augusto Franco - antiga avenida Rio de Janeiro -, o que causa uma sobrecarga no sistema de transporte feito por ônibus.


Terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Aracaju.Para se chegar a vários pontos da cidade, é necessário fazer várias conexões entre terminais. Em capitais como São Paulo, o problema foi resolvido através do sistema de conexões com tempo limite, em que um usuário pode trocar de ônibus em qualquer ponto da cidade em até três horas, pagando apenas uma passagem. Aracaju já conta com o sistema integrado de transporte entre terminais. Os Terminais de integração são: o DIA [Distrito Industrial de Aracaju], Terminal do Centro (Fernando Sávio), Terminal da Rodoviária Nova [Zona Oeste], Terminal Atalaia, Terminal Mercados e Terminal Maracaju". A prefeitura, nos últimos anos, vem reformando a maioria deles, que ficaram sem manutenção adequada por vários anos.

O custo da passagem é alto, se comparado com outras cidades como Recife, São Paulo, Rio de Janeiro etc., que possuem uma área urbana extremamente maior e uma tarifa não muito mais alta. Em janeiro de 2005 foi autorizado um aumento de 1,30 real para 1,45 real, e em janeiro de 2006, para 1,55 real, atualmente a tarifa é de 2,10 real. Duas empresas detêm a maioria do controle do transporte coletivo urbano (ônibus) na cidade de Aracaju: Grupo Bomfim e Grupo Progresso.

A quantidade de táxis é acima da média de muitas cidades, o que provocou, há alguns anos, uma "guerra" entre as empresas, tornando o preço das corridas de táxi tão baixos que foi necessário um "acordo" entre elas para que o sistema pudesse ser mantido. Com exceção dos dias de chuva, é consideravelmente fácil conseguir um táxi na cidade.

Além dos táxis comuns, existem os táxis-lotação - táxis que cumprem linhas pré-determinadas - que fazem apenas algumas poucas linhas na cidade, como: Bugio/Centro, 18 do Forte/Centro, Lourival Batista/Centro, Sanatório/Centro, Santos Dumont/Centro, Bairro Industrial/Centro, geralmente levando e trazendo moradores de São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro para o centro de Aracaju. A utilização desse tipo de transporte se iniciou de forma clandestina, vindo alguns anos após a se tornar legalizada, com uma frota de carros consideravelmente novos, a um preço poucos centavos mais caro que o ônibus comum.

Agora a cidade vai receber a licitação de transportes que vai melhorar mais os ônibus de Aracaju e da Grande Aracaju.

[editar] Rodoviária
O Terminal Rodoviário de Aracaju, oficialmente Terminal Rodoviário José Rollemberg Leite, está localizado às margens da Avenida Tancredo Neves, na entrada da cidade para quem vem da BR-101.

A rodoviária recebe ônibus de viações estaduais, regionais e nacionais. Pode-se ir a muitas cidades do estado e diversas cidades da região nordeste, além de outros estados do Brasil.

Cerca de quinze empresas operam com transporte interestadual em Aracaju. Do fluxo total de passageiros no terminal José Rollemberg Leite, 16% são de viajantes de outros estados. As maiores viações ali presentes, são: Itapemirim; São Geraldo; Bonfim; Real Alagoas; dentre outras.

[editar] Ciclovias

Viaduto de Aracaju.A bicicleta tem uma crescente importância. Antes apenas com duas ciclovias - a da avenida Rio de Janeiro ou Augusto Franco e da avenida Beira Mar (Zona Sul) - a cidade vem recebendo investimentos federais provenientes do Ministério das Cidades para a construção de mais. Alguns anos atrás foi construída ao longo da avenida São Paulo, dando continuidade à da avenida Rio de Janeiro, e atualmente sendo expandida para outros locais, como o Conjunto Orlando Dantas e a avenida Beira-mar, às margens do rio Sergipe. Atualmente a cidade tem 62 quilômetros de ciclovias.[8]

[editar] Natal
Atualmente Aracaju tem a maior arvore de natal do mundo, conhecida internacionalmente pelo livro dos recordes Guiness Book. Além dela, a decoração natalina pode ser encontrada em varias partes da cidade, seja em prédio e praças publicas, ruas e avenidas, e em predios particulares, como por exemplo a Praça Fausto Cardoso e a Avenida Beira Mar.

[editar] Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros
Ver artigo principal: Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros

Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros.A Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros (Ponte Construtor João Alves) liga a capital Aracaju ao município de Barra dos Coqueiros, cidades do litoral de Sergipe. Aracaju encontrava-se separada de sua vizinha Barra dos Coqueiros pelo Rio Sergipe. Sua inauguração estava prevista para 25 de agosto de 2006, mas foi adiada para 24 de setembro de 2006, às 18:00h. Seu propósito é aproximar a capital Aracaju ao porto do estado, à beira do oceano Atlântico, dentro do Município da Barra dos Coqueiros. Com a obra, o litoral norte do Estado, que vai da foz do Rio Sergipe, até à foz do Rio São Francisco ficará mais acessível ao turismo em Aracaju.

O projeto original é bastante arrojado para os padrões locais e segundo informava o portal oficial do governo do estado, essa é a segunda maior ponte urbana do país, sendo a maior do Nordeste. A obra empregou quase mil operários durante sua construção e chama a atenção das pessoas à margem do rio Sergipe, podendo ser vista desde o centro da cidade até a foz do rio, à beira do oceano.

[editar] Edifícios de Aracaju
[editar] O Edificio Atalaia
O Edifício Atalaia foi o primeiro arranha–céu da cidade de frente para o Rio Sergipe num dos locais mais privilegio e de maior visibilidade da capital. O Atalaia foi projeto pelo engenheiro civil e projetista Rafael Grimaldi, foi construído em 14 meses pelo também engenheiro civil João Machado Rollemberg.O edifício foi inaugurado em 1958, a obra causou uma grande polemica na cidade visto que não se acreditava ser possível uma construção de tal porte em terrenos alagadiços e arenoso daquele local.

[editar] Edifício Estado de Sergipe
Em 1967, o Governador do Estado, Dr.Lourival Baptistas deseja concentrar suas secretarias de Estado em um só único local,ele tinha intenção de reduzir o numero de imóveis ocupados pelas repartições espalhada na cidade. Havia um terreno próximo ao Palácio que pertenceu a uma instituição e foi incorporado ao patrimônio do Estado.O Governo se reuniu com seu superintendente de obras na época,Dr. Paulo Barreto Menezes e lhe deu a incumbência de providenciar o projeto de arquitetura de um edifício de 12 pavimentos, onde passaria a funcionar o Banese,a comase,o Ipes as secretarias no último andar, o gabinete oficial do governador.Ele concluiu a reunião dizendo que queria inaugura o edifício em 12 meses.Sem perda de tempo,o superintendente viajou para a Bahia a onde ia se encontra com a firma Alvarez e Pontual,acertaram os detalhes do projeto e do prazo da edificação com apenas 12 andares, e retornou para Aracaju-se. Um mês depois, os arquitetos vieram para Aracaju apresenta o seu projeto para o superintendente e trouxeram a maquete.Mas invés de 12 andares com foi acerto com o Dr. Paulo ,a maquete apresentava um edifício com 25 andares.O Superintendente levou o projeto e a maquete para o Governador.Ele ficou entusiasmado com sua beleza e aprovou o projeto mesmo sendo alguns andares a mas.Esse edifício seria um marco da cidade, o prazo de entrega aumentou para 24 meses.A construtora Norberto Odebreght iniciou as obras a todo vapor.Alguns meses depois o governador convocou o superintendente de obras e perguntou se a estrutura suportaria mas 5 andares.O Dr. Paulo procurou saber com o engenheiro da obra e lhe disse que 5 seria muito,mas caberia 3 para a segurança.então foi concluído 28 andares.28 de março de 1970, o monumental edifício estava sendo inaugurado por seu Governador e equipe,empresa e convidados.

[editar] Geografia

Ponte Rio-Mar.Inicialmente Aracaju não era a capital de Sergipe. Anteriormente a sede estadual era São Cristóvão. O solo da cidade, inclusive no bairro do Santo Antônio composto por um areal, e em zonas mais próximas ao mar (Bairros Salgado Filho, Grageru, São José) era uma área de manguezal, constantemente inundada. Essa é a área mais urbanizada da cidade, com enorme concentração de prédios, que por muitos anos possuíam altura máxima de 12 andares. Com a aprovação do "Novo Plano Diretor", essa altura máxima subiu para 23 andares.

Os prédios baixos facilitam a circulação de ar pela cidade, que por natureza é bastante quente durante a maior parte do ano. Ao contrário do que acontece nas capitais litorâneas, a zona mais rica da capital está às margens do rio Sergipe, assim como o Centro. À beira-mar, estão os hotéis e casas de veraneio, com exceção de bairros como a Atalaia e a Coroa do Meio, que contém uma grande densidade demográfica.

Hoje, a área de manguezal está coberta por concreto e é onde está localizada a parte mais nobre da cidade, com os bairros Jardins, 13 de Julho, Grageru e outros. A vegetação original e o mangue, que ficava principalmente às margens do rio Sergipe, foram quase que completamente soterrados.

As unidades que compõem o quadro morfológico são os tabuleiros sedimentares e Planície Flúvio marinha e Planície marinha. Relevo dessecado do tipo colina. Aprofundamento de drenagem muito fraca e extensão de suas formas. Os tabuleiros sedimentares são um conjunto de baixas elevações, com forma de mesa, separadas por vales de fundo chato, onde se desenvolvem amplas várzeas. O relevo plano faz com que seja bastante apropriada a prática do ciclismo, sendo este o meio de transporte incentivado pela Prefeitura. A escolha da bicicleta ajuda a diminuir os congestionamentos e libera o transporte público. Apesar disso, o ciclismo ainda é meio de transporte para as classes mais baixas. Existem algumas grandes ciclovias na cidade. As mais antigas são da avenida Augusto Franco, avenida Beira Mar, e mais recentemente, avenida São Paulo (em direção aos bairros mais periféricos), e da praia de Atalaia.

[editar] Hidrovia

Aracaju vista da cidade Barra dos Coqueiros. O rio Sergipe separa as duas cidades.A cidade tem a leste o Rio Sergipe, onde ficava localizada a praia 13 de Julho (mesmo nome do bairro). Hoje, no lugar da praia, está uma balaustrada e uma zona para atividades relacionadas com o lazer. Em seu curso por dentro da capital sergipana, o rio é considerado salobre. Nas imediações da foz o rio separa a capital da Ilha de Santa Luzia e deságua na praia da "Coroa do Meio", onde também é despejada a maior parte do esgoto doméstico. O abastecimento de água é feito a partir do rio Poxim e do Rio São Francisco. Na divisa com a cidade de São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro existe o Rio do Sal, de onde a Prefeitura e particulares retiram água para regar os canteiros públicos e outras tarefas onde não há necessidade de se utilizar água potável.

Sobre o rio Sergipe, foi construída a Ponte Construtor João Alves, ou ponte Aracaju - Barra dos Coqueiros, que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros (cidade construída na Ilha de Santa Luzia). O nome da ponte é uma homenagem ao pai do governador que promoveu a construção, João Alves Filho, do DEM. Entretanto, no início da obra, muitas pessoas sugeriram a mudança do nome da ponte para Zé Peixe, uma figura conhecida da cidade por atravessar o rio Sergipe a nado, mesmo depois de idoso, sendo um Prático conhecido nacionalmente.

[editar] Clima
O clima é quente e úmido, com período chuvoso de março a agosto. A temperatura média anual é de 26 °C e precipitação média anual de 1590 mm.

Os meses mais quentes de Aracaju são: janeiro, fevereiro e março, com temperatura média de 27 °C, sendo que a média das máximas são 31 °C e a das mínimas são 25 °C. Já os mais frios são julho e agosto, com temperatura média de 24 °C, a média das máximas não supera os 28 °C, e à noite a temperatura cai para 22 °. Porém, pode acontecer de a temperatura ficar mais quente no inverno e mais fria no verão, como em 2002.

O recorde de temperatura na cidade é de 40 °C e o de mínima chegou a 17,5 °C, no inverno de 2008.

Em Aracaju os meses mais chuvosos são entre Março e Agosto, pois o vento forte devido as temperaturas mais baixas no Sul e Sudeste do país nesses meses trazem várias nuvens carregadas. Nesse período, a quantidade média de chuva supera os 200 mm por mês. Entre esses meses, o mais chuvoso é o Abril, no qual chove cerca de 241 mm. Os meses mais secos, entre Setembro e Fevereiro, o vento fica mais fraco, só conseguindo trazer nuvens leves, então chove menos. O mês mais seco é Novembro, que chove cerca de 48 mm. A média de chuvas entre esses meses é de aproximadamente entre 60 mm e 75 mm.

[editar] Demografia

Skyline de Aracaju.Contando com 461.534 habitantes no ano de 2000 (chegando, em 2010, a mais de 570.000, segundo o Censo 2010 do IBGE[7]), distribuídos em 174 km², Aracaju tem uma grande densidade demográfica, mais de 3.100 hab/km². A cidade cresceu muito desde 1960, como outras cidades brasileiras. Na época possuía 115.713. Passou a 183.670 em 1970, 293.100 em 1980 e 402.341 em 1991, tendo registrado na década de 1980 crescimento geométrico de quase 5%. O Coeficiente de Gini é de 0,47 com limite inferior e superior respectivamente entre 0,45 e 0,50.[9]. Tratando-se de religião, a grande parte da população de Aracaju pratica o Catolicismo fazendo dela uma das mais católicas do pais com 77%. Existem também um número elevado de adeptos das igrejas protestantes (sobretudo o Pentecostalismo e as Igrejas Universal do Reino de Deus) e dos praticantes do Espiritismo.

Um estudo genético revelou que a ancestralidade das pessoas em Aracaju é 62% europeia, 34% africana e 4% indígena.[10]




[editar] Principais Bairros
Zona Central
Centro
Suíssa
São José
Cirurgia
Getúlio Vargas
Zona Norte
Porto Dantas
Santo Antonio
Joaquim Távora (18 do Forte)
Industrial
Santos Dumont
José Conrado
Siqueira Campos
Jardim Centenário
Bugio
Cidade Nova
Lamarão
Coqueiral
Palestina
Zona Oeste
Novo Paraíso
América
Capucho
Admistrativo
Pereira Lobo
Zona Sul
13 de Julho
Salgado Filho
Jabotiana (Conj. Santa Lúcia, Conj. Sol Nascente)
Jardins
Coroa do Meio
Aeroporto
Farolândia (Conj. Augusto Franco)
Distrito Industrial
Atalaia
Santa Maria
Grageru
Inácio Barbosa
São Conrado (Conj. Orlando Dantas)
Aruana
Mosqueiro
dentre muitos outros listados oficialmente na Prefeitura de Aracaju.

[editar] Crescimento populacional
Ano Habitantes
1872 9.559
1890 16.336
1900 21.132
1920 37.440
1940 59.031
1950 78.364
1960 115.713
1970 183.670
1980 293.100
1991 402.341
1996 428.194
2000 461.534
2004 491.898
2007 520.303[11]
2009 544.039[12]
2010 570.937[7]

Fonte: IBGE

PNUD (2000) IDH 1991 2000
Renda 0,703 0,752
Longevidade 0,666 0,729
Educação 0,832 0,901
Total 0,734 0,794[2]

[editar] Prefeitos
Ver página anexa: Lista de prefeitos de Aracaju
[editar] Economia
O produto interno bruto de Aracaju foi de R$ 6,35 bilhões bilhões em 2007, a preços correntes de mercado. Os serviços, a indústria e o turismo são a base da economia aracajuana.

[editar] Centros comerciais
Aracaju possui um centro comercial, com grandes lojas, como por exemplo a C&A, Lojas Riachuelo, Lojas Renner, Lojas Americanas, Esplanada, Ricardo Eletro, Insinuante, Casas Bahia e as rede de supermercado Gbarbosa que tem sua sede em Aracaju, o Bompreço, Atacadão, Makro e o Extra e outros, e dois shoppings: Shopping Jardins, localizado no Bairro Jardins e Shopping Riomar, localizado no Bairro Coroa do Meio, ambos contando com lojas de grifes conhecidas nacionalmente.

[editar] Cultura
[editar] Festas populares
Em Aracaju acontecem grandes festas populares que já fazem parte do calendário nacional, como o Pré-Caju que acontece quinze dias antes do carnaval. Essa micareta reúne milhares de foliões que vão atrás do trio de grandes nomes da música baiana, Asa de Águia, Ivete Sangalo, Chiclete com banana, Banda Eva,Cláudia Leitte, dentre outros.

No mês de junho é a vez dos festejos juninos! a Capital sergipana vira um verdeiro arraial na Vila do forró, na Orla de Atalaia, e no Forró Caju, na praça dos mercados municipais, com grandes nomes do forró: Elba Ramalho, Dominguinhos, Aviões do Forró, Zé Ramalho, Calcinha Preta, Calypso e outros.

Principais Paróquias católicas
Igreja Santo Antônio
Igreja Catedral Nossa Senhora da Conceição
Igreja Có Catedral São Pio Décimo
Igreja São José
Igreja São Salvador
Igreja Conventual Franciscana do Espírito Santo
Igreja Conventual dos Capuchinhos São Judas Tadeu
Igreja São Pedro e São Paulo
Igreja Carmelita de Nossa Senhora do Carmo
Igreja Santuário Nossa Senhora Aparecida
Parques
Parque das Sementeiras
Parque da Cidade
Parque Teófilo Dantas
Parque dos Cajueiros
Parque João cleófas
Museus
Museu do Artesanato
Museu do Homem Sergipano
Centro de Memória Lourival Baptista
Memorial da Bandeira
Museu de Rua
Teatros
Teatro Tobias Barreto
Teatro Atheneu
Teatro Lourival Baptista
Teatro Tiradentes
Cinemas
Cinemark Jardins (Shopping Jardins)
Cinemark RioMar (Shopping Riomar)
Bibliotecas
Biblioteca Epifânio Dória
Biblioteca Clodomir Silva
Biblioteca Ivone de Menezes Vieira
Hospitais Públicos
Hospital da Poílicia Militar (no 18 do Forte)
Hospital João Alves Filho
Hospital e maternidade Santa Isabel(no 18 do Forte)
Hospital de Urgência de Sergipe
CEMAR Siqueira Campos
Urgência pediatrica (antiga maternidade Hildete Falcão)
CEMAR Augusto Franco (no conjunto Augusto Franco)
Maternidade Nossa Senhora de Lurdes (na avenida Tancredo Neves, próximo à sede da Petrobras UN SE/AL
Urgência geral Nestor Piva (no 18 do Forte)
Galerias de Arte
Galeria Áuvaro Santos
Ludus Artis Galeria
Galeria Horácio Hora
Galeria J. Inácio
ABT-Galeria de Arte
Galeria Acauã
Centro de Exposição
[editar] Feriados Municipais
17 de março - aniversário da cidade

24 de junho - dia de São João

8 de Dezembro - dia da Padroeira de Aracaju, Nossa Senhora da Conceição

[editar] Esporte
[editar] Futebol
Aracaju possui três clubes profissionais de futebol: Confiança, Cotinguiba e Sergipe. O Sergipe e o Confiança são os maiores vencedores do Campeonato Sergipano. A cidade conta com três estádios de futebol aptos a receber partidas profissionais: o Estádio João Hora, o Estádio Sabino Ribeiro e o Estádio Lourival Baptista, o "Batistão", este último com capacidade para 18.000 pessoas.

Clubes de futebol locais
Confiança - tem como cores o azul e o branco. Sua sede é o Estádio Sabino Ribeiro, localizado no bairro Industrial. A boa campanha no Brasileiro da Série C de 2008 ganhou grande destaque na imprensa sergipana, refletindo excelente média de público em seus jogos no Batistão. Em 2009 conquistou seu 18º título estadual.
Cotinguiba - é o clube esportivo mais antigo de Aracaju, fundado em 1909, e, assim como o Sergipe, foi inicialmente voltado para competições de remo. Possui seis títulos estaduais e está inativo desde 2008, quando disputou a Série A-2 do Estadual.
Sergipe - também conhecido como "O Mais Querido", tem como cores o vermelho e o branco. Tem estádio próprio, o Estádio João Hora, situado no bairro Siqueira Campos, porém manda a maioria de seus jogos no Batistão. É o clube mais vitorioso do estado, com 32 títulos estaduais, sendo que entre 1991 e 1996 conseguiu o hexacampeonato. Para muitos, o Sergipe tem a maior torcida do estado.
[editar] Educação
IBGE (2004)[3] Ensino Alunos matriculados Professores
Pré-escola 16.443 853
Fundamental 81.285 4.206
Médio 31.685 1.555
Superior 16.729 749

Instituições públicas de ensino superior
Universidade Federal de Sergipe (UFS)- Campus I (no município de São Cristovão)
Universidade Federal de Sergipe (UFS)- Campus II (no bairro Santo Antônio)
Instituto Federal de Sergipe (IFS)- campus Aracaju
Instituições privadas de ensino superior
Universidade Tiradentes (UNIT)
Faculdade de Sergipe (FASE)
Faculdade de Aracaju
Faculdade Sergipana (FASER)
Faculdade de Amadeus (FAMA)
Faculdade Pio Décimo
Faculdade São Luiz de França
Faculdade de Negócios de Sergipe (FANESE)
Faculdade Atlântico
Analfabetos com mais de vinte e cinco anos: 11,62% (IBGE, Censo 2000).
[editar] Saúde
Existem quatro estabelecimentos de saúde públicos com internação e 16 estabelecimentos de saúde privados com internação. São 2.491 leitos, sendo 2.053 disponíveis ao Sistema Único de Saúde (2002, IBGE). A cidade conta com 43 unidades de saúde da família do PSF.[13] A expectativa de vida é de 68,72 anos [4] (IBGE, Censo 2000) e 38,95 em cada mil crianças nascidas vivas morrem antes de um ano de idade [5] (IBGE, 2002).Recentemente a OMS divulgou uma pesquisa que indica que Aracaju é a capital brasileira com menor índice de fumantes do Brasil. Na cidade apenas 8% da população maior de 18 anos são fumantes.

IBGE (2000) Serviço Domicílios (%)
Água 92,7%
Coleta de lixo 96,1%[6]
Saneamento Básico 35%.[14]

[editar] Notas
↑ IDH de nível médio, comparável ao da Rússia (62º do mundo).
↑ Para o ensino superior, os dados são de 2003.
↑ Esperança de vida comparável à de Bielorrúsia (113ª do mundo)
↑ Mortalidade infantil comparável à do Quirguistão (76ª mais elevada).
↑ Somente domicílios urbanos.
Referências
↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ Capitais dos estados. Atlas Geográfico do Brasil. Página visitada em 1 de janeiro de 2011.
↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
↑ Erro de citação Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Censo_IBGE_2010
↑ [1]
↑ https://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?uf=se
↑ https://www.fhuce.edu.uy/antrop/cursos/abiol/links/Artics/sans.pdf
↑ Estimativas / Contagem da População 2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de novembro de 2007). Página visitada em 10 de agosto de 2008.
↑ Estimativas da População em 2009 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de Agosto de 2010). Página visitada em 29 de Novembro de 2010.
↑ Unidades de Saúde. Prefeitura Municipal de Aracaju. Página visitada em 12 de outubro de 2009.
↑ Saneamento Básico. Trata Brasil. Página visitada em 29 de janeiro de 2011.
[editar] Ver também

Mulher nordestina

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Situação da mulher nordestina no contexto do curta Vida Maria
Situação da mulher nordestina no contexto do curta Vida Maria.

Professora orientadora:Joselita Ferreira de Lima, Faculdade de Tecnologia e Ciências/BA
Por: Ueliton Santos de Andrade, Faculdade de Tecnologia e Ciências/BA
Co -autora: Luciana Oliveira silva, Faculdade de Tecnologia e Ciências/BA
Co -autor: Taleyrand Silva dos Santos, Faculdade de Tecnologia e Ciências/BA

Resumo:
O presente artigo tem como finalidade analisar e discutir a realidade em que está inserida a mulher nordestina e de que forma o contexto político, econômico, social e histórico converge para estigmatizar esse tipo de mulher, criando uma marca identitária de submissão. Discute-se ainda conceitos como alienação, representação social, identidade e exclusão social. Para tanto, foi utilizado, como objeto de análise o curta “Vida Maria” que retrata as condições alarmantes pelas quais passam as mulheres nordestinas. Diante da complexidade que envolve o tema, foi necessário recorrer a dados históricos da sociedade brasileira a fim de se ter uma visão holística do assunto em questão e, por conseguinte, acionar análises que, possivelmente, promoverão outras reflexões e contribuições para um novo olhar da condição da mulher nordestina.

Palavras-chave:
Identidade social, representação social.

Abstract:
This article aims to analyze and discuss the reality in which the woman is part of the Northeast and how the political, economic, social and historical converges to stigmatize this type of woman, creating a brand identity for submission. It also discusses concepts such as alienation, social representation, identity and social exclusion. Thus, it was used as an object of analysis the short film "Life Mary" which portrays the alarming conditions in which women are the Northeast. Given the complexity surrounding the issue, it was necessary to use historical data of Brazilian society in order to have a holistic view of the matter and, therefore, trigger analysis to possibly promote further reflections and contributions to a new look status of women in Northeast Brazil.

Keywords:
Social identity, social representation

REFERENCIAL TEÓRICO

De acordo com Adas e Adas (1998. p. 499) “Historicamente a mulher tem sido [...] tratada ou vista como um ser inferior ao homem. Sofre preconceitos, restrições, discriminações e é colocada numa posição subalterna ao homem”. Esta visão sócio-histórica é também política e cultural, haja vista que toda construção da sociedade é pautada a partir das ideias dos homens, excluindo, assim, as mulheres “[...] de nossos mercados materiais ou simbólicos, de nossos valores” (XIBERRAS, 1993 apud WANDERLEY, 2001, p.17).

Ainda para Adas e Adas (1998, p.500), no Brasil a condições de pobreza nas quais vivem a mulher ainda são precárias, pois estas ainda sofrem muito com aspectos como emprego, renda, violência e saúde, acrescido ainda do não acesso a uma educação de qualidade.

Como poderão estas mulheres se emanciparem deste estigma, se a mídia, a ciência, o senso comum e as políticas públicas confluem para não ajudar o outro que sofre por não ser respeitado sua condição de ser humano? A este respeito argumenta Sawaia (2001, p. 110) que “ao mesmo tempo em que se valoriza o afeto e a sensibilidade individual, assiste-se à banalização do mal do outro, à insensibilidade ao sofrimento do outro”.

Corroborando com este argumento, Martins citado por Verás (2001, p. 27) diz que “nossa cultura barroca de fachada, com base na conquista, exclui índios, camponeses no campo e, na cidade, migrantes, favelados, encortiçados, sem teto […] em uma fenomenologia bastante conhecida”, fenomenologia de desqualificação (PAULGAN, 1991), de desinserção (GAUJELEC e LEONETTI, 1994), de desafiliação (CASTEL, 1995) e de apartação social (BUARQUE, 1993).

Autores como Antonio Ciampa (2006) e Silvia Lane (2006) discutem conceitos como alienação, representação social e identidade, para eles o sujeito que não consegue dominar as ferramentas de comunicação do grupo que faz parte (por negligência do grupo ou da pessoa), é um sério candidato a ser excluído de todas as relações grupais e, desta forma sua condição de sujeito-autor da própria história fica condicionada ao que o outro diz quem ele é.

VIDA MARIA: SOM E IMAGEM DA MULHER NORDESTINA

Quando as pessoas não conseguem se fazer entender pelo meio social em que estão, ficam submetidas ao que o outro diz. A verdade do sujeito fica alienada à verdade dos outros, o que se configura um quadro de paralisia identitária, ou seja, a pessoa não consegue desenvolver suas potencialidades porque o meio não é favorável. A partir daí surge os estereótipos e preconceitos.

Estas questões ficam notórias a partir da história das várias Marias deste curta, que é singular à vida de um número considerável de mulheres do nordeste brasileiro; mulheres que não conseguiram ser alfabetizadas, que não tinham como desenvolverem suas subjetividades, pois as políticas públicas não chegaram até elas e, por conseguinte, de uma forma cíclica vão transmitindo a seus descendentes uma consciência de submissão e estagnação.

As únicas coisas que acumularam foram filhos, cansaço e frustração. Não lhes é permitido sequer aprender o próprio nome, porque o pensamento cristalizado é de que mulher é, tão somente, para os serviços domésticos e cuidados com a família.

Quando é negado o direito da pessoa de se posicionar no mundo, quando este é visto como produto e não como processo, está se negando o carácter intrinsecamente humano, que é a metamorfose; transformação que deve acontecer de maneira continua e progressiva. (CIAMPA, 2006, p. 73)

Vale a pena dizer, que o acesso à educação para a população menos favorecida nunca fora priorizado pelos governos, uma vez não tendo oportunidades no campo, essas mulheres migram com toda a família para as zonas urbanas aonde os problemas continuarão, haja vista que na ideologia da sociedade de consumo o individuo é valorizado por aquilo que ele tem, e não por aquilo que é na sua essência.

Essas mulheres não reclamam da situação flagelante em que vivem, porque acham ser a correta; essa identidade fora construída a partir da vivência com a própria família que supostamente repunha a condição de subalternidade pressuposta pela sociedade. Estas têm o trabalho penoso não como um castigo de Deus, mas de gente trabalhadora, aguerrida, esta é a representação social que se tem da mulher do campo.

Por trás desta situação há toda uma conjuntura social que exclui, e impossibilita as pessoas de lutarem por uma vida mais digna. Mas como poderiam elas, superarem isso se nunca lhes disseram que essa identidade de mulher do campo, analfabeta, sem voz nem vez foi fruto de uma construção histórica, que vem não só da época do descobrimento, mas que vêm a milênios sendo reposta por uma sociedade excludente e paternalista?

Estas mulheres vêem a realidade como uma infinidade de obstáculos que nunca puderam superar porque lhe foram negadas as ferramentas mais elementares, com as quais elas poderiam compreender o mundo.

Estava na ordem do impossível negar uma identidade pressuposta de mulher submissa que lhes fora atribuídas, já que a própria linguagem ou os códigos simbólicos através dos quais as pessoas se relacionam lhes foram negados.

Será que essas mulheres conseguiriam dizer quem são? Quando nasceram? Do que gostam ou não? Do que tem medo? Como farão para se caracterizar enquanto sujeito no mundo? Como fariam para desempenhar papéis sociais se o que é esperado delas é que fiquem em seus cantos, paradas, mudas, agonizando, esperando a morte chegar? Como fazer a negação da negação de uma identidade pressuposta se a linguagem formal é negada a pessoa, como agir sem um pensamento elaborado? Difícil.

Para entender a “Vida de Maria”, faz-se necessário abrir um leque para as relações de poder e submissão, que vêm do âmbito político, da própria mídia, que apóia e dá ênfase ao sistema capitalista, sistema este que exclue todos aqueles que não conseguem inserir-se como consumidores. Não é bem visto pelos políticos investirem na formação educacional dos cidadãos, pois assim estariam desenvolvendo sujeitos pensantes, críticos, não-manipuláveis.

Uma boa parte das mulheres nordestinas - Marias Josés – nunca passou do tempo de morrer, nunca lhes foi permitido sonhar um mundo de liberdade, de possibilidades. Elas vivem como na ideologia do período medieval em que se pregava que quem nasce pra ser pobre deveria morrer pobre por que essa era a vontade de Deus.

No Brasil rural o analfabetismo sempre fora uma constante. Contudo, esses mesmos analfabetos possuíam um pedaço de terra para plantar e assim não passavam fome. A política de boa vizinhança gerava a alto-sustentabilidade. Mas nem tudo são flores. E as que são, não duram para sempre!

A sociedade sofreu metamorfose, o capitalismo trouxe seus resultados: milhões de brasileiros foram expulsos do campo e jogados como “bichos” nas favelas, onde é mais fácil contar o que possuem do que contar o que lhes falta.

Se toda construção do homem, desde a linguagem à tecnologia, foi visando melhorar as relações entre as pessoas, porque isso não tem acontecido? Ao se dominar as ferramentas necessárias para tornar esse mundo melhor, os sujeitos têm canalizado suas forças para submeter o outro, privando-o das coisas mais essenciais e básicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desta análise pode-se constatar que este ciclo que parece não findar-se diante da repetição da condição da mulher nordestina através de várias gerações, pode ser modificado se houver a conscientização critica da sociedade em relação a essa mulher. Assim sendo, se as políticas públicas as atingirem, este ciclo ou espiral tender-se-á a ser quebrado, não existindo mais a reposição da identidade de uma mulher frágil, sofredora, subjugadas.

Apesar de tal debate estar focado na mulher do nordeste, estes argumentos valem para as mulheres de outras regiões, uma vez que estes mesmos problemas de ordem social ultrapassam os limites geográficos. Desta forma, espera-se que novas análises possam ser acionadas, no intuito de promover outras reflexões e contribuições para um novo olhar sobre a condição da mulher nordestina.


REFERÊNCIAS


ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. (Org.). Panorama Geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. São Paulo: Editora Moderna, ed., 1998.

GUARESCHI, Pedrinho A. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis, RJ: Editora Vozes 3ª ed. 2001.

KAHHALE, Edna M. Peters. A diversidade da Psicologia: uma construção teórica. São Paulo: Cortez, 2002.

LANE, Silvia T. Maurer / SAWAIA, Bader Burihan. Novas veredas da psicologia social. (orgs.). São Paulo: Brasiliense: EDUC, 1995.

LANE, Silvia T. Maurer, GODO, Wanderley. Orgs. Psicologia Social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense 13 ed. 2006.

MARCIO, Ramos. Filme: Vida Maria, duração de 9 min. Ceará. Triofilmes, 2006.




Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
Situação da mulher nordestina no contexto do curta Vida Maria. publicado 23/08/2010 por ueliton santos de andrade em https://www.webartigos.com

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Fonte: https://www.webartigos.com/articles/45427/1/Situacao-da-mulher-nordestina-no-contexto-do-curta-Vida-Maria/pagina1.html#ixzz1DeexMKPa

Mulheres de Atenas

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Mulheres de Atenas
Não sigam os exemplos das mulheres de Atenas
As mulheres de Atenas não tinham liberdade. Casavam-se muito jovens, entre 15 e 18 anos, conforma a escolha dos pais. Após o casamento, tinham de prestar obediência ao marido. As mais ricas viviam reclusas em uma área da casa denominada gineceu. As mais pobres eram obrigadas a trabalhar. O marido tinha o direito de devolver a esposa aos pais dela em caso de esterilidade ou adultério.
Em Atenas não havia escolas públicas, embora a educação fosse obrigatória. Quando a criança chegava aos 7 anos, cabia ao pai enviar o filho a um mestre particular.
A vida escolar se compunha em geral, de um primeiro momento chamado música, que compreendia o aprendizado da cultura literária e da música propriamente dita. Depois dos 18 anos, os que podiam continuar estudando freqüentavam as lições de retórica e de filosofia.

Bolandeira Engenho antigo

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Elementos Históricos e Culturais

Bolandeira ou bulandeira

Nos tempos antigos eram utilizadas para o descaroçamento de algodão ou moagem de cana e mandioca, separando a semente da pluma; fabricação de goma e farinha: movendo o rodete para ralar mandioca e a prensa para desidratá-la; moagem primitiva de cana-de-açúcar, dentre suas principais funções.


Elas são máquinas feitas com grandes estruturas de madeira e partes metálicas, cuja manivela, puxada por carro de boi, ou outra tração animal, produz um movimento que pode acionar máquinas complementares e produzir funções como as citadas.

Nos anos 60 já se dizia que no sertão da Paraíba, as bolandeiras, estavam fadadas a desaparecer, substituídas pelos engenhos movidos a motor que melhor atendem à demanda dos serviços. Entretanto é inegável sua contribuição com tecnologia utilíssima durante séculos.

Prensa





A prensa, peça composta por dois longos fusos de madeira, servia para extrair todo o líquido da mandioca e deixar a farinha ao ponto de ir para o forno. Esta era pressionada por pessoas ou animais.




Moagem



A primeira etapa presente em todos os engenhos é a moagem da cana, quando é extraído o suco conhecido como caldo de cana ou garapa. Esse caldo é conduzido até um tanque, o parol, onde é armazenado.

Produção de cachaça



Na produção de cachaça ou álcool, o caldo-de-cana fica armazenado para fermentação. Depois é destilado.

Produção de açúcar
Já na produção de açúcar, o caldo de cana é levado a grandes tachos de cobre, e submetido a fogo brando até atingir o "ponto", ou seja, se transformar em mel. Esse>em mel. Esse mel-de-engenho é transferido para um tanque onde será submetido a agitação, para acelerar a cristalização do açúcar.

O mel, então, é distribuído em formas cônicas, dispostas em uma bancada, onde fica até esfriar. Após a cristalização, o mel excedente, não cristalizado, é extraído, por decantação, através de um orifício na parte inferior da forma. Esse mel, chamado mel-de-furo ou melaço, tem outras utilizações, entre elas, também, a fabricação de cachaça, após fermentação por alguns dias.






Manjara, Manjarra ou Engenho de Manjarra


A manjarra, uma espécie de máquina que trabalhava diretamente ligada aos bois ou outra tração animal e que gerava a rotação para ser triturada a mandioca, ou a cana-de-açúcar. Por ser feita totalmente de madeira e por receber em uma de suas extremidades a força de dois fortes animais, esse equipamento quebrava constantemente e, com isso, o tempo de produção da fécula de mandioca ou da rapadura ficava mais longo.







Consiste numa moenda de madeira que é adaptada por meio de uma engrenagem à uma bolandeira de metros de diâmetro, puxada por duas juntas de boi ou burro. Os animais são atados à canga que por sua vez é amarrada a uma das manjarras da bolandeira. Um tangerino, sentado em cima de um cambito, na ponta da manjarra, cotuca os animais com um ferrão, uma vez por outra, chicoteando-os. Um homem, o metedor, enfia as canas na moenda, enquanto outros dois carregam o bagaço, espalhando-o no terreiro para secar. Os animais percorrem a trilha em volta da moenda, que range em todas as juntas, enquanto as canas desprendendo o líquido, caem no outro lado, reduzidas a bagaço. A garapa escorre para um depósito receptor, colocado na casa do fabrico. Daí em diante, o mestre encarregado da fabricação da rapadura inicia todo o processo de cozimento e cura até o produto final.



Casa de Farinha









A farinhada é uma grande festa. A casa de farinha é o lugar onde se fabrica a farinha de mandioca e extrai-se a goma ou polvilho desta, com o qual se confecciona o beiju ou tapioca, como aqui o denominam.

É uma casa grande, coberta com palma de carnaúba, folhas de Oiticica ou mesmo telhas comuns. No interior dessa casa, vê-se uma banqueta onde está montado um cevador chamado caetetu. Essa peça, que serve para ralar a mandioca, é movida por um veio (manivela) puxado a mão ou por tração animal e de há muito já existem por meio de complexos maquinismos a vapor e até elétricos nos estados farinheiros de nosso país. Tem também uma peça para enxugar a massa, que se denomina "prensa". Depois da enxuga da massa é essa retirada da prensa e levada ao forno onde homens especialistas no assunto, chamados "forneiros", a cozem ou torrefazem, espalhando-a, para isso, com uma pequena prancheta de madeira a que denominam "coipeba" e mexendo-a com o rodo, peça essa que consiste num semicírculo de madeira adaptado à extremidade de uma vara ordinariamente de pindaíba puruna, ao que parece, de duração multissecular.

Na farinhada toda gente sertaneja trabalha com satisfação. Todos têm uma função diferente a cumprir e cada qual quer trabalhar mais.

Alguns homens vão para os mandiocais para arrancar os tubérculos da mandioca ou raízes, como vulgarmente são denominados esses e outros, e os transportam para as casas de farinha. As mulheres e crianças raspam os tubérculos, cabendo também às mulheres a extração do amido ou polvilho com que fabricam os beijus e a tão deliciosa e procurada farinha de coco. Assim decorre o dia e chega a noite. Durante a noite a "coisa" é outra. Aparecem os sanfoneiros, violeiros, dançadores de cocos, de rojões, baião etc. Aí começa a fanfarra. De quando em quando, um golinho de cortabuchinho, um café com beiju e, assim, a noite passa.










Vapor Velho















Revolução de 1930. Os Pê-Rê-Pistas - partidários políticos ou supostos simpatizantes do Cel. José Pereira (de Princesa Isabel) tinham que fugir de Manaíra. Estavam chegando as forças policiais do governo da Parahyba e quem ficasse morria ou era preso. Correu todo mundo pro mato, o mais longe que pode. E Chico Aleijado, como fez prá fugir? - Correu o que pode, levaram-no até onde conseguiram. Não ficou ninguém.

Chegaram as gloriosas tropas governistas mataram os bois, porcos e todos os animais que encontraram. Ora para se alimentar, ora para simplesmente destruir. Incendiaram e derrubaram casas, destruíram as safras guardadas e tocaram fogo na máquina a vapor da Vila, que era utilizada para descaroçar algodão.

A máquina a vapor, inventada por James Watt, marcou o início de uma "nova era" na segunda metade do século XVIII. A ciência e a tecnologia são a origem do progresso e do desenvolvimento a um ritmo acelerado. Cada vez mais as máquinas sofisticadas começaram a facilitar o trabalho do homem. <o:p>

E esse progresso também chegou à Manaíra. O primeiro vapor velho foi trazido por Joaquim Paixão e foi instalado onde hoje é a Praça Manoel Barbosa. Esse foi destruído na revolução de 1930, outro momento dramático da trajetória do lugar, quando as tropas do governo queimaram o vapor e o paiol de algodão, época em que a população se escondeu na mata e em outros municípios, com o registro de 6 mortos.

O segundo vapor, de propriedade de José Rosas, funcionou bastante tempo e, já sem função, foi mais conhecido por muitos em uma casa de Luís de Souza, onde hoje ainda é chamada de vapor velho.<o:p>

reunião mata do junco

Data: 10/02/2011 | De: lizaldo

Segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2011 14:06:05Convocação para a III Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do RVS Mata do Junco
De: rvsmatadojunco Semarh <rvsmatadojunco@semarh.se.gov.br>Adicionar a contatos
Para: Lizaldo Vieira <mopec_se@yahoo.com.br>; Lucival Vieira <vieiramouraneto@yahoo.com.br>; Antônio Vieira <vieiramouraneto@yahoo.com.br>; Heloisa Thais <heloisathais@hotmail.com>; Daiane Lima <anaiadlindinha@hotmail.com>; Valmir Passos <valmirpassos@hotmail.com>... mais
Cc: Maria Augusta Barbosa dos Anjos <mariaaugusta.anjos@semarh.se.gov.br>; Cassio Pinto <cassio.pinto@semarh.se.gov.br>; Valdineide Santana <valdineide.santana@semarh.se.gov.br>

Oficio Circular - 3 Reuniao CConsultivo.doc (134KB)


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Prezados Conselheiros,

conforme previsto em Regimento Interno, envio em anexo a convocação para a III Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do RVS Mata do Junco, a ser realizada no dia 17 de fevereiro do corrente ano, no Povoado Miranda, às 9h da manhã em primeira convocação.

A convocação com detalhes e respectiva pauta encontra-se anexa a este e-mail.

Agradeço a atenção de todos e espero encontrá-los no próximo dia 17.

Att.,
Raone Beltrão Mendes
Presidente do Conselho Consultivo e
Coordenador Técnico
Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco
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"Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO AMBIENTE"

Cobra que parou a missa

Data: 26/01/2011 | De: Lizaldo Vieira

26/01/2011, Municípios
COBRA CORAL APARECE EM IGREJA E CAUSA TUMULTO ENTRE OS FIÉIS DE ESTÂNCIA


Capela do Senhor do Bomfim em Estância-Foto: Divulgação


Um fato inusitado foi presenciado por centena de fiéis que foram até a Igreja do Senhor do Bomfim em Estância. Uma cobra Coral apareceu no meio da celebração e causou uma grande aflição entre os católicos que ficaram bastante ouriçados e com medo do reptiliano. O que é pior - mataram a cobra



De acordo com informações de pessoas que presenciaram o fato, a cobra de tamanho mediano apareceu de repente e com medo do bote do réptil os fiéis começaram a correr, gritar e causar um barulho incomum na igreja, principalmente por se tratar da hora do evangelho sagrado, celebrado pelo Bispo Dom Marco Eugênio que não gostou nada do comportamento dos fiéis e em tom de ameaça teceu comentários que deixou a todos divididos. “ Faltou pouco para eu não acabar esta celebração, cancelar essa missa, a novena e a procissão, faltou muito pouco mesmo para eu acabar toda a festa e bloquear a igreja” declarou o Bispo.



Os católicos presentes não gostaram das declarações do Bispo e na saída após a missa os comentários foiram gerais na comunidade. “ Achei muito pesadas as palavras dele, todos nós que estávamos próximos ficamos com muito medo pois cobra coral é um bicho perigoso e podia matar alguém lá mesmo na igreja” desabafou uma moradora do bairro que preferiu manter seu nome no anonimato.



Logo após todo o tumulto, a cobra foi morta e jogada no meio da rua.







Por: Pisca Jr






https://www.diariosergipano.com.br/

msnguezais

Data: 26/01/2011 | De: lizaldo vieira

Por Makel Oliveira Santos
Publicado 4/11/2010
Meio Ambiente
REALIDADE HISTÓRICA DOS MANGUEZAIS COM ENFOQUE EM ARACAJU
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PÓLO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

MAKEL BRUNO OLIVEIRA SANTOS


REALIDADE HISTÓRICA DOS MANGUEZAIS COM ENFOQUE EM ARACAJU


ESTÂNCIA-SERGIPE
MARÇO/2010
MAKEL BRUNO OLIVEIRA SANTOS








REALIDADE HISTÓRICA DOS MANGUEZAIS COM ENFOQUE EM ARACAJU



Trabalho acadêmico apresentado na disciplina de Educação a Distância,
Curso de Lic. Química, Universidade Federal de Sergipe.











ESTÂNCIA-SERGIPE
MARÇO/2010


AGRADECIMENTOS



Primeiramente agradecemos a Deus pelos momentos oportunos dados em nossa vida, dando sempre o dom da inteligência para que sempre busquemos o conhecimento e sejamos cidadãos do futuro.
O nosso muito obrigado!











































O manguezal é o berçário da vida.
.(Autor desconhecido)

INTRODUÇÃO


O manguezal é um ecossistema muito importante para o equilíbrio ecológico. A riqueza do seu solo deve-se, principalmente, aos nutrientes trazidos pelas águas dos rios, que garantem um ecossistema altamente produtivo. O manguezal funciona como um berçário natural para o desenvolvimento de muitas espécies de animais e plantas. Existe em lugares que sofrem a influência de marés, permitindo a mistura da água salgada (do mar), com a água doce (do rio).
Poucas são as espécies vegetais que possuem condições para sobreviver em um local como o manguezal: inundado pela água do mar, com pouco oxigênio e alta salinidade. As espécies vegetais do manguezal adaptam-se para eliminar o excesso de sal, através das chamadas glândulas de sal , presentes nas folhas. A falta de oxigênio no solo, que permanece submerso pela maré cheia, por um período do dia, é outro fator ambiental limitante para o desenvolvimento das plantas do manguezal.
A riqueza dos manguezais atrai os seres humanos que deles tiram o sustento de famílias inteiras. As comunidades que moram nas proximidades das áreas de mangue têm uma relação de dependência com os manguezais: precisam dele para adquirir recursos financeiros que garantam a sua sobrevivência.





FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


As florestas de manguezais cobrem uma área de aproximadamente 180.000 quilômetros quadrados distribuídas em mais de 100 países e ultimamente vêm sofrendo uma intensa degradação. No Brasil existem cerca de 1,3 milhões de hectares de manguezais ao longo do litoral entre os estados do Amapá e Santa Catarina, com maior concentração (mais de 85%) na costa norte, composta pelos estados do Maranhão, Pará e Amapá.
O Brasil tem a maior extensão de manguezais do mundo. As constantes agressões sofridas por esses ambientes, provocadas por ocupações de favelas, aterramentos, lixo e esgoto, tem contaminado suas águas e pondo fim a várias espécies marinhas. Só na região de Santos, litoral de São Paulo, 43% dos manguezais foram degradados pela ocupação de favela.
Em Sergipe, está presente na foz dos principais rios e nos estuários dos rios Piauí-Real, vaza-barris e Sergipe.
No estuário do rio Sergipe, a ocorrência de manguezais está associada a três fatores: presença de planícies, Flávio marinho de idade geológica relativamente crescente; presença de rios tributários em seu curso inferior em terrenos ligeiramente acima do nível do mar, ação da maré que penetram em seus tributários elevados o nível geral da água e depositando grande numero da matéria orgânica.
É possível compreender a importância do manguezal a partir das funções que este desempenha no equilíbrio ambiental. Sabe-se que além de proteger a costa esta formação funciona como regulador e verdadeiro filtro de poluentes. Esses tributos tornaram essencial a sua preservação diante do processo de urbanização que se acelera.
O crescimento das cidades tem comprometido o desenvolvimento do manguezal. Em Aracaju esse ecossistema vem sendo devastado ao longo de sua formação histórica: a própria construção da cidade em 1855, se deu de forma a ignorar as características ambientais da vasta planície estuário em que se situa.
O quadro de Pirro, como ficou conhecido o plano urbanístico da cidade, elaborado por uma comissão de engenheiros-militares, ocupou uma área coberta por terrenos alagadiços e manguezais, as margens dos riachos Aracaju, Olaria, Caborge, extintos afluentes do rio Sergipe. A partir daí, o crescimento urbano da capital sergipana deu-se através de cortes de aterros generalizados do manguezal, desconsiderando qualquer valor ambiental que essa formação fitogeográfica pudesse representar.
Um exemplo desse é a Treze de Julho que era conhecida como Ilha dos Bois, ilha porque era separada do continente por um braço do Rio Tramandaí-Pequeno, e quanto a ser dos bois, era coberto por uma vegetação rasteira e tinha algumas árvores frondosas onde os antigos moradores levavam sue gado para pastar.
Em de Julho de 1924 ouve um levante militar onde o tenente Augusto Maynard abril trincheiras e artilhou a Ilha dos Bois.
A partir daí a Ilha dos Bois passa a se Chamar Praia Formosa sedo que ninguém sabe o motivo ou que botou esse nome, o fato é que pegou e todos passaram a conhecer como Praia Formosa.
A Praia Formosa era afastada do centro da cidade, era habitada por um ao outro pescador, ate que em 1926 foi inaugurada o serviço de bonde elétrico e suas linhas chegaram mais próximos da Praia Formosa que virou estação de veraneio e as casas dos poucos moradores passou a se misturar com dos veranistas.
A via alguns pescadores e moradores que animavam os veranistas com seus préstimos e suas aventuras os que mais se destacaram foram: Teódoto, Tote, Begão, Teté, Edson, Babia, Gutemberg e o Sargento.
Em 1930 o numero de veranistas e moradores da Praia Formosa já era bem grande, então veio a idéia de homenagear o interventor Augusto Maynard mudando o nome do bairro para praia Treze de Julho.
Durante muitos anos a Paia Formosa foi muito freqüentada pelos veranistas, mas em 1936 com o melhor acesso a praia da Atalaia com a construção da ponte sobre o Rio Poxim e o total empiçarramento da estrada fez com que os veranistas mudassem o seu ponto de lazer para as praias oceânicas. Até ai a quantidade de manguezal na área da Treze de Julho já tinha sido bastante devastada.
Quem passa de carro na avenida Beira Mar se deslumbra com a beleza do rio Sergipe, apesar do mal cheiro que hoje impregna toda área em decorrência dos esgotos que deságuam por lá.
A praia Formosa era o antigo império dos pescadores, existia apenas areal, mangues e muitos caranguejos. A predominância dos manguezais que as famílias que ali viviam alimentavam-se do que vinha da maré e viviam em um ambiente natural e sem poluição.
Mas infelizmente toda essa área foi tomada por prédios e construções devido ao crescimento urbano. Com isso só ficaram as lembranças da brisa, do cheiro da maré e dos mergulhos do fim da tarde para os antigos moradores.
Segundo Santana, Bastos Junior e Souza foram observados duas formas de apropriação espacial do ecossistema manguezal com níveis de predação intrinsecamente ligados ao status político-econômico desses agentes, a saber: Populações de baixa renda, ao norte da capital sergipana e ao sul tanto por estas populações como principalmente, pela indústria da construção civil (para fins especulação imobiliária).











OBJETIVO


Ir á fundo de materiais, artigos que usem relatos de pessoas que viveram na época que ainda existia uma grande quantidade e diversidade de manguezais. Para que a população não esqueça como é importante esse ecossistema.
















JUSTIFICATIVA


Esse ecossistema está se tornando cada dia mais raro tornando-se necessário um resgate histórico desses manguezais de Aracaju. Para que as gerações atuais e futuras tomem conhecimento e preservem o que ainda existem.
Pois os manguezais são considerados ecossistemas-chave devido à sua riqueza em recursos naturais e aos serviços ambientais que oferecem.


























METODOLOGIA


Foram usadas algumas técnicas de pesquisa para que o projeto fosse bem elaborado e para o melhor entendimento do mesmo. Entre as técnicas estão:
Pesquisa bibliográfica que consiste no estudo de livros, artigos e documentos para levantamento de determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa. É toda leitura originaria de determinada fonte ou a respeito de determinado assunto. Podendo ser citada: a pesquisa bibliográfica partiu do ponto de primeiro conhecer entender o que é e qual sua importância para o meio ambiente.


















CONSIDERAÇÕES FINAIS


A experiência adquirida nesse tempo de pesquisa nos proporcionou conhecimentos novos, tanto na área de aprendizagem como no ciclo de amizades.
Conseguimos muitas informações e fotos.
Descobrimos áreas devastadas pela ação do homem, mais também pudemos ver o esforço dos órgãos competentes em revitalizar essas áreas, melhorando assim o meio ambiente.
Foi preciso muito esforço para chegarmos aqui mais valeu a pena, estamos concluindo mais uma etapa que com certeza nos trouxe um desenvolvimento maior e muitas experiências.


















REFERÊNCIAS

https://www.infonet.com.br/sergipecultural.htm Acesso em 12de dez.2006, 13:00.

https://www.cprh.pe.gov.br/pesquiseepreserve/ctudocontudo.asp?edesçao=428Acesso em: 12 de dez.2006, 13:45.

CHAVES,Rubens.Aracaju: Para Onde Você Vai? Aracaju (s.n.), 2004

PORTO,Fernando. A Cidade do Aracaju(1855-1865)-ensaio da evolução urbana.vol.II, Aracaju: Coleção Estados Sergipanos,1945. Disponível em:http//www.artigocientifico.com.br/uploads/artc acesso em:11 de dez. 2006, 8:10

MELLINS, Murilo. O Aracaju Romântico que Vi e Vivi.Aracaju:UNIT, 2000.

PORTO,Fernando de Figueirado. Alguns Nomes do Aracaju. Aracaju: J Andrade, 2003.

NOVELLE, Iara Schaesser, LAMPARELLE, Claudia. Biodiversidade Marinha. Eco, São Paulo, Janeiro 2002. Disponível em: www.bdt.org/workshop/costa.Acesso em: 25 Jun. 2007.

DOMINGEUZ, Jose Maria Landim, BITTENCOURT, Abílio Carlos da Silva Pinto, MARTIN, Louiz. Esquema Evolutivo da Sedimentação Quaternária nas Feições Déuticas dos Rios São Francisco (SE/AL), Jequitinhonha (BA), Doce (ES), Paraiba do Sul (RJ). Revista Brasileira de Geociência, São Paulo, v. 11, p. 227-237, dez. 1981.

Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
REALIDADE HISTÓRICA DOS MANGUEZAIS COM ENFOQUE EM ARACAJU publicado 4/11/2010 por Makel Oliveira Santos em https://www.webartigos.com

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Makel Oliveira Santos

Possui graduação em Ciências Biológicas Licenciatura Plena pela Universidade Tiradentes (2009). Pós-Graduando em Gestão Ambiental pela Faculdade Pio X e Docência e Tutoria à Distância pela Universidade Tiradentes (2010). Professor de Ciências no Ensino Fundamental Maior pela Escola São Salvador e Professor de Biologia no Colégio Estadual Benedito Barreto do Nascimento (2010). Coordenador Municipal de Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela cidade de Umbaúba-Sergipe (2010).



Fonte: https://www.webartigos.com/articles/51159/1/REALIDADE-HISTORICA-DOS-MANGUEZAIS-COM-ENFOQUE-EM-ARACAJU/pagina1.html#ixzz1CAhfPHrW

ONG

Data: 20/01/2011 | De: Lizaldo Vieira

O que é ONG (organização não governamental) é uma designação da ONU para as organizações que não são governos. Na prática quer dizer que toda organização que não é governo ou do setor produtivo é ONG.

ONG é uma organização independente, cuja definição não existe na legislação brasileira, mas tem o reconhecimento social.

Cada ong define suas regras que são explicitadas em seus estatutos . O registro dos estatutos em cartório é que dá caráter legal as entidades. São formadas por pessoas que se reúnem com a finalidade de trabalhar por objetivos comuns, funcionando como veículos para a participação dos indivíduos em atividades e finalidades de caráter público. São constituídas sem fins econômicos/financeiros.

A maioria das ONGs brasileiras são associações civis. Para fundar uma associação é necessário fazer uma assembléia de constituição, que é uma reunião com os interessados em participar da associação. Os participantes da reunião serão considerados membros fundadores da associação.

Nessa primeira reunião (Assembléia de Fundação), é fundamental que sejam definidas as características da entidade como o nome, a missão, os objetivos, onde será a sede e como será feita a administração. Também nesse momento é que se aprova o Estatuto Social, Além disso, são eleitos os primeiros dirigentes.

Esta é a primeira reunião formal, normalmente precedida de encontros informais quando os interessados já vão amadurecendo e trocando idéias sobre objetivos, estatutos e estrutura administrativa.

Neste momento é necessário organizar uma lista de presença. A seguir, é escolhido um presidente da assembléia, que vai organizar a reunião. O presidente escolhe um secretário, que vai fazer a ata da reunião, necessária para o registro da ONG em cartório.

O próximo passo é registrar no cartório de Registros Civis de Pessoas Jurídicas a associação., muitos destes cartórios tem folhetos onde consta o mínimo de artigos que obrigatoriamente devem constar nos estatutos Leve até o cartório duas vias do estatuto social, com o visto de um advogado que represente a ONG, duas vias da ata da assembléia geral de constituição (com a eleição de presidentes e termos de posse), também com o visto de um advogado. Finalmente, leve um requerimento de registro assinado pelo representante legal da associação. O ideal é consultar antes o cartório mais próximo para saber a quantidade de vias necessárias, uma vez que isso pode variar de cidade a cidade.

De posse do estatuto registrado em cartório a entidade deve procurar a Receita Federal para providenciar o CNPJ.

Mesmo que não tenha funcionários e sendo isenta de pagamento de Imposto de Renda a entidade deve apresentar a Receita Federal anualmente o RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e o GFIP (Guia do Fundo de Garantia e Informações à Previdência). Se quiser ter funcionários, a ONG deve estar registrada no INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social). Estas atividades normalmente são realizada por contador.

As entidades também devem ter atestato de funcionamento que é fornecido pelas Prefeituras e que tem validade de um ano. Outros registros podem ser feitos, como no CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social). A ONG pode ter também uma declaração de Utilidade Pública (municipal, estadual ou federal), um CEBAS (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social) e o reconhecimento de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).
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