Livro de visitas

Vivas aos egipcios

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

V i v a s aos egípcios – Lizaldo Vieira
Viva as chamas libertas
Do Egito
Veio o rito
O aviso
Foi na força
Foi no grito
Céus
Múmias e terras
Moveram-se
Varreram o lixo
Saúde ao sol do novo dia
Raios libertos
Suplantando a tirania
Vivas egípcias
Valeu apena
A fúria
A bravura das ruas
O ferro e fogo
Feridas na carne
Na alma
Vencedores do medo
Vencemos nós
Também

Lerdade egipcias

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo


V i v a s aos egípcios – Lizaldo Vieira
Viva as chamas libertas
Do Egito
Veio o rito
O aviso
Foi na força
Foi no grito
Céus
Múmias e terras
Moveram-se
Varreram o lixo
Saúde ao sol do novo dia
Raios libertos
Suplantando a tirania
Vivas egípcias
Valeu apena
A fúria
A bravura das ruas
O ferro e fogo
Feridas na carne
Na alma
Vencedores do medo
Vencemos nós também

Vivas aos egipcios

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo


V i v a s aos egípcios – Lizaldo Vieira
Viva as chamas libertas
Do Egito
Veio o rito
O aviso
Foi na força
Foi no grito
Céus
Múmias e terras
Moveram-se
Varreram o lixo
Saúde ao sol do novo dia
Raiou a libertos
Suplantando a tirania
Vivas egípcias
Valeu apena
A fúria
A bravura das ruas
O ferro e fogo
Feridas na carne
Na alma
Vencedores do medo
Vencemos nós também

Gloria

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Nossa Senhora da Glória
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
"Capital do Sertão"

Aniversário 26 de Setembro
Fundação 1928
Gentílico gloriense
Lema
Prefeito(a) Luana Michele Oliveira da Silva (PR)
(2009–2012)
Localização
[[Ficheiro:|280px|center|Localização de Nossa Senhora da Glória]]
Localização de Nossa Senhora da Glória em Sergipe

Localização de Nossa Senhora da Glória no Brasil
10° 13' 04" S 37° 25' 12" O10° 13' 04" S 37° 25' 12" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Sertão Sergipano IBGE/2008[1]
Microrregião Sergipana do Sertão do São Francisco IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Carira, Nossa Senhora Aparecida, São Miguel do Aleixo, Feira Nova, Gararu, Gracho Cardoso, Monte Alegre de Sergipe
Distância até a capital 126 km
Características geográficas
Área 756,485 km² [2]
População 32 514 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 42,98 hab./km²
Clima Semi-árido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,631
médio PNUD/2000[4]
PIB R$ 226 382,600 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 7 430,66 IBGE/2008[5]
Nossa Senhora da Glória é um município brasileiro do estado de Sergipe.

Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Clima
4 Cultura
5 Economia
6 Filhos ilustres
7 Religião
8 Prefeitos que Governaram o Município
9 Artistas Locais Notáveis
10 Principais Festas
11 Atrativos Turísticos
12 Referências


[editar] História
A primeira povoação na região da atual cidade recebeu o nome de Boca da Mata, dado pelos viajantes que descansavam no local. Por volta de 1600 a 1620, os ranchos ali existentes formaram uma povoação. Posteriormente, a localidade foi rebatizada quando o pároco Francisco Gonçalves Lima, fez uma campanha junto aos moradores para aquisição de uma imagem de Nossa Senhora da Glória [carece de fontes?].

O município, que ficou conhecido como a “Capital do Sertão”, tem a maior feira da região e acabou atingindo um desenvolvimento muito maior que a sua antiga sede, Gararu.

A evolução política de Boca da Mata iniciou-se em 1922, quando a povoação passou a ser sede do 2º Distrito de Paz de Gararu, já com a denominação de Nossa Senhora da Glória. Seis anos depois, no dia 26 de setembro, passou à condição de vila e foi desmembrada de Gararu. Nessa época o município passou a pertencer à Comarca de Capela.

No dia 1º de janeiro de 1929, a vila teve como primeiro intendente João Francisco de Souza, que construiu a prefeitura. Ele foi eleito para o período de 1930 a 1934, mas teve o mandato interrompido pelo movimento revolucionário de 1930.

Segundo dados colhidos de relatórios feitos pela Universidade Tiradentes baseados no IBGE dos anos de 1991 a 1996 cedidos pela Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer de Nossa Senhora da Glória, as terras em que hoje se erigiu o município teriam pertencido, no início do século XVII, a Tomé da Rocha Malheiros. O historiador Carvalho Lima Júnior teria afirmado que uma sesmaria de 10 léguas, a partir da Serra Tabanga, estendendo-se para o sertão, ter-se-ia tornado posse daquele beneficiário.

À medida que a economia pastoril se desenvolvia pelo sertão sergipano, através da instalação de currais de gado, o conseqüente processo de ocupação espacial e modificação do meio para a instalação de futuras comunidades foi, pouco a pouco, devastando a mata de vegetação muito alta e densa que cobria o solo daquela região. Entretanto, por ser rota obrigatória para os que vinham de outras regiões, antes de surgirem as primeiras povoações, o local serviu de ponto de descanso no qual pernoitavam os viajantes que se dirigiam a Cotinguiba interessados na compra de açúcar e jabá.

Sua primeira denominação, “Boca da Mata”, segundo relatam os glorienses mais idosos, deu-se por conta desses viajantes, pois tinham medo de seguir suas rotas durante a noite e ali, na entrada da mata, dormiam. Disso surgiu uma expressão que se tornou comum entre eles: “dormir na boca da mata”. Daí a origem da toponímia.

Os ranchos que ali se fizeram por conta dessas estadas dos tropeiros, durante as viagens, originaram o primeiro núcleo habitacional. O surgimento do povoado foi se dando entre terras, onde se começou uma modesta atividade pecuária, e sítios, onde se começava a plantar mandioca, milho, feijão e algodão.

Em 1922, a lei nº 835 de 6 de fevereiro, constituiu o então povoado “Boca da Mata” como 2º Distrito de Paz do município de Gararu. A partir daí, sua denominação oficial passou a ser Nossa Senhora da Glória. Em 26 de Setembro de 1928, deu-se a Emancipação Política do município pela lei nº 1.014.

O nome Nossa Senhora da Glória, segundo informam as pessoas mais antigas do lugar, foi iniciativa do Pe. Francisco Gonçalves Lima, seu primeiro capelão, que trouxe a imagem da referida santa, consagrada então padroeira do lugar, e o sino para a primeira capela.

[editar] Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º13'06" sul e a uma longitude 37º25'13" oeste, estando a uma altitude de 291 metros. Sua população estimada em 2008 era de 30.466 habitantes.

O município de Nossa Senhora da Glória localiza-se na Região Nordeste do Brasil, no oeste do Estado de Sergipe, na micro-região do alto sertão do São Francisco.

Sua população, segundo dados do censo 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 30.466 habitantes. A população de homens e mulheres é quase equânime.

Apresenta latitude S: 10º13’06”, longitude W: 37º25’13”, altitude: 291m e compreende uma área de 758,4 km². Distante 126 km da capital do Estado, Aracaju, através de rodovia.

Além da sede, possui sessenta e um povoados, dentre os quais destacam-se: Angico, Aningas, Lagoa Bonita, Nova Esperança, São Clemente, Quixaba e Lagoa grande.

Limita-se ao norte com os municípios de Monte Alegre de Sergipe e Porto da Folha; ao sul, com os municípios de Carira, Nossa Senhora Aparecida e São Miguel do Aleixo; ao leste, com os municípios de Gararu, Feira Nova e Graccho Cardoso e ao oeste, com parte do município de Carira e com o estado da Bahia.

[editar] Clima
Apresenta clima megatérmico semi-árido com precipitações médias anuais de 702,4mm3, temperatura média anual de 24,2 (°C); seu período de chuvas se estende do mês de março ao mês de agosto. Seu solo é do tipo massapê, argila arenoso e franco argiloso, apto à exploração de cultura de subsistência e pecuária. Sua vegetação predominante é a caatinga e seu regime hidrográfico compreende o rio Sergipe e riachos sazonais (Capivara, Monteté e Piabas), Bacia do São Francisco.

[editar] Cultura
Por estar situada no sertão, ainda hoje é comum encontrar, principalmente na feira realizada aos sábados, homens caracterizados de vaqueiros. Entre os principais eventos do município estão a festa da padroeira Nossa Senhora da Glória, comemorada com missa e procissão no dia 15 de Agosto, e o evento “O Homem mais feio do sertão”, promovido por Marujo, que já entrou para o calendário do município, além destes o Forró da Paz, promovido pela Câmara de Dirigente Lojistas e a Prefeitura Municipal.

O Gloriense é um povo muito religioso, predominando no município o catolicismo. A Igreja Matriz, que passou a ser paróquia em 1959 e teve como primeiro pároco José Amaral de Oliveira, foi construída em terreno doado por um senhor conhecido apenas por Xixiu.

O interesse pela música surgiu em 1918, quando foi criada a banda, com 19 componentes, que tocava nos desfiles de 7 de setembro. Surgiu o “Musical Syrius, Tenente, Musical Opção, Jarbas Moreno, Bráulio, Banda Swing Mania, Banda de Forró Maçã com Mel,Forrozão do Bafafá, Os Carinhas do Samba e mais recentemente está despontando a Banda Balanço da boiada,que vem fazendo sucesso em todo nordeste”.

[editar] Economia
Atualmente, a economia do município baseia-se substancialmente no setor primário. Uma de suas principais atividades econômicas é a pecuária, com destaque para as atividades de bovinocultura, ovinocaprinocultura, suinocultura e a criação de animais de pequeno porte como frangos.

O rebanho bovino do município, como o de toda a região do semi-árido, varia de acordo com o tempo. Em sua maior parte, destina-se à produção leiteira; o restante, ao abate. Os índices médios de produtividade de Nossa Senhora da Glória ficam em torno de 720 litros de leite anuais por cabeça, o que eqüivale a uma produção anual de algo próximo de 24.120.000 litros. A maior parte dessa produção é absorvida pelas fabriquetas da região. A outra parte destina-se à produção de queijos e derivados, que são comercializados nas feiras locais e nos municípios vizinhos.

A segunda atividade econômica mais importante é a agricultura, destacando-se a cultura de milho, feijão, milho + feijão (que ocupam grande percentual da área de lavoura do município: 14.271 hectares), algodão, mata, sorgo, capim búffel, capim pangola, palma forrageira, leucena, pasto nativa.

O setor secundário no município ainda é pequeno, mas tende a crescer, tanto em tecnologia quanto em espécie. A cidade possui fábricas de sacolas plásticas, de artefatos de cimento, de esquadrias de metal, de móveis de metal e madeira, de artigos de tricô e croché, de chapéus, gorros e bonés e de vassouras. Possui algumas confecções de roupas. Produz ainda derivados da mandioca, conservas de frutas, pães, biscoitos e bolachas, sorvetes e picolés.

O comércio do município, já em processo de franca expansão, atende sobremaneira à demanda interna e aos municípios vizinhos, embora ainda dependa de alguns produtos do setor secundário vindos de outras regiões como Aracaju, Itabaiana, Tobias Barreto, Estância e Caruaru, no Estado de Pernambuco. Produtos primários também são adquiridos de Ribeirópolis, Moita Bonita, Canindé do S. Francisco, Lagarto e Arapiraca.

A feira livre, realizada aos sábados, é a mais importante da região. A localização do município permite a convergência de comerciantes vindos de boa parte da circunvizinhança: Ribeirópolis, Moita Bonita, Capela, Aquidabã e Nossa Senhora das Dores. A feira atrai principalmente consumidores dos municípios de Monte Alegre, Gracho Cardoso, Gararu, Poço Redondo, Canindé, Feira Nova e Porto da Folha. Nela destaca-se o comércio em grosso de queijo, manteiga, frutas, cereais e farinha de mandioca.

[editar] Filhos ilustres
Manuel Cardoso dos Reis - Fundador do Colégio Nossa Senhora da Glória e Educandário São Francisco de Assis,implantou o segundo grau na Escola Municipal ¨Tiradentes¨ grande colaborador quando da fundação da paróquia de N.S. da Glória (que em 2009 completa 50 anos), Ex vereador, Secretário de Educaçao, Cultura, Esporte e Lazer do Município por seis anos,Secretário Municipal de Assistência Social. Grande baluarte da Educaçao e Cultura de Nossa Senhora da Glória.

Sergival - Cantor e Compositor, desenvolve trabalhos na área da literatura, tatro e fotografia. É membro do Mac da Academia Sergipana de Letras e da Asafoto. Em 2000 esteve em Cuba representando o Estado em encontro internacional de cultura popular. Conquistou o prêmio “O Capital” como o músico do ano, e também recebeu a Comenda do Mérito Cultural Ignácio Barbosa.

Artesão Véio - Um dos mais importantes artistas populares do Estado de Sergipe. Seu trabalho em madeira corre o mundo e boa parte está exposto em museu ao ar livre num terreno que pertence à sua família em Nossa Senhora da Glória.

José Augusto de Andrade Lima - Médico Veterinário, funcionário do ministério da Agricultura.

José Carlos Souza - Ex-Conselheiro do Tribunal de Contas do estado e ex-Deputado Estadual.

Eraldo Aragão - Presidente do Pronese (Projeto São José) Boguito Jogador profissional. Jogou no Itabaiana, Sergipe e Vitória.

Tailson - Nasceu em Monte Alegre de Sergipe, foi para Glória ainda bebê. Foi revelado no Dorense, jogou no Vitória, 15 de Piracicaba, fora do Brasil e no Botafogo do Rio.

Pedro Alves Feitosa - Foi o primeiro tabelião do município e delegado de polícia.

Milton Menezes - Coronel do Corpo de Bombeiros.

Padre Leon Gregório - Apesar de ser natural da Bélgica, foi para Glória na década de 70 e fez um grande trabalho assistencialista no município. Construiu asilo, escola, creche, mantendo fardamento, material escolar e alimentação.

Boquinha - Mais conhecido como "Bohina", é um grande comedor de Texe.

[editar] Religião
A cidade de Nossa Senhora da Glória representa a maior parte da população católica com uma igreja matriz na praça, e uma em construção.

Possui um número considerável de evangélicos, distribuídos nas mais variadas denominações: a Congregação Cristã no Brasil; Ministério Levantadores do Altar; Primeira Igreja Batista; Ministério Internacional Nova Dimensão; Igreja Evangélica Nova Canaã; Igreja Presbiteriana;Salão do Reino das Testemunhas de Jeová; Igreja Universal do Reino de Deus; Igreja Evangélica Assembleia de Deus; Igreja Batista Betel; Igreja Adventista do Sétimo Dia; Igreja Quadrangular.

Na região também existe um centro espírita Kardecista, o Grupo Espírita Luz & Caridade.

[editar] Prefeitos que Governaram o Município
João Francisco de Souza
Gerino Tavares de Lima
Manoel Messias Feitosa
José Bezerra Lemos
Francisco Machado (Interventor)
Filemon Bezerra Lemos
Ulisses Alves Oliveira
José Ribeiro Aragão
Antônio Alves Feitosa
José Batista Sobrinho
José Elon Oliveira
Sebastião Lopes da Silva
Antônio Alves Feitosa (Interrompido)
Maria dos Santos Santana
Sérgio Oliveira da Silva
Ancelmo Correia
José Israel de Andrade
Jairo Santana da Silva (Interino)
Luana Michele Oliveira da Silva (Atual governante)
[editar] Artistas Locais Notáveis
Véio (Artesão) - Cícero Alves dos Santos é artesão, mas todos o conhecem como Véio, nascido na cidade de Nossa Senhora da Glória, em 12 de Maio. O apelido surgiu desde que era criança por conviver com pessoas mais velhas. O artista continua esculpindo suas peças com criatividade, retratando a cultura de seu povo. O artesão Véio é um dos mais importantes artistas populares do estado de Sergipe. Seu trabalho corre o mundo e uma parte dele está exposta num museu ao ar livre, no terreno que pertence à sua família.

Jorge Henrique Vieira Santos (Poeta e Professor) - É mais um ilustre filho de Nossa Senhora da Glória, nascido em 19 de Março, formado em Língua Portuguesa, Literatura e Redação, atuando em sala de aula desde 1989. Atualmente é mais conhecido por desenvolver poemas, como 'Sua Ausência', poema finalista do XI Concurso de Poesia Falada da cidade de Lagarto-SE, em 1999.


Maria Barreto (Artista Plástica) - Quando menina, exatamente aos dez anos de idade a artista brincava com as cores no papel. Ela mesma fabricava sua própria tinta feita com papel de seda e crepom molhados. Seu diferencial era retratar a paisagem onde vivia de forma colorida, diferentemente de como realmente era. A partir daí nasceu à artista pástica, Maria Barreto, aspirando cores de seu ambiente sertanejo, recriando-o mais colorido e agradável.

Júnior Leônio (Artesão) - Nascido em cinco de dezembro, o artista produz com bastante desenvoltura suas obras em aço. Desde menino foi obrigado a assumir precocemente a função de mestre em metalurgia. O jovem Júnior Leônio começou, ainda menino, sem grandes pretensões, a justapor peças de sucatas ferrosas, e, as soldando, formar estruturas figurativas curiosas. Acabou sendo observado por muita gente reconhecedora do seu talentoso trabalho. Mesmo por iniciativa própria, Júnior, seguia uma prática comum nos segmentos mais populares, reutilizando subprodutos da indústria de consumo para diversos fins.

Sergival (Cantor e Compositor) - José Sergival da Silva, conhecido somente por Sergival nasceu em Nossa Senhora Glória, em nove de abril de 1965. Quando era pequeno, habitou em interiores de Sergipe, Pernambuco e Bahia. Com essa experiência, o artista engloba em sua carreira, elementos regionais que compõem toda a sua obra. Atrelado a música, Sergival interessou-se também pela literatura, onde iniciou suas atividades em 1990, conquistando alguns prêmios: primeiro lugar e melhor Declamador na II Semana de Arte da Petrobras. É membro do Mac da Academia Sergipana de Letras e da Asafoto.

Iolanda MouraNatural de Nossa senhora da Glória, uma das mais importantes artesã em (Jornal e Papelão) da cidade, sua obra foi consagrada no ano de 2000 e apresentada em varias exposições, bem como em toda cidade e região e na Feira de Sergipe em Aracaju no ano 2003.

Manuel Cardoso dos Reis (Professor Manuel) - Filho de Nossa Senhora da Glória desde 1928, escritor,poeta e cronista. Grande estudioso da Blíblia e da vida de Jesus, Nossa Senhora e São Francisco de Assis.
[editar] Principais Festas
Festa de Santos Reis
Rock Sertão
Forró da praça 15 de novembro
Festa Religiosa da Padroeira de Nossa Senhora da Glória (Festa de Agosto)
Exposição Agropecuária e Feira do Leite
Carnaforró
Vaqueijada
[editar] Atrativos Turísticos
Barragem
Ponto do Bode
Casa do Doce da Dona Nena
Palácio das Artes
Museu do artesão Véio (peças em madeira)

Simão Dias

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Simão Dias
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Aniversário 12 de Junho
Fundação 1890
Gentílico simãodiense
Lema Simão Dias mais Feliz
Prefeito(a) Denisson Déda (PSB)
(2009–2012)
Localização
[[Ficheiro:|280px|center|Localização de Simão Dias]]
Localização de Simão Dias em Sergipe

Localização de Simão Dias no Brasil
10° 44' 16" S 37° 48' 39" O10° 44' 16" S 37° 48' 39" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Agreste Sergipano IBGE/2008 [1]
Microrregião Lagarto IBGE/2008 [1]
Municípios limítrofes Paripiranga em território baiano. Poço Verde, Tobias Barreto, Riachão do Dantas, Lagarto, Pedra Mole e Pinhão em território sergipano.
Distância até a capital 101 km
Características geográficas
Área 559,615 km² [2]
População 38 724 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 69,2 hab./km²
Clima Semi-árido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,591
médio PNUD/2000 [4]
PIB R$ 238 066,683 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 6 226,90 IBGE/2008[5]
Simão Dias é um município brasileiro do estado de Sergipe.

Índice [esconder]
1 História
1.1 A origem
2 Geografia
3 Economia
3.1 Turismo
4 Clima
5 Referências
6 Ligações externas


[editar] História
[editar] A origem
O local onde está edificada o município de Simão Dias foi, no passado, uma povoação de índios fugitivos das expedições colonizadoras do Governador do Norte, Luis de Brito e Almeida. Esses índios se estabeleceram nas matas às margens do Rio Caiçá.

As terras do município constituem um relevo acidentado devido à presença de um conjunto de serras, com altitudes que oscilam entre 200 a 750 metros. Isso favorece a existência de uma vegetação menos vulnerável a estiagens típicas do sertão. As zonas de terras entre Simão Dias e Paripiranga, município da Bahia, são formadas por terrenos acidentados, onde é possível verificar a existência de matas fechadas, devido à impossibilidade de cultivo de cereais e pastagens. Nessa mesma zona, existem inúmeros sítios onde se cultivam árvores frutíferas e culturas de subsistência Esse relevo proporcionou aos índios que primeiro povoaram essa região um verdadeiro oásis, frente ao sertão. Daí a origem das diversas denominações que constam em documentos históricos, como: “Matas de Simão Dias”, “Matas do Coité” ou “Matas do Caiçá”.

Com a invasão holandesa em Sergipe, surge a determinação de conduzir os rebanhos até as margens do Rio Real. No entanto Braz Rabelo, proprietário baiano, que possuía rebanhos nas terras da atual Itabaiana, decide esconder seus rebanhos nas terras das matas à beira do Rio Caiçá. Desse episódio é que surgirá a figura histórica do vaqueiro Simão Dias, responsável pela condução do gado e pelo surgimento das primeiras instalações que daria origem à cidade.

Simão Dias passou da categoria de Vila para a de Cidade, em 12 de Junho de 1890, por decreto do presidente do Estado Felisbelo Freire, sob o argumento que a mesma possuía uma grande população - 10.984 pessoas, um comércio próspero, uma estrada de ferro que ligava a referida Vila a Aracaju, bem como, a existência de uma comarca recém criada. Com base nesses argumentos a Vila foi emancipada do município de Lagarto. A estrada de ferro, que serviu como uns dos argumentos para a emancipação política da antiga Vila, jamais foi concluída, restando hoje, algumas escavações e bases de pontes por onde passaria as linhas férreas, que permanecem abandonadas em fazendas da região.

O nome do município é uma homenagem ao colono que remonta aos primeiros tempos da ocupação do território sergipano. Trata-se de Simão Dias Francês, que nos anos de 1599, 1602 e 1607, juntamente com Cristóvão Dias e Agostinho da Costa, através de requerimento, solicitaram a concessão de sesmarias na região. O último requerimento, do qual o códice está no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, solicita “três léguas de terra em quadro” nas terras devolutas de Itabaiana,, para a criação de gado. Felisbelo Freire que além de presidente do estado foi também historiador afirma:

“Os terrenos onde está edificada hoje (1891) a Vila de Simão Dias foram doadas a Simão Dias Fontes, Cristóvão Dias e Agostinho da Costa”.(FREIRE: 1997, p..322).

No entanto a tese sustentada pelo historiador Felisbelo Freire foi alvo de contestação pelo Pe. João de Matos Carvalho, que tinha a intenção de homenagear o Comendador Sebastião da Fonseca Andrade (Barão de Santa Rosa) pela construção do templo da atual matriz de Santana. O Pe. João de Matos se aproveitou das contradições encontradas nas várias teses sobre a origem da povoação, pois os documentos históricos que falavam de Simão Dias, em cartas de doação de sesmarias, possuem sobrenomes diversificados, além de solicitarem sesmarias em períodos diferentes. Diante disso, para o Padre João de Matos Carvalho, havia a possibilidade de existir dois personagens históricos com o mesmo nome. Na intenção de provocar controvérsias e enfraquecer a tese de Felisbelo Freire, ele publicou uma obra intitulada “Matas de Simão Dias”, na qual defende veemente a tese de que a cidade teria se originado graças à doação de sua ancestral Ana Francisca Menezes. O objetivo era levantar a dúvida sobre a versão histórica, bem como, menosprezar a figura do vaqueiro e enaltecer a figura da sua ancestral, doadora das terras onde foi edificada a primeira capela que originou a freguesia de Santana de Simão Dias.

Antes de ter “status” de vila, o atual município foi constituído como Freguesia, pela Lei de 6 de fevereiro de 1835, desmembrando-se da Freguesia de Lagarto. A capela que motivou a sua criação data de 1655, conforme defende historiadores. No entanto o único documento antigo sobre o assunto é de 1784.

Devido ao progresso da Freguesia o governo da Província baixou em 15 de março de 1850, o decreto que elevou à categoria de vila com o nome de Senhora Sant’Ana de Simão Dias.

Assim, o município de Simão Dias, teve essa denominação desde a condição de freguesia e vila. Mas o nome que homenageava o seu primeiro povoador permaneceu pouco tempo, pois o intento do Pe. João de Matos Freire de Carvalho foi alcançado, e em 25 de outubro de 1912, a cidade passaria a ser denominada como Anápolis, pelo Decreto Lei de n° 621. Após muitas controvérsias e reações, principalmente da imprensa, o nome de Simão Dias foi restabelecido pelo Decreto Lei n° 533, de 7 de dezembro de 1944, favorecido pela determinação do Governo Federal, do então Getúlio Vargas, que aprovou o plano do IBGE, coibindo a coincidência de municípios com mesma denominação. Como existia um município goiano com o mesmo nome, e mais antigo, a Anápolis sergipana teve que modificar o nome.

Quanto à política, o município simãodiense teve uma longa fase de domínio oligárquico, aonde o poder local era exclusivo aos grandes proprietários rurais. A práticas coronelistas estiveram presentes nessa fase, sendo possível verificar resquícios do coronelismo até os dias de hoje. No entanto a partir da década de 1930, é que começa a decadência dos grandes proprietários na política local, devido às mudanças ocorridas em decorrência da revolução, bem como, o fenômeno populista desenvolvido a partir da década de 40.

[editar] Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º44'18" sul e a uma longitude 37º48'40" oeste, estando a uma altitude de 263 metros. Sua população estimada em 2006 era de 40.255 habitantes. Seu relevo, apresenta planícies e planaltos em alguns pontos da cidade.

Possui uma área de 560,8 km².

[editar] Economia
O município destaca-se pelo cultivo do milho, sendo um dos maiores produtores do estado e pela criação de avestruz, que foi uma das primeiras no Estado. As industrias estão no inicio, porém o município esta em grande crescimento industrial, são duas fabricas de grande porte,industria cerâmicas vermelhas cituadas no povoado mata do peru, e agora com a criação do Distrito industrial a perspectiva e que o crescimento seja maior ainda, já esta previsto a vinda de um fabrica de peças automotivas

[editar] Turismo
O município destaca-se também no turismo com o ponto turístico da Serra do Cruzeiro, um local aconchegante para um bom passeio de domingo. O ponto turístico está em uma altitude de 424m, onde se tem a vista panorâmica da cidade e ainda apresenta beleza e valor histórico.

[editar] Clima
Como de costume na Região Nordeste do Brasil, o clima de Simão Dias é quente, mas no inverno a temperatura pode variar entre 10 e 13 graus. Um fator interessante é que Simão Dias é a cidade mais fria de Sergipe e a cidade que mais possui grutas e cavernas no Nordeste.

Itabaianinha

Data: 11/02/2011 | De: Lizaaldo

Itabaianinha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município Itabaianinha
"Princesa das Montanhas"

Aniversário 19 de outubro
Fundação 19 de outubro de 1915
Gentílico 'itabaianinhense'
Lema
Prefeito(a) Joaldo Lima de Carvalho (PSDB)
(2009–2012)
Localização

Localização Itabaianinha em Sergipe

Localização Itabaianinha no Brasil
11° 16' 26" S 37° 47' 24" O11° 16' 26" S 37° 47' 24" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Leste Sergipano IBGE/2008[1]
Microrregião Boquim IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Tobias Barreto, Cristinápolis, Umbaúba, Riachão do Dantas, Tomar do Geru, Boquim, Pedrinhas, Arauá e Santa Luzia do Itanhy
Distância até a capital 118 km
Características geográficas
Área 493,310 km² [2]
População 38 886 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 78,83 hab./km²
Clima Tropical
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,59
médio PNUD/2000[4]
PIB R$ 162 920,109 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 4 224,56 IBGE/2008[5]
Itabaianinha é um município brasileiro do estado de Sergipe. É o nono maior município do estado.

[editar] Economia
Esta cidade destaca-se na economia do Estado, em virtude do grande número de indústrias têxteis, tornando-se o polo de confecções do estado. Há centenas de cerâmicas de médio e grande porte (destaque para a produção de telhas e blocos), oferecendo milhares de empregos diretos. O solo do seu município é riquissimo em argila e há destaque também na plantação de laranjas.

[editar] População
Esta cidade ficou famosa por ter um grande número de anões nos seus povoados. São cerca de 130 anões. Este número é grande porque eles formaram famílias entre si, o que contribuiu para o crescimento da população de anões. Sua população também tem crescido muito pela chegada de moradores novos vindos de outro estado, pela atração da indústria têxtil na cidade.

Referências

Tobias Barreto

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Tobias Barreto (Sergipe)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Município de Tobias Barreto


Fundação 1835
Gentílico tobiense
Lema
Localização
[[Ficheiro:|280px|center|Localização de Tobias Barreto]]
Localização de Tobias Barreto em Sergipe

Localização de Tobias Barreto no Brasil
11° 11' 02" S 37° 59' 52" O11° 11' 02" S 37° 59' 52" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Agreste Sergipano IBGE/2008 [1]
Microrregião Tobias Barreto IBGE/2008 [1]
Municípios limítrofes Poço Verde, Simão Dias, Riachão do Dantas, Itabaianinha e Tomar do Geru em território sergipano. Itapicuru em território baiano
Distância até a capital 105,4 km
Características geográficas
Área 1 032,829 km² [2]
População 48 039 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 46,51 hab./km²
Clima Tropical
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,596
médio PNUD/2000 [4]
PIB R$ 226 996,931 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 4 657,97 IBGE/2008[5]
Tobias Barreto (antiga Vila de Campos do Rio Real) é um município brasileiro do estado de Sergipe. Foi fundado em 1835.

[editar] História
Surgiu no fim do século XVI, em um sítio de aproximadamente 40 tarefas, onde apareceu uma imagem de Nossa Senhora. Em sua homenagem, os camponeses construíram uma capelinha e fizeram residências em volta dela formando uma aldeia batizada Paraíso. A imagem de Nossa Senhora, desapareceu por duas vezes sendo encontrada num matagal próximo, na segunda vez, destruíram o matagal e construiram outra capelinha, onde hoje fica a Igreja Matriz Nossa Senhora Imperatriz dos Campos e o novo povoado recebeu o nome Capela de Nossa Senhora dos Campos do Rio Traripe (hoje Real) por estar situado às margens desse rio. O nome do povoado foi simplificando até ser chamado apenas de Campos.

Em 17 de janeiro de 1835, o povoado foi elevado à categoria de vila, em 23 de outubro de 1909, foi elevado à categoria de munincípio e pelo Decreto-lei Estadual nº377, o distrito de Campos passou a denominar-se Tobias Barreto, uma homenagem a um ilustre filho da terra, Tobias Barreto de Meneses.

[editar] Geografia
Localiza-se a uma latitude 11º11'02" sul e a uma longitude 37º59'54" oeste, estando a uma altitude de 158 metros. Sua população estimada em 2009 era de 49.261 habitantes em 2009.

Possui uma área de 1119,1 km².




Referências
↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.



Estancia

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Estância (Sergipe)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
"Jardim de Sergipe"

Fundação 1831
Gentílico estanciano
Lema Cultura e Trabalho
Prefeito(a) Ivan dos Santos Leite (PSDB)
(2009–2012)
Localização

Localização de Estância em Sergipe

Localização de Estância no Brasil
11° 16' 04" S 37° 26' 16" O11° 16' 04" S 37° 26' 16" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Leste Sergipano IBGE/2008[1]
Microrregião Estância IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Norte (Itaporanga d'Ajuda), sul (Santa Luzia do Itanhi e Indiaroba), leste (Oceano Atlântico) e oeste (Salgado, Boquim e Arauá)
Distância até a capital 70 km
Características geográficas
Área 642,306 km² [2]
População 64 464 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 100,36 hab./km²
Clima tropical
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,672
médio PNUD/2000[4]
PIB R$ 832 004,358 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 13 163,38 IBGE/2008[5]
Estância é um município brasileiro do estado de Sergipe.

Índice [esconder]
1 História
2 Patrimônio cultural
3 Geografia
3.1 Relevo
3.2 Clima
3.3 Hidrografia
4 Economia
5 Acesso
6 Comunicação
6.1 Rádios
6.2 Televisão
7 Referências
8 Ligações externas


[editar] História
Pedro Homem da Costa e seu concunhado foram agraciados com as terras onde se encontra hoje o território de Estância. A doação foi feita pelo capitão-mor da Capitania de Sergipe, João Mendes, em 16 de setembro de 1621, porém, as ditas terras haviam sido adquiridas anteriormente por Diogo de Quadros e Antônio Guedes, os quais não a povoaram nem a colonizaram, razão pela qual perderam o direito da concessão. Tanto Pedro Homem da Costa, como Pedro Alves e João Dias Cardoso, este último sogro dos dois, já ocupava a gleba antes da concessão, com roças e criação de gados.

Quem primeiro desbravou as terras foi Pedro Homem da Costa e nelas edificou uma capela, dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe, santa que nos consta, é, também, a Padroeira do México. Entre os mexicanos, Estância é uma propriedade de criação de gado e os seus ocupantes são chamados de estancieiros, daí o nome adotado por Pedro Homem da Costa: Estância.

Durante muito tempo, Estância foi subordinada à Vila de Santa Luzia do Real, atualmente Santa Luzia do Itanhy. Só em abril de 1757, o rei autorizou que realizassem na povoação de Estância "vereações, audiências, arrematações e outros atos judiciais na alternativa dos juízes ordinários", acontecendo assim, a separação jurídica da Vila de Santa Luzia, então em franca decadência. Em 25 de outubro de 1831, a sede da Vila de Santa Luzia é transferida para Estância. Em 5 de março de 1835, é criada a sua Comarca, e, finalmente, a 4 de maio de 1848, foi elevada a categoria de cidade.

A cidade de Estância, denominada por S.M. Dom Pedro II como o jardim de Sergipe, a cidade dos sobrados azulejados, das festas juninas e do barco de fogo, ainda possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos.

[editar] Patrimônio cultural
O IPHAN em 27 de julho de 1962 tombou a Casa à Praça Rio Branco nº. 35. Sobrado colonial que possui telhado em quatro águas com beirais e cimalha de madeira. No térreo possui quatro portas e três janelas alternadas de vergas curvas e ombreiras de madeira. O segundo pavimento possui sete janelas com balcões em balautradas em madeira. As fachadas laterais do pavimento superior possuem janelas semelhantes às da fachada principal. A fachada posterior apresenta o prolongamento do piso superior sobre pilastras de alvenaria. O prolongamento tem pé direito baixo e oito janelas geminadas de construção mais recente. O único exemplar acautelado em nível federal, incluído no livro de tombo histórico, na verdade, uma homenagem à rica história de Estância. E também mostra a predileção do órgão federal por bens coloniais em detrimentos dos ecléticos, fato que só foi superado a partir dos anos oitenta.

Entretanto, são os sobrados e casas azulejados, muitos tombados pela Secretária de Cultura do Governo do Estado de Sergipe, que se destacam na paisagem urbana. Citamos os imóveis:

- Rua Capitão Salomão nº.67; Rua Pedro Soares nº. 442 (ou Cap. Salomão nº 84) - (imóvel que sofreu recentemente uma séria descaracterização com mutilação do portico com gradil metálico e destruição do interior do pavimento térreo); Rua Capitão Salomão nº. 122; Rua Capitão Salomão nº. 136; Rua Capitão Salomão nº. 227; Rua Capitão Salomão nº. 228; Rua Capitão Salomão nº. 256; Rua Duque de Caxias nº. 339; Rua Capitão Salomão nº. 162;

Também são tombados pelo Governo Estadual a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a pintura em óleo sobre tela Misericórdia e Caridade de autoria de Horácio Hora do Hospital Amparo de Maria.

Alguns desses imóveis citados estão em estado inadequado de conservação. E vários outros sobrados ou trechos urbanos mereceriam ter sido incluídos na lista do Patrimônio Estadual, e talvez nacional, porém foram destruídos ou deformados. Muitas vezes reação de aversão da própria população contra a figura do tombamento e seus efeitos sobre a propriedade do imóvel.

Infelizmente, a Prefeitura Municipal nunca tomou atitudes a fim de preservar o rico acervo arquitetônico, paisagístico e urbanístico da cidade de Estância, compostos por sobrados azulejados, coloniais, casas ecléticas, art-déco, e até alguns bons exemplares de arquitetura modernista. Igrejas e acervos sacros. Fábricas e vilas operárias. E o próprio espaço urbanos com suas ruas, praças, texturas e cores. Pior, muitas vezes os prefeitos incentivaram a destruição ou a desinformação quando pregam que o tombamento engessa a cidade.

Por fim, o município ainda possui exemplares remanescentes de antigos engenhos de cana-de-açúcar. O ciclo da cana-de-açúcar e o engenho tiveram papel significativo na formação econômica e social do povo sergipano e o sul do estado também participou ativamente da economia açucareira.

[editar] Geografia
[editar] Relevo
Planície Litorânea – localizada ao longo da Costa, formada por dunas e praias.
Tabuleiros Costeiros – localizados após a planície litorânea, constituído de baixo planalto pré-litorânea, com temperatura média de 25ْ C e um período de seca de até três meses.
Vegetação Litorânea – é muito variada, nas praias predominam coqueirais e uma vegetação rasteira, com campos de matas de restingas e manguezais.
Mata Atlântica – floresta fechada, com árvore alta encontrada no topo de algumas colinas e sopé das serras.
Cerrado – vegetação espaçada com arbusto e árvore baixa, retorcidas, de casca grossa, pouco encontrada no nosso município.
[editar] Clima
Clima tropical, com os meses de maior calor, janeiro, fevereiro e dezembro e os meses mais chuvosos, maio, junho, julho, agosto e setembro.
Temperatura Máxima – 31°C
Temperatura Mínima – 23°C
Temperatura média anual - 30 C
[editar] Hidrografia
Rio Piauitinga - 4.256,24 km
Rio Piauí – 3.993,21 km²
Demografia
(Fonte: IBGE e Rádio Povão)

Total – 61.085 habitantes dados mais recentes no IBGE 2004
Densidade Demográfica – 82,69 hab∕ km²
[editar] Economia
Setor primário
Agricultura – policultura, destaca-se a cultura de coco, mangaba e da mandioca.
Pecuárias – bovinos, ovinos, caprinos e suínos.

Setor secundário
Indústrias – indústria alimentícias, têxteis.
Setor terciário
Comércio, bancos, turismo e setor público.
[editar] Acesso
Rodovias
Rodovias federais
BR 101 – sentido Sul/Norte
Linha Verde – estrada ecológica litorânea protegida pelo IBAMA, que liga Salvador à Aracaju.
Hidrovias
Transporte de passageiros do Porto do Saco do Rio Real (Porto do Mato) até Mangue Seco na Bahia passeio de Escuna pelas margens ribeirinhas.
Porto – O porto de Sergipe, Terminal Marítimo Inácio Barbosa - TMIB, localizado na Barra dos Coqueiros, a 15 km de Aracaju, ocupa uma área de 200ha e abriga as instalações de apoio e sistemas de infra-estrutura. Conta ainda com terminal de passageiros, servindo de entrada marítima no Estado, isto a 80 km da cidade de Estancia.
Aéreo
Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, a 90 km de distância.
[editar] Comunicação
[editar] Rádios
Ilha FM 101.5 MHz
Rádio Abaís AM 1450
Rádio Esperança AM 1250
Rádio Marazul FM 104.9 MHz
[editar] Televisão
TV Aperipê (TV Brasil) - Canal 2
TV Século 21 - Canal 6
TV Canção Nova Aracaju (TV Canção Nova) - Canal 7
TV Sergipe (Rede Globo) - Canal 10
TV Atalaia (Rede Record) - Canal 12
Rede Vida - Canal 51
Referências
↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
[editar] Ligações externas

São Cristóvão

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

São Cristóvão (Sergipe)

Município de São Cristóvão

Fundação 1590
Gentílico sancristovense
Lema
Prefeito(a) Alexsander Oliveira de Andrade (PDT)
(2009–2012)
Localização

Localização de São Cristóvão em Sergipe

Localização de São Cristóvão no Brasil
11° 00' 54" S 37° 12' 21" O11° 00' 54" S 37° 12' 21" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Leste Sergipano IBGE/2008 [1]
Microrregião Aracaju IBGE/2008 [1]
Região metropolitana Aracaju
Municípios limítrofes Aracaju, Areia Branca, Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras e Itaporanga d'Ajuda
Distância até a capital 26 km
Características geográficas
Área 437,437 km² [2]
População 78 876 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 180,31 hab./km²
Clima Tropical
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,7
médio PNUD/2000 [4]
PIB R$ 413 952,834 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 5 579,71 IBGE/2008[5]
São Cristóvão é um município brasileiro do estado de Sergipe, localizado na Região Metropolitana de Aracaju. Limita-se com os municípios de Aracaju a leste, Nossa Senhora do Socorro e Laranjeiras ao norte, e Itaporanga d'Ajuda a oeste e sul.

Foi a primeira capital de Sergipe, até a transferência para Aracaju em 17 de março de 1855. E tem o título de quarta cidade mais antiga do Brasil.

Índice [esconder]
1 Características
2 História
3 Patrimônio cultural
3.1 Igreja e Convento de Santa Cruz (ou Convento de São Francisco)
3.2 Convento do Carmo
3.3 Igreja Matriz de Nossa Senhora das Victórias
3.4 Antiga Igreja e Santa Casa de Misericórdia
3.5 Sobrado com Balcão Corrido
4 Aspectos culturais
4.1 Doces
4.2 Grupos folclóricos
5 Economia
6 Referências
7 Ligações externas


[editar] Características
Capital da província de Sergipe até meados do século XIX, São Cristóvão guarda da fase colonial alguns edifícios históricos e conserva suas tradições, como as romarias e as festas religiosas. Como a festa de Nosso Senhor dos Passos que atrai fiéis de vários estados do Brasil.

Cidade histórica do estado de Sergipe, considerada monumento nacional, São Cristóvão situa-se ao norte do estuário do rio Vaza-Barris, no litoral sergipano. Com quarenta e sete metros de altitude, distante 26 km de Aracaju.

A paisagem urbana de São Cristóvão integra magistralmente a topografia acidentada do morro da Cidade Alta com a Cidade Baixa e o Rio Paramopama preservando a característica de implantação que herdou da época colonial.

[editar] História
São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e foi a primeira capital de Sergipe.[6] Foi fundada por Cristóvão de Barros a 1 de Janeiro de 1590, no contexto da Dinastia Filipina em Portugal, União Ibérica.

A cidade sofreu sucessivas mudanças, até firmar-se no local em que hoje se encontra, à margem do rio Paramopama, afluente do rio Vaza-Barris. Em 1637 foi invadida pelos neerlandeses, ficando praticamente destruída. As tropas luso-espanholas, sob o comando do conde de Bagnoli, tentando evitar o abastecimento dos inimigos, incendiaram as lavouras, dispersaram o gado e conclamaram a população a desertar. Os neerlandeses, que encontraram a cidade semideserta, completaram a obra da destruição.

Em 1645, os neerlandeses foram expulsos da capitania de Sergipe, deixando a cidade em ruínas. No final do século XVII, Sergipe foi anexado à Bahia e São Cristóvão passa a sede de Ouvidoria. Em 1710 foi invadida pelos habitantes de Vila Nova, região norte de Sergipe, revoltados com a cobrança de impostos por Portugal. Nos meados do século XVIII, a cidade foi totalmente reconstruída. Em 1763 sofre a invasão dos negros dos mocambos e índios perseguidos.

No dia 8 de julho de 1820, através de decreto de Dom João VI, Sergipe foi emancipado da Bahia, sendo elevado à categoria de Província do Império do Brasil e São Cristóvão torna-se, então, a capital.

No final da primeira metade do século, os senhores de engenho lideram um movimento com o objetivo de transferir a capital para outra região, onde houvesse um porto capaz de receber embarcações de maior porte para facilitar o escoamento da produção açucareira, principal fonte da economia na época.

Em 17 de março de 1855, o então presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa, transferiu a capital para Aracaju. A partir desse momento, a cidade passa por um processo de despovoamento e crise, que só é resolvido no início do século XX com o advento das fábricas de tecido e a via férrea.

[editar] Patrimônio cultural
Cidade tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 23 de janeiro de 1967, tendo sido inscrita no livro de tombo arqueológico, etnográfico e paisagístico, enquanto que em nível estadual já havia sido elevada a categoria de Cidade Histórica pelo Decreto-lei nº. 94 de 22 de junho de 1938, do Governador-Interventor Eronildes Ferreira de Carvalho.

Os principais edifícios históricos do centro de São Cristóvão, a cidade alta, possuem acautelamento governamental, ou seja, tombamento. A Igreja e Convento de São Cruz, ou de São Francisco, e onde também funciona o Museu de Arte Sacra, é o primeiro monumento tombado no Estado de Sergipe pelo IPHAN em 1941. Depois temos a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias, Igreja do Rosário dos Homens Pretos e o Conjunto Carmelita (que conta com a Igreja e Convento do Carmo, e a Igreja da Ordem Terceira que é mais conhecida como Igreja de Nosso Senhor dos Passos) em 1943. Ainda naquele ano são tombados os sobrados de Balcão Corrido da Praça da Matriz, o da Praça de São Francisco e o da Rua Messias Prado. Em 1944, a Igreja e Antiga Santa Casa de Misericórdia, que hoje é o Lar Imaculada Conceição. E em 1962, a Igreja do Amparo dos Homens Pardos.

Além dos monumentos tombados pelo IPHAN, é tombado pelo governo estadual o Museu do Estado por decreto de 2003, porém esse prédio pode ser considerado protegido pelo Estado conforme o texto do Decreto-lei nº. 94 de 1938.

O município ainda possui bens remanescentes de antigos engenhos que possuem valor cultural. Apenas duas capelas rurais de antigos engenhos em São Cristóvão possuem tombamento, a do Poxim (IPHAN em 1943) e a de Itaperoá (Governo Estadual, no início dos anos oitenta), próxima a Itaporanga d'Ajuda, esta última está completamente abandonada e em processo de arruinamento, ou seja, sério risco de desaparecer.

Em 1 de Agosto de 2010 o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) anunciou, em Brasília, que a praça São Francisco, em São Cristóvão (SE), é o mais novo patrimônio cultural da humanidade. Com a decisão, anunciada pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, sobe para 18 o número de locais declarados patrimônio da humanidade no Brasil.

[editar] Igreja e Convento de Santa Cruz (ou Convento de São Francisco)

Interior da Igreja
Vista parcial
DetalheO convento de Santa Cruz também é conhecido como São Francisco.

O terreno onde se encontra o convento de Santa Cruz foi doado pelo Sargento-mor Bernardo Correa Leitão através de escritura emitida em 1659. A pedra fundamental para o convento só foi lançada em 1693. O capital investido na construção foi conseguido através de esmolas recolhidas entre a população da cidade.

Durante o século XIX as instalações do convento foram utilizadas pela Assembléia Provincial, bem como pela Tesouraria-Geral da província. As tropas que foram combater os revoltosos de Canudos, em 1897, ficaram hospedadas naquele local.

Ainda em meados do século XIX, a primeira torre sineira ameaça desabar em virtude da sua base ser de adobe (tijolo de barro cru) e não suportar o peso. Então o governo estadual resolve construir uma nova torre, porém com a mudança da capital para Aracaju, a segunda torre não é acabada.

Com a proibição de novos ingressos nas ordens religiosas, no reiando de Dom Pedro II, a construção ficou abandonada até 1902, quando foi reformada por frades alemães. Da reforma o padre Schimidt finaliza a torre sineira em 1908. Entretanto a sua forma lembrava um capacete antigo. Razão pela qual, o frei italiano Raffand novamente a reformaria em 1938, dando-lhe uma feição Art Déco, que era visivelmente desproporcional. Essa torre era gritante e há muitas dela, o que às vezes induz a população a pensar que aquela era a original, apesar de ser pelo menos a terceira. Pela sua estética Art Déco em contraste com o estilo colonial do conjunto franciscano. O IPHAN, após o tombamento em 29 de dezembro de 1941, decide retirá-la e em seu lugar é erguida a atual torre em 1943 cujo estilo melhor se integra ao conjunto arquitetônico.

A igreja possui pórtico formado por quatro arcos em pedra. O pórtico é fechado por gradil em ferro. Na parte superior o frontão é formado por volutas e possui nicho em seu centro. Logo abaixo temos óculo encimado por cornijamento, que neste trecho forma um arco. Mais abaixo encontramos três janelas de ombreiras decoradas, verga curva, envidraçadas com vedação em guilhotina. A construção possui torre lateral única com janela semelhante às anteriores, mas possuindo vedação em treliça. As janelas sineiras possuem vãos em verga curva. A torre é encimada por coruchéus. A portada da igreja possui ombreiras trabalhadas em pedra e folhas almofadadas. No interior, a capela-mor possui altar com dossel sustentado por oito colunas torsas com entalhamento dourado e nicho central. O arco cruzeiro é realizado em madeiramento com entalhes dourados e escudo. A nave possui dois altares laterais com colunas torsas, entalhes em motivos fitomórficos e douramento. As tribunas possuem balaustrada em madeiramento e o púlpito é realizado em madeiramento decorado. A separação entre a nave e a capela-mor é feita através de gradil em balaústres. O coro também possui balaustrada em madeiramento. O convento está localizado à direita da igreja. A construção possui portada com ombreiras em pedra, verga curva e vedação em folhas almofadadas. A portada é encimada por cimalha e escudo. As janelas possuem ombreiras em pedra, verga curva, cimalha e vedação em folhas almofadadas. No piso superior existem balcões com guarda-corpo em ferro. O telhado é em duas águas, possuindo pináculos e cruz. A parte interna possui claustro cercado por arcadas em pedra. A parte interna dos arcos é decorada com motivos florais, enquanto a externa é feita quase que somente por motivos geométricos. O guarda-corpo da varanda também possui decoração em motivos geométricos. No telhado o beiral é sustentado por cachorros. Em frente ao convento há um cruzeiro com base de pedra e cruz de madeira.

Atualmente, o convento abriga o Museu de Arte Sacra.

[editar] Convento do Carmo
Presume-se que a construção do imóvel tenha sido comandada pelos carmelitas. O convento foi fundado em 1699. A capela foi ampliada em 1739 e presume-se que as obras tenham sido terminadas em 1745 ou 1766, estando esta última data gravada no frontispício da igreja.

O convento situa-se na cidade alta, na praça do Carmo. A fachada da igreja é enquadrada por cunhais. A parte inferior possui pórtico formado por cinco arcos em pedra (três frontais e dois laterais). A igreja possui uma portada principal ao centro com ombreira e verga curva em pedra, vedação em folhas almofadadas. Existem duas outras semelhantes ao lado desta última, mas de menor tamanho. A parte superior possui frontão ladeado por coruchéus, com volutas e decoração com anjos e motivos florais. No frontão também está localizado o óculo. Na altura do coro existem três janelas retangulares com ombreiras e vergas retas. As janelas são encimadas por cimalha e decoração em motivos florais. O telhado é em duas águas. Do lado esquerdo há janela sineira com sino datado de 1831. O interior possui altares em madeira com entalhamento em motivos fitomórficos. O púlpito possui taça esculpida. As tribunas possuem gradil em madeira, assemelhando-se ao gradeamento existente no coro.

O convento possui janelas externas retangulares com ombreiras lisas. Internamente a construção possui claustro circundado por arcos (cinco de um lado e nove do outro). Os arcos são sustentados por colunas em cantaria. A parte superior possui janela de ombreiras lisas e verga curva possuindo guarda-corpo em alvenaria. Do lado esquerdo, acima das janelas, existe outro pavimento o qual possui janelas retangulares com vedação em folhas lisas. No centro do pátio encontra-se um jardim. No andar térreo existem quatro salas e outras dependências para hospedaria, enquanto na parte superior encontram-se as celas dos frades.

Ao lado direito, temos a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, mais conhecida como Igreja de Senhor dos Passos, local de peregrinação durante a festa que leva o seu nome. A portada é em cantaria com volutas e estátua, datada de 1743. O interior possui altar-mor em talha de madeira em estilo rococó e seis altares laterais em estilos tardo-barrocos. O forro da capela-mor está sendo restaurado e nesse processo se descobriu que embaixo da pintura lisa havia uma pintura em perspectiva ilusionista barroca, após a intervenção de restauração essa será a sua nova imagem, uma valiosa obra de arte. Possui ainda um pequeno claustro interno.

Desde 2003, o conjunto carmelita voltou a ser novamente administrado pela Ordem Carmelita de Pernambuco, após mais de um século. Já que os carmelitas se vão ao final do período imperial e a partir de 1922 o convento seria comandado pela Ordem das Irmãs Clariças Concepcionistas.

[editar] Igreja Matriz de Nossa Senhora das Victórias

Igreja de Nossa Senhora da Vitória.Em 1608, há a ordem de sua construção. Porém a primeira fora destruída com a invasão dos holandeses.

Em meados do século XIX, ela passa por outra grande reforma, quando recebe a atual decoração do interior em talha de madeira da escola neoclássica baiana.

[editar] Antiga Igreja e Santa Casa de Misericórdia
Hoje abriga o Lar Imaculada Conceição, administrado pelas Irmãs Clarissas Concepcionistas. Servindo de escola de ensino fundamental e asilo para freiras idosas.

Sabe-se que no início do século XVII já existia a Igreja da Misericórdia, fato atestado pelo testamento de Baltazar Barbuda, de março de 1627, que solicitou que o seu corpo fosse enterrado na Igreja da Santa Misericórdia.

O hospital da Misericórdia estava funcionando na época da visita de S.M. Dom Pedro II em 1860. Porém, em torno de 1870, o hospital perde a subvenção governamental, da qual fora dependente desde a independência do país, por ter ficado os anos precedentes sem "médico ou botica"[7] e portanto não ter tido condições de prestar os serviços esperados de auxílio aos enfermos. Esta é a razão pela qual o hospital fechou pouco tempo depois.

A partir de 1922, após o período de abandono do prédio, as Irmãs Missionárias da Irmandade Conceição Mãe de Deus começam a administrar e utilizar o prédio, iniciando nesse período o funcionamento do orfanato.

É formado pela Igreja e a ala do antigo hospital que são ligadas pela torre sineira com grande equilíbrio e riqueza de estilo. Este conjunto forma um pátio interno quadricular com jardim e partes cobertas. Portada de capela trabalhada em cantaria. Janelas do antigo hospital com coroamento em pedra calcária. No interior da Igreja, destaca-se o painel óleo sobre tela, ao fundo do Altar-mor neoclássico, denonimado “A Visitação”, cuja autoria foi atribuída ao grande pintor baiano José Theófilo de Jesus.

[editar] Sobrado com Balcão Corrido
Destaque entre os exemplares da arquitetura civil sancristovense. Presume-se que a construção seja datada do século XVIII. A construção foi realizada em taipa em quase toda a sua totalidade, porém, na confecção do frontispício e de alguns pilares utilizou-se alvenaria de pedra ou tijolo.

O sobrado apresenta em toda a fachada principal (piso superior) uma varanda saliente com o seu madeiramento possuindo entalhamento em volutas e motivos florais que o torna especial e destaque na paisagem histórica urbana. O acesso à varanda é feito através de cinco portas em arco abatido, com vedação em folhas lisas. No piso inferior existem seis portas não alinhadas no mesmo estilo.

A fachada lateral direita possui no piso superior quatro janelas em arco abatido e vedação em folhas lisas. A parte inferior possui cinco portas em arco abatido e folhas lisas. A fachada posterior possui duas janelas retangulares de folhas lisas. O telhado apresenta beiral sustentado por cachorros.

[editar] Aspectos culturais
[editar] Doces
São Cristóvão tem tradição na fabricação de doces típicos. Destaque para as queijadas, doce feito de coco e muito saboroso, consideradas as melhores do Estado de Sergipe.

Enquanto que no Povoado Cabrita, as compotas de frutas produzidas, tradição passada das mãe para as filhas, são vendidas em várias cidades sergipanas. E uma quantidade significativa é levada para ser vendida no Mercado Municipal de Aracaju.

[editar] Grupos folclóricos
Caceteira, Chegança, Samba de Coco, Dança do Langa, Reisado, São Gonçalo, Taieira, entre outros.

[editar] Economia
São destaques no Município a agricultura (cana-de-açúcar), a indústria da pesca (peixes, mariscos e camarão), pecuária (bovinos) e turismo (cultural).




Referências
↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
↑ Praça em São Cristóvão, no Sergipe, agora é Patrimônio da Humanidade (em português). Universo Online (01/08/2010).
↑ https://www.crl.edu/content/brazil/serg.htm

Itabaiana

Data: 11/02/2011 | De: Lizaldo

Itabaiana (Sergipe)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Município de Itabaiana

"Cidade Serrana
Capital do Agreste
Princesa da Serra"

Fundação 1675
Gentílico itabaianense
Lema
Prefeito(a) Luciano Bispo de Lima (PMDB)
(2009–2012)
Localização

Localização de Itabaiana em Sergipe

Localização de Itabaiana no Brasil
10° 41' 06" S 37° 25' 30" O10° 41' 06" S 37° 25' 30" O
Unidade federativa Sergipe
Mesorregião Agreste Sergipano IBGE/2008[1]
Microrregião Agreste de Itabaiana IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Moita Bonita e Ribeirópolis (N); Campo do Brito e Itaporanga d'Ajuda (S); Areia Branca e Malhador(E); e Campo do Brito, Macambira e Frei Paulo (W)
Distância até a capital 54 km
Características geográficas
Área 336,685 km² [2]
População 86 981 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 258,35 hab./km²
Clima Semiárido B'sh
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,678
médio PNUD/2000[4]
PIB R$ 654 074,032 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 7 629,91 IBGE/2008[5]
Itabaiana é um município brasileiro do estado de Sergipe.

Índice [esconder]
1 Geografia
1.1 Limites
1.2 Relevo
1.2.1 A Serra de Itabaiana
1.3 Clima
1.4 Vegetação
2 Fragmentação de Itabaiana
2.1 Campo do Brito
2.2 São Domingos
2.3 Ribeirópolis
2.4 Moita Bonita
2.5 Frei Paulo
3 Economia
3.1 Agricultura
3.2 A feira
3.3 Comércio
3.4 Pecuária
3.5 Indústria
4 Política
4.1 1800-1950
4.2 Era Euclidiana
4.3 Fim da era Euclidiana e contemporaneidade
5 Cultura
5.1 Vida musical de Itabaiana
5.2 Manifestações folclóricas de Itabaiana
5.3 Forró
5.4 Quadrilha
5.5 Chegança
5.6 Festa do mastro
5.7 Reisado
5.8 Blocos carnavalescos
6 Filhos ilustres
7 Aspectos sociais
7.1 A religiosidade em Itabaiana
7.2 Futebol
8 Meios de transporte, segurança, educação e saúde
8.1 Transportes
8.2 Segurança
8.3 Saúde
8.4 Educação
9 História
9.1 Etimologia
9.2 Da origem à emancipação
9.3 A lenda de Santo Antonio Fujão
10 Bibliografia
11 Referências
12 Ligações externas


[editar] Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º41'06" Sul e a uma longitude 37º25'31" Oeste, estando a uma altitude de 188 metros. Sua população estimada em 2009 era de 86.564 habitantes.

[editar] Limites
Itabaiana localiza-se na região central do Estado de Sergipe e ocupa uma área de 364 quilômetros quadrados. É o mais importante município da microrregião do Agreste de Itabaiana.

[editar] Relevo
O principal acidente geográfico do município é a Serra de Itabaiana. Consiste no segundo ponto mais alto do relevo do estado de Sergipe, com 659 metros de altitude. Está localizada entre os municípios de Itabaiana e areia Branca. Nela encontra-se cachoeiras e poços de águas cristalinas como o Poço da Moças. Alem disso recentemente a serra foi nomeada como Parque Nacional da Serra de Itabaiana, além do parque dos Falcões.

Embora seja chamada de Serra, a região não pode ser considerada uma serra, pois não tem altitude, a altitude média na "Serra" de Itabaiana é de 250m bem inferior ao necessário para ser classificado como serra.

[editar] A Serra de Itabaiana

O Poço das Moças fica localizado no Rio dos Negros na Serra de Itabaiana.No interior da Serra de Itabaiana atualmente funciona a sede do IBAMA, cuja infra-estrutura permite assessorar os estudantes e pesquisadores que se dirigem ao local, com o objetivo de aprofundar seus conhecimentos sobre as potencialidades da Serra. Os funcionários estão preparados para monitorar as visitas pedagógicas exibindo vídeos, slides e mapas, além de levar os interessados a se aventurar nas trilhas naturais que permanecem inalteradas pelo homem.

A serra tem convivido ao longo dos anos com diversos problemas decorrentes do desmatamento, queimadas e depredação. A criação da Estação Ecológica da Serra de Itabaiana, em 1978, pelo Governo do Estado, e a criação do Parque Nacional da Serra de Itabaiana, em 2006, pelo Governo Federal, fez com que mais recursos financeiros pudessem ser obtidos para a constante preservação desse ecossistema.

[editar] Clima
O clima da cidade de Itabaiana é composto de um período de quatro a cinco meses de seca, sendo um clima semi-árido, com temperaturas entre 34,5°C e 35°C, mais quente que a capital Aracaju.

[editar] Vegetação
A vegetação é formada por plantas características do litoral e do sertão, por ser uma região de transição, ou seja, agreste. A devastação dessa formação florestal foi significativa, mas ainda existente em Frei Paulo, Riachão do Dantas, Areia Branca e Itabaiana. Encontram-se nela o cedro, a aroeira, a sucupira, a jaqueira, o mulungu, o Pau d’arco, a peroba, etc.

[editar] Fragmentação de Itabaiana

Território Itabaianense antes da fragmentação.Itabaiana no século XIX possuía um território bastante amplo.

[editar] Campo do Brito
No início do século XX, Campo do Brito desmembra-se de Itabaiana com um território equivalente hoje às cidades de Pedra Mole, Pinhão, Macambira e São Domingos.

[editar] São Domingos
A formação do povoado teve início em 1924, após muitas lutas para transformar as primeiras casas de taipa em casas de alvenaria.

Em 21 de outubro de 1963, São Domingos desmembra-se de Campo do Brito, antigo território de Itabaiana.

[editar] Ribeirópolis
Segundo informações obtidas das cartas de sesmarias da capitania de Sergipe Del Rey, a colonização dessa região verificou-se entre 1602 e 1675, ainda como povoado era conhecida como “Saco do Ribeiro”, que pertencia a Itabaiana até o local onde se encontrava a residência de Simão Dias (fazendeiro que residiu por volta de 1637).

A partir de 1927 é que começou a evolução política, por meio da Lei Estadual 997, de 21 de outubro, que criava o Distrito de Paz do Saco do Ribeiro, que pertencia a Itabaiana. Em 18 de dezembro de 1933, por força do Decreto Estadual 188, Ribeirópolis foi desmembrada de Itabaiana.

[editar] Moita Bonita
Moita Bonita, localizada na porção central de Itabaiana, surgiu do desmembramento de um povoado de Itabaiana.

Foi elevada à categoria de vila em 1957 e emancipada em 12 de março de 1963, graças ao Sr. Pedro Paes Mendonça, residente e político da Serra do Machado, em Ribeirópolis. Recebeu esse nome graças à junção do nome de um povoado Moita de Cima e as grandes e belas árvores da região, ficando então “Moita Bonita”.

[editar] Frei Paulo
Estas terras foram descobertas por volta de 1868 por missionários capuchinhos, entre eles frades Davi, Umbértide e Paulo Antonio Casanova. Este último é quem dará o nome ao município. O lugar era conhecido como as “matas de Itabaiana”.

Em 23 de outubro de 1920, por forte influência de um dos filhos mais ilustres de São Paulo, o engenheiro Gentil Tavares da Mota, a vila muda para a categoria de cidade. Em março de 1938, por conta de uma lei que proibia dois ou três municípios com o mesmo nome, São Paulo do sertão sergipano ganha o nome de Frei Paulo, homenageando o seu fundador.

[editar] Economia
Itabaiana é dona de um dos maiores comércios de Sergipe. Além de ser considerada a capital do caminhão, por ter o maior percentual de caminhão por pessoa do País!

[editar] Agricultura
Suas atividades diversificadas e a rota comercial fazem de Itabaiana a intermediaria do fluxo de sua produção entre Aracaju (capital do estado) e o sertão, atraindo migrantes da Bahia, Minas Gerais Pernambuco, Alagoas e no estado: Frei Paulo, Campo do Brito, Gracho Cardoso, Macambira, Malhador, Itaporanga d’Ajuda, Monte Alegre, Moita Bonita, Porto da Folha, Simão Dias, São Miguel do Aleixo, Areia Branca, São Domingos, Ribeirópolis, Carira, Pinhão, Pedra Mole, N.S. Aparecida e N.S. da Glória.

A agricultura em Itabaiana intensificou-se a partir da década de 1980, através da implantação de perímetros irrigados como Jacarecica e Ribeira. Estes perímetros são cultivados por pequenos agricultores e neles são produzidos cereais, frutas e verduras que abastecem todo o Estado.

O município é grande produtor de mandioca, batata-doce, tomate e cebola. Também possui um centro distribuidor de produtos agrícolas que funciona no mercado hortifrutigranjeiro criado em 1991 e exerce uma grande atuação na microrregião. Esse mercado foi criado com o objetivo de melhor organizar a feira, já que é dela que muitas pessoas tiram o sustento.

[editar] A feira
Por muito tempo, mesmo quando Itabaiana elevou-se a categoria de Vila, houve em nosso comércio um predomínio de agricultores e comerciantes de secos e molhados (comércio de gênero alimentício).

Os tecidos se destacaram em nosso comércio. Não havia confecções industrializadas e sim um número muito grande de alfaiates. Não existiam supermercados, só dois armazéns de secos e molhados, sendo que o principal fica onde é hoje o G.Barbosa e pertencia ao Sr. Euclides Paes Mendonça.

A feira de sábado existe desde 1888 e sua colonização dependia da política dominante. Quando o líder político era José Sebrão Carvalho, a feira era na Praça Fausto Cardoso, pois ele tinha casa comercial ao lado da igreja. E quando seu rival dominava, a feira passava para o largo Santo Antonio. Na figura ao lado se vê uma vista aérea atual da Praça Fausto Cardoso ao centro, e abaixo uma parte do Largo Santo Antonio.

A feira continuou por muito tempo sem um local fixo. Apenas em 1928 foi definitivamente mudada para o Largo Santo Antonio, onde continua até hoje, e com o crescimento da feira fez-se necessário à criação do Largo José do Prado Franco.

O Talho de Carne continuou por muito tempo na Praça Fausto Cardoso. Só em 1947 é que o prefeito Jason Correia construiu o mercado no Largo Santo Antonio.

A feira se concentrava dentro do primeiro mercado. Somente em 1939 (aproximadamente) é que foi feito calçamento de pedra da feira e ela ultrapassou o mercado.

Como a feira atraía muita gente de áreas circunvizinhas, no dia 22 de setembro de 1954 foi inaugurada também nos dias de quarta-feira. Em 1956, já existia um grande número de caminhões fazendo viagens para os grandes centros do Estado e para o sul do país, especialmente para o estado de São Paulo. Foi aproximadamente nesta época que se deu o início da expansão do comércio. Isso porque essas viagens proporcionavam acesso a uma variedade de mercadorias.

Comparando diretamente a mercadoria do sul do país, os produtos puderam ser vendidos a preço mais acessíveis. Além dos caminhões de feira, que transportam passageiros e mercadorias para outras cidades, também é comum na feira carroças de burro e carroças de mão, muito utilizados no transporte de mercadorias dentro da própria cidade.

Na feira, adquire-se e comercializam-se produtos dos mais variados: agrícolas, manufaturados e industrializados. O próprio comércio local é beneficiado com as vendas, pois a disposição física da feira, em meio ao centro comercial, contribui para tal.

O maior deslocamento de pessoas se dá aos sábados. Nesse dia, a feira recebe desde comprador da capital, ate os compradores de outros municípios como os já destacados anteriormente no mapa das cidades sob influência comercial de Itabaiana.

Nas quartas-feiras, o movimento é bem menor, porem, tem se registrado um aumento no número de usuários neste dia, devido à variedade de produtos disponíveis no comércio.

Os principais produtos comercializados na feira de Itabaiana são:

Cereais (feijão, milho, farinha), provenientes da própria região;
Verduras, a maioria produzida na barragem do Jacarecica;
Melancia, goiaba, acerola, abacaxi e uva provenientes de Juazeiro da Bahia;
Cebola, proveniente de Pernambuco e alho de Feira de Santana-BA;
Maracujá e jaca de Lagarto-SE;
Coco de Estância-SE;
Mangaba de Pirambu Cipó na Bahia;
Inhame, batata-doce e macaxeira produzidos na própria região, como nos povoados Zangue e Cajaíba;
Derivados do leite provenientes de Carira e Nossa Senhora da Glória;
Carnes: caprino do sertão da Bahia; suíno da própria região; bovino de Minas Gerais e da própria região e charque de São Paulo;
Camarão e caranguejo de Aracaju;
Peixe de Propriá.
[editar] Comércio

Cidades sob influência comercial da cidade de Itabaiana.O comércio de Itabaiana é seguramente o maior do interior do estado de Sergipe, o município ostenta tal condição há mais de meio século quando foi cognominado Celeiro de Sergipe, por ser, à época o que mais se destacava na produção de alimentos e no abastecimento à capital.

O comércio itabaianense é secularmente vigoroso o que comprova incessantes ofícios do Presidente da Província de Sergipe (na era monárquica brasileira), em 1835, para que os feirantes de Itabaiana fossem a São Cristóvão, então Capital de Sergipe, para fazer funcionar a feira livre ali criada em julho daquele ano.

Por volta de 1870, Itabaiana era o maior mercado de Sergipe e um dos maiores no abate de gado.

O núcleo do comércio ainda é a feira livre realizada aos dias de sábado e quarta-feira num espaço de mais de vinte mil metros quadrados. Em volta da mesma se concentra metade do comércio lojista e, somente depois da década de 70 é que com abertura de largas avenidas e o vigoroso crescimento do sitio urbano, passou a haver uma maior difusão dos estabelecimentos.

Itabaiana dispõe ainda de um grande número de estabelecimentos comerciais com destaque para o comércio do ouro que é vendido em grande escala e muita variedade a preços acessíveis. Por força desta presença do metal nobre, Itabaiana é considerada a terra do ouro.

Itabaiana se destaca entre uma das principais cidades do estado com maior concentração de atividades comerciais com a presença de estabelecimentos atacadistas, além de varejistas. Os comerciantes itabaianenses compram produtos de fora e revendem, inclusive enviando produtos locais para outras áreas do país. Além disso, Itabaiana é um grande centro de mercadorias comerciais como alimentícios, têxteis, materiais de construção, etc., para os municípios vizinhos e as populações dos povoados do interior do estado.

[editar] Pecuária
No que diz respeita a pecuária, Itabaiana não tem na criação de gado sua principal atividade, nos últimos anos ela tem tido grande expressão na criação de aves destinadas ao abate e a produção de ovos, por estar situada próxima a capital.

[editar] Indústria
Em Itabaiana há indústrias de pequeno porte: calçados, bebidas, cerâmica, móveis, algodão, alumínio, de carrocerias de caminhões e implementos rodoviários. Temos também o Curtume São Lourenço, fazendo até comércio de exportação.

Embora a maior renda esteja concentrada em fretes de caminhão, dando origem a uma grandiosa festa em torno desses profissionais, a FESTA DO CAMINHONEIRO, que contribui para o progresso do município, festa essa culminando com shows artísticos, brincadeiras, café da manha e desfiles de caminhões pelas ruas da cidade.

Através desses dados aqui relacionados, podemos observar que Itabaiana é um dos centros mais dinâmicos do estado destacando-se pelas atividades comerciais e produtos agrícolas, e aí o papel que a feira e o comércio desempenha para o crescimento do município.

[editar] Política
[editar] 1800-1950
Neste período nada foi alterado, uma vez que a Câmara Municipal continuou administrando a cidade até 1890. Durante o restante do período, assim como ocorria na cena política nacional, o cenário político itabaianense foi conturbado devido a varias sucessões no poder.

O período que data de 1930 a 1950, coincidente com os quinze anos do governo Getulista, assim como na República Velha foi grande a sucessão no poder.

[editar] Era Euclidiana
Eleito em 1950 para prefeito, Euclides Paes Mendonça inicia sua participação efetiva na vida política direta ou indiretamente. Em 1964, Euclides e seu domínio é dado fim, quando juntamente com o seu filho, o deputado estadual Antonio de Oliveira Mendonça, foram assinados na porta da prefeitura em confusão durante uma passeata requerendo água, por ter se tratado ate hoje não se sabe se tem idéia de onde partiram os tiros que acabou com a vida de Euclides e seu filho. Apenas cogita-se que foi um crime político a mando do seu rival Mané Teles.

[editar] Fim da era Euclidiana e contemporaneidade
Com a morte de Euclides, começou a se destacar o Sr. Francisco Teles de Mendonça conhecido como Chico de Miguel que mandou na cena política direta ou indiretamente até 1987.

Em 1987, o candidato a prefeito apoiado por Chico de Miguel perdeu o pleito para o Sr. Luciano Bispo de Lima, lançou, em 1992, o Sr. João Alves dos Santos (João de Zé de Dona) como seu sucessor na prefeitura, João de Zé de Dona Sagrou-se vitorioso e meses depois rompeu com Luciano. Candidatou-se a deputado estadual em 1994 e elegeu-se, mas em 1996, Luciano abandonou a câmara estadual para candidatar-se mais uma vez ao cargo de prefeito, elegeu-se e em 2000 foi reeleito, completando assim seu terceiro mandato enquanto prefeito. Em 2004 seu candidato à eleição perde para a atual prefeita: Srtª Maria Vieira de Mendonça, filha do então Chico de Miguel. Em 2008, Luciano Bispo de Lima vence a prefeita Maria Mendonça, que tentava a reeleição e parte para seu quarto mandato.

[editar] Cultura
[editar] Vida musical de Itabaiana

Filarmônica Nossa Senhora da Conceição.Se Itabaiana tivesse apresentado em todos os setores da sua vida cultural o mesmo desenvolvimento que caracterizou sua jornada na música o panorama seria outro. Porque, foi na música que o Itabaianense mais se destacou, principalmente pela escassez de diversões numa cidade pequena, a sua mocidade, desde os doze anos, praticamente, se entregava de corpo e alma aos estudos musicais.

A música em Itabaiana passou a ter tanta importância que houve um aumento tão significativo no número de pessoa interessados, porque passou a ser verificado, quando nesta época quase todos os moradores desta cidade sabia tocar algum instrumento.

A vida musical começou desde o século XVIII, e vem, portanto, alicerçada em dois séculos sob o rótulo de varias filarmônicos e de nomes célebres de maestros, em termos regionais.

A primeira vez que se falou em música em Itabaiana, ela ainda era uma vila, foi com o padre Francisco da Silva Lobo (1745-1768), fundador da vida musical com a criação de uma orquestra sacra para acompanhar os ritos religiosos.

Foi com essa orquestra, que o padre conseguiu despertar na vida do povo itabaianense o gosto pela música, essa raiz construída por ele pode haver uma continuação do seu trabalho e Itabaiana pode permanecer nesta vida musical.

Em 1879, Samuel Pereira de Almeida filho da terra, trouxe de Salvador, instrumentos, transformando a orquestra em filarmônica e dando-lhe o nome de Eufrosina, sendo que esse período foi curto apenas de 1879 a 1897, quando se extingue.

Sua criação se deu de fato em 31 de outubro de 1897, mudando apenas de nome passou a se chamar Filarmônica Nossa Senhora da Conceição aproveitando-se os instrumentos da Filarmônica Eufrosina.

A sua presença está nos eventos festivos da cidade tais como procissões, inaugurações entre outros eventos não só municipais como também fora do município.

Hoje a Filarmônica recebe também o nome de Orquestra Sinfônica de Itabaiana, tendo também em sua sede um museu de música que foi inaugurado em 28 de Agosto de 1998, onde estão expostos instrumentos musicais do século passado como também o acervo da filarmônica constituído de várias partituras de compositores e mestres itabaianenses (como os chama Sebrão Sobrinho). A Filarmônica foi celeiro de grandes músicos como Jorge Americano Rego, ex-regente da banda do 28º BC e pai de Luiz Americano que marcou a memória musical brasileira, reconhecido nacionalmente como instrumentista e compositor exímio.

[editar] Manifestações folclóricas de Itabaiana
A festa de Santo Antônio, uma festa mesclada do tradicional sagrado e profano, ao mercado terapêutico de raízes e plantas, os resquícios do carnaval, a micareta, os paus de sebo, as festas do mastro, o reisado fazem parte do acervo tradicional e oral da cultura do povo na cidade.

No antigo Cruzeiro, atual Bairro São Cristóvão, tem artesanato de barro com a fabricação de potes e utensílios de cozinha como panelas, pratos, etc. estes produtos são comercializados na feira de nossa cidade.

Abordaremos as seguintes manifestações:

[editar] Forró
É uma dança tradicional nos festejos juninos desde a época do Império e até hoje é conservado essa tradição com grande euforia, principalmente no Nordeste.

Nas feiras livres se fazem presentes à sanfona, o triangulo e a zabumba tornando a feira mais pitoresca e animada.

Atualmente durante os festejos temos apresentações de bandas de forró, a vinda de verias partes do nosso país.

Existem concursos de quadrilha promovida pela Prefeitura Municipal de Itabaiana, realizada na Área de Lazer, denominada Praça de Eventos, ou seja, Praça Etelvino Mendonça.

O forró é uma dança muito solicitada nos festejos juninos como também nos bailes nos bailes da periferia da cidade.

[editar] Quadrilha
Aplaudida desde o palácio imperial aos sertões. A grande dança palaciana do século XIX abria os bailes da corte em qualquer país europeu ou americano, era a preferida pela sociedade inteira popular sem ter perdido o prestigio aristocrático.

Foi transformada pelo povo que lhe deu novas figuras e comandos inesperados constituindo o verdadeiro baile em sua longa execução de cinco partes gritadas pelo “marcante” ou “marcador”.

A quadrilha não só se popularizou como dela apareceram várias divisões no interior. Assim a “quadrilha caipira” no interior paulista, o baile sifilítico, na Bahia e Goiás, a “Saruê” (deturpação de Soirée), no Brasil central e a “Massa Chico” e suas variantes campos.

Até 1930 era a parte mais deliciosa dos bailes populares das cidades interioranas ou fazendas cafeicultoras, danças nas trilhas ou terreiros de café ao som de sanfonas funcionando no mais confuso galope.

Difundida pelas escolas como dança regional, acaba com os seus trajes estilizados e algumas coreografias montadas.

Levando-se em consideração a importância da tradição das danças folclóricas, quadrilhas, têm lugar de destaque no cenário sergipano.

Em Itabaiana, desde 1930, possui organizadores e marcadores de quadrilha na Praça da Matriz.

[editar] Chegança
É uma dança que representa a luta travada pelos cristãos para o batismo dos mouros (árabes).

É uma tradição que retrata a vida dos marinheiros no dia-a-dia em suas viagens dentro de um navio com todos os perigos, com todas as aventuras, incluindo invasões e piratarias que ocorrem no alto mar. Tais relatos ocorrem através de contos que são comandados pelo capitão piloto, e os marinheiros que repetem as cantigas que soam da boca do comando.

Na tripulação encontramos médicos, guardas-marinhas, porta-bandeiras, calafatinhas, comandantes, general de brigada, tenente, padre capelão e outros tantos personagens de uma embarcação de um grande navio, que sai do Brasil em viagens por outros países como Portugal, Holanda e outros, deixando em cada país uma história.

Atualmente a chegança Santa Cruz de Itabaiana encontra-se sob o comando de José Serafim Menezes (Zé de Binel), que desde jovem faz parte dela, onde deposita um carinho muito especial a essa tradição.

Passou para o seu domínio no dia 10 de Abril de 1947, a chegança Santa Cruz já tem o futuro sucessor para dirigi-la, o seu filho Genilson Serafim de Menezes.

Apesar de passar por muitas dificuldades, por não receber de nenhuma entidade, ajuda financeira, Zé de Binel vem sustentando a tradição e o folclore de nosso povo.

[editar] Festa do mastro
A festa do mastro que existia nessa cidade remonta o fim do século XIX. Adalberto Silva, conta que, naquele período, seu pai participava do evento, e continuou por longo tempo. O informante, desde muito jovem, participava da festa.

A brincadeira começava com a busca do mastro no “mato” e era transportado nos ombros dos brincadores ao som da caceteira (conjunto de zabumba, caixa, pife).

Nos dias atuais, com a morte de João Marcelo essa festa é realizada pelos seus familiares.

Na véspera de São João os participantes vão ao Poço das Moças que possui águas cristalinas admirados por todos que o visita para selecionar o mastro.

[editar] Reisado
A tradição é portuguesa, vinda para o Brasil com os colonizadores. Folguedo Natalino de caráter religioso também conhecido como reseiras, comemora o nascimento de Cristo e a festa do dia de Reis. Constitui dos melhores divertimentos para os matutos sertanejos. Sempre as mesmas cenas, os mesmos personagens com ligeiras variações. O caboclo ou vaqueiro, o boi janeiro, a onça, o cavalo marinho, a besta-fera, as figuras, a dona-do-baile e os tocadores. Seus personagens variam de acordo com a região e reisados.

O caboclo é a figura principal da função que centraliza as atenções e as simpatias da assistência. Um reisado sem um bom caboclo é como um circo sem palhaço, concluídos os bailados e os sapateados, entra em cena o boi janeiro que é feito com um cobertor de chitão estampado preso a uma caveira de boi enfeitado de papel-de-seda. Dois chifres, barulhentas guisas, um homem forte, servindo-se dessa cobertura, dança, é apoiado numa forquilha que sustenta a caveira.

Depois das investidas do boi na assistência e no caboclo, acontece o primeiro assalto dos bichos no boi janeiro, a onça dá o primeiro salto, o caboclo consegue enxotar a onça, outros bichos tentam e falham e são vaiados pelo público. Até que a besta-fera consegue abater o boi. O caboclo reza, chora, lamenta, para reanimá-lo e já desengonçado passa a fazer a esperada partilha.

É uma dança típica do período natalino, pois homenageia o nascimento do Menino Jesus. Sua característica básica é a farsa do boi, onde ele entra, dança, brinca, é morto e depois ressuscitado.

Em Sergipe, destacam-se o Reisado de Dona Lalinha, no município de Laranjeiras, Reisado do Marimbondo, num povoado de Pirambu. Em Itabaiana, temos o Reisado dos Idosos no povoado Bom Jardim. Todos os componentes residem neste povoado.

[editar] Blocos carnavalescos
O carnaval no Brasil é uma das manifestações que atraem a todos. São três dias que precedem à quarta-feira de Cinzas. É um festejo ou folia que se organiza meses antes do seu dia. Os carnavalescos idealizam, planejam e põe em execução o desfile de cada escola de samba. Cada escola de samba tem um tema específico a ser trabalhado. De acordo com o tema escolhido as escolas fazem suas demonstrações através de carros alegóricos e de pessoas retratando o tema. Muitos foliões fazem sua economia durante muito tempo para realizar este sonho que é desfilar, extravasar suas alegrias.

Em 1995, surgiu a Micarana, que é um carnaval fora de época, onde surgiram vários blocos, tendo como organizadores comerciantes deste município e com uma parceria com a prefeitura municipal. A Micarana arrasta à avenida principal inúmeros foliões e além da comunidade, turistas vêm apreciar esta bela festa.

Alguns blocos:

Bloco Tchan;
Bloco Top;
Bloco Baby Beijo;
Bloco Zorra;
Bloco Me Leva;
Bloco Maria Batom;
Bloco Alerta;
Bloco Para Cuidar;
Bloco Inclusão;
Bloco Acorda Itabaiana;
Bloco Frevo Federal;
Bloco Universitário;
Bloco Galo da Serra.
[editar] Filhos ilustres
O município guarda em sua memória relevantes nomes de pessoas que contribuíram para o desenvolvimento Cultural do Estado especialmente em Itabaiana.

“Não resta a maior dívida que os serranos são homens afeitos ao comércio e competentes financistas, mas há a vertente cultural. Na construção da Historia Cultural de Sergipe, há presença de itabaianense, pesquisadores artistas, historiadores, folcloristas políticos e grandes comerciantes” (Núbia Marques, 1999, p. 39).

Antonio Santana Meneses
Nasceu em Itabaiana em 5 de agosto de 1944 Formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Sergipe no ano de 1968. Em 1974 obteve o título de especialista em Psiquiatria da Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria. É membro Clínico da Asociación Latinoamericana de Análisis Transacional e da União Nacional de Analistas Transacionais. Professor nas cadeiras de Psicologia Médica e Psiquiatria na Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE - em Presidente Prudente - SP, no período de 1992 até 2002. Seus dois filhos são médicos; ela, Carla Santos Meneses Romão é oftalmologista e ele, Cláudio Santos Meneses é anatomopatologista.Seu primeiro neto, Xisto Pedro Romão Neto, nasceu em 13 de dezembro de 2008, na cidade de São Paulo. Hoje é médico aposentado do Ministério da Saúde e ao lado de sua esposa, Carmen Lúcia Santos Meneses, também itabaianense.

Francisco Antônio de Carvalho Lima Junior
Nasceu em Itabaiana em 4 de Junho de 1859 e morre no Rio Janeiro em 1 de Fevereiro de 1929.

Foi republicano emérito e trabalhou pela Proclamação da República nos municípios de Penedo, Triunfo, Traipú, São Brás em Alagoas: em (Vila Nova), hoje Neópolis, Própria, Gararu, Porto da Folha, em Sergipe. Autor da “Historia dos limites entre Sergipe e Bahia”.

General José Calazans
Nasceu em Itabaiana em 27 de Agosto de 1863 e morreu em Aracaju 31 de Outubro de 1948. Era engenheiro, chefiou a comissão encarregada da construção do Sanatório de Campos de Jordão e fez parte da comissão da Vila Militar. Foi o primeiro Presidente Constitucional de Sergipe em 1892.

Sebrão Sobrinho ou José Sebrão de Carvalho
Nasceu em Itabaiana, em 6 de Agosto de 1898 e morreu em Aracaju a 15 de Março de 1972. Irmão de José e Alencar de Carvalho, compositor conhecido como cisne de Itabaiana. Filho de Anita Carvalho (poetisa) e José Guaraná de Carvalho (Joça, o músico).

Sebrão Sobrinho fez seus estudos preliminares em Itabaiana, manteve uma escola primária tendo sido professor de personalidades ilustres como Silvio Teixeira, José Sinzino de Alencar e Antônio Melo entre muitos. Foi secretário do conselho de Intendência Municipal e Promotor Público. Vindo a residir em Aracaju (1926) continua sua atividade pedagógica, montando uma escola nessa cidade.

Maria Thetis Nunes
Professora aposentada da Universidade Federal de Sergipe, pesquisadora que muito tem contribuído para a historiografia sergipana, primeira mulher a chegar ao cargo de vice-reitoria e Reitora da UFS.

Membro da Academia Sergipe de Letras onde ocupa a cadeira nº39 cujo Patrono é Joaquim Martins Fontes e o Fundador Epifânio Dórea.

Autoria de várias obras como: Autora de "Ocupação Territorial da Vila de Itabaiana2 A disputa entre lavradores e criadores/1976.

Vladimir Souza Carvalho
Nasceu em Itabaiana em 6 de abril de 1950. Filho de Juba e Maria de Souza Carvalho. Fez o primário e o ginásio em sua terra natal, completando os estudos em Aracaju onde cursou o clássico, diplomando-se em Direito pela Faculdade de Direito de Sergipe.

Foi datilógrafo do extinto INPS e da Justiça Federal de Sergipe, ingressando posteriormente na magistratura estadual sergipano, tendo sido Juiz de Direito da Comarca da Nossa Senhora da Glória e Campo do Brito, respectivamente.

Folclorista, contista pesquisador, ficcionista e grande estudioso da cultura itabaianense.

Melcíades de Souza
Nasceu em Itabaiana em 14 de fevereiro de 1957. Filho de Antonio Bispo de Souza e Maria Vieira de Souza. É pintor, desenhista, ilustrador, projetista, decorador, músico, arquiteto e relações públicas.

Melcíades é um pintor que na sua expressão artística, o homem do agreste. O Vaqueiro é um tipo que ele conseguiu estilizar com a feição do seu habitar. O que não é de estranhar, pois Itabaiana sempre teve na sua vida econômica, desde os primeiros momentos de nossa colonização, a criação de gado, as pastagens e as pequenas propriedades agrícolas.

José Mesquita da Silveira
Conhecido por Zeca Mesquita, nasceu em 8 de março de 1899 em Maruim, mas, itabaianense de coração, pois deixou a sua terra natal aos 8 anos de idade, por volta de 1907 e veio morar em Itabaiana. Faleceu em 16 de outubro de 1981, aos 82 anos de idade.

O primeiro passo dado em Itabaiana no sistema de comunicações foi feito pelo empresário em 1948 através do serviço de alto-falante popular.

[editar] Aspectos sociais
[editar] A religiosidade em Itabaiana
Quando os colonos fixaram as margens da Lomba e Jacarecica dando origem ao arraial de Santo Antonio, cuidaram logo em erguer uma capela para cultuar a Deus.

Essa capela foi erguida em terras particulares, por isso os donos da terra era quem mandava. Mas o Pároco de São Cristóvão, padre Sebastião Pedroso de Góis queria vender o sitio Caatinga Ayres da rocha e armou seu plano a fim de convencer a Irmandade das Almas. Por isso, mandava retirar a imagem de Santo Antonio da igreja Velha no período da noite, deixando-o num galho da quixabeira. Para os colonos era fácil descobrir o paradeiro do santo, já que propositadamente se deixavam pistas.

A Fuga verifica-se com freqüência. Depois de cada ‘Fuga’ a imagem era levada em procissão para a capelinha. Não se tem data exata do início da construção da nova Igreja. Sabe-se que a Igreja Velha funcionou até 1637, mas já sem grande freqüência, porque a transferência do padroeiro significou também a mudança da sede do arraial para outro sitio. Ficou porem, a lenda de ‘Santo Antonio Fujão’.

O ano de 1675 foi de grande importância para a vida religiosa dos primeiros habitantes de Itabaiana. Além de a Irmandade ter sido convencida a comprar o sítio para erguer o novo templo, Itabaiana ganha a 30 de outubro, a condição de freguesia de Nossa Senhora da Vitória de Sergipe, em São Cristóvão. Com o nome de freguesia de Santo Antonio e almas de Itabaiana, foi a segunda a ser criada em Sergipe. A nova igreja, construída em bases mais sólidas, entretanto, não resistiu por muito tempo. Em 1760 já estava praticamente em ruínas obrigando o Vigário Francisco da Silva Lobo a derrubá-la para construir outra.


Igreja Nossa senhora do Bom Parto.Diante da falta de recursos, em que se defrontou, o padre reuniu os moradores para a busca de uma nova solução. “Vendo que não havia mais para onde recorrer, senão para as paternais mãos de Sua Majestade tão cheias de piedade…”, dirige-se ao Rei de Portugal, D. José, o pedido foi atendido em 1764.

Santo Antonio é homenageado, tendo o início das trezenas no dia 31 de maio para seu término ser realizado no dia 12 de junho perfazendo assim treze noites, as quais tem os patrocinadores toda camada social envolvendo assim profissões dos mais altos escalões ao mais simples cargos, demonstrando assim que no reino de Deus não existe distinção.

Celebrando a festa no dia 13 de junho, consagrando ao glorioso Santo Antônio. Vários foram os padres que por aqui passaram, sendo que o primeiro foi o padre Salvador da Costa Zuzarte.

A instituição da Irmandade das Almas é a mais antiga e subsistente no Brasil, foi criada há 30 de outubro de 1665, devido ao desenvolvimento da cidade houve a necessidade de construir novas paróquias como: paróquia Nossa Senhora do Bom Parto inaugurada em 1º de janeiro de 1992, pelo cônego Gilson Garcia e recentemente foi inaugurada a igreja Nossa Senhora do Carmo em 3 de setembro de 2000 pelo padre Carlos Alberto dos Santos.

[editar] Futebol
Em Itabaiana na década de vinte, surgem dois clubes esportivos: Santa Cruz e o Brasil. Em dez de julho de 1938, foi fundado o Botafogo, com sede provisória na Rua Barão do Rio Branco. No dia 6 de novembro do mesmo ano, o senhor Irineu Pereira de Andrade muda o nome do referido time para Itabaiana Esporte Clube.

Na década de cinqüenta houve modificação definitiva do nome para Associação Olímpica de Itabaiana. E a escolha das cores azul vermelha e branca, e a partir deste momento passou a ter grande expressão a nível nacional.

Possui o maior título do Futebol Sergipano: A Copa Nordeste de 1971, a qual conquistou eliminando clubes como Náutico, Campinense, ABC, CRB, Ferroviário-CE, etc.

Um dos seus grandes feitos aconteceu no dia 23 de Fevereiro de 1980, quando, pela primeira fase da Taça de Ouro, foi ao Estádio Beira-Rio e venceu o Internacional de Porto Alegre pelo placar de 2x1, quebrando uma invencibilidade de 23 jogos do Colorado. Se o Internacional vencesse, deteria um recorde até hoje não alcançado por nenhum clube brasileiro: O de ficar invicto por 3 edições do Campeonato Brasileiro, já que havia empatado a última partida em 78 e venceu a competição de 79 invicto.

Coleciona também várias vitórias sobre grandes clubes brasileiros como Botafogo, Sport, Fortaleza, Avaí, Atlético-PR, Bahia.

[editar] Meios de transporte, segurança, educação e saúde
[editar] Transportes
Itabaiana, cidade que possui meio de transporte restrito em número de veículos e horários, tem sua vida economica facilitada pelo grande fluxo de caminhões de carga, que transportam as nossas riquezas para todo o estado de Sergipe e do Brasil, por isso Itabaiana á chamada “Capital dos Caminhões”.

[editar] Segurança
Devido ao grande crescimento populacional de Itabaiana a questão da segurança em nosso município é precária.

Temos uma delegacia das mulheres que atende a queixas feitas pelas mulheres a respeito dos seus cônjuges.

O batalhão – que é composto pelos policiais militares.

A delegacia regional de Itabaiana não possui veículos suficientes para prestar serviços à comunidade urbana e rural, fazendo de maneira que deixa muito a desejar.

[editar] Saúde
Na cidade estão localizados o hospital Dr. Pedro Garcia Moreno, que atualmente foi reformado e ampliado, atendendo as cidades circunvizinhas em casos de urgência média; a Maternidade São José, que presta um relevante papel, principalmente as parturientes de toda região; alem de inúmeras clinicas e consultórios particulares.

[editar] Educação
Desde 1925 a instrução em Itabaiana passou a ter uma importância maior no que se refere à educação sistemática no padrão instituição, porque a muito que a aprendizagem existia fora desses padrões.

No setor educacional, Itabaiana ficou marcada pela historia a presença de Tobias Barreto que lecionava latim para os alunos de um notável poder econômico daquela época.

Mesmo com a ampliação da instrução pública, ano se atinge todos os graus de ensino, somente o primário. Só em 1949 é que foi surgido Ginásio e em seguida o 2º grau.

Possui 62 escolas de ensino infantil (3.546 alunos), 80 de ensino fundamental (16.474 alunos), 6 de ensino médio (2.581 alunos) e duas Universidades, sendo uma particular (UNIT) e outra Federal (UFS), além do Projeto de Qualificação Docente (PQD) e a Universidade Vale do Acaraú (UVA).

[editar] História

Imagem das ruínas da Igreja Velha, Localizada no povoado de mesmo nome, local da antiga sede do município de Itabaiana-SE.Com a descoberta do Brasil, a Coroa Portuguesa, visando à colonização do novo continente, em 1534 dividiu-o em Capitanias hereditárias, tendo o território sergipano sido dado a Francisco Pereira Coutinho. Com a morte deste, seu filho, Manoel Pereira Coutinho, fracassando na exploração das terras, vendeu sua capitania à Coroa Portuguesa, em 1549, permanecendo as terras sergipanas, ocupadas pelo elemento indígena. Em 1590 a expedição de Cristóvão de Barros liquida os indígenas e se inicia o processo de colonização de Sergipe.

Datam dessa época, as primeiras noticias de terras doadas a sete lavradores para colonizarem as cidades circunvizinhas do rio Sergipe. Através de sesmarias (terrenos que eram concedidos pelos reis de Portugal e pelas autoridades coloniais portuguesas às sesmeiros – colonos ou cultivadores), as terras não repartidas entre os colonos, oriundos de Portugal e da Bahia.

A primeira sesmaria é dada a Ayres da Rocha Peixoto, casado com uma neta de Caramuru. Suas terras atingiram áreas compreendidas entre os rios Japaratuba e Sergipe, correspondendo dentro de um mapa atual os municípios de Itabaiana, Riachuelo e Santo Amaro das Brotas.

Por essa época é que se dá início propriamente dito, ao povoado e colonização de Itabaiana em grande escala, com a distribuição de imenso número de sesmarias de suas terras, notadamente aquelas situadas à margem do rio Jacarecica, os colonos contemplados com tais sesmarias, se espalhando em sítios pelas margens do rio, vão fundar o Arraial de Santo Antonio, a primeira povoação de Itabaiana, na região hoje conhecida por Igreja Velha, a uma légua do atual centro da cidade de Itabaiana, erguendo-se uma capela, fundando a Irmandade das Santas Almas. Esta capela é registrada no mapa de Caspar Barlaeus, durante a invasão holandesa, datado provavelmente de 1641, data em que os holandeses pesquisaram ouro na Serra de Itabaiana.

O local onde se encontra hoje a sede do município, conhecida no século XVI como Caatinga de Ayres da Rocha, era primitivamente um sitio de propriedade do pároco de São Cristóvão, Padre Sebastião Pedroso de Góes, que vendeu em 9 de julho de 1675, por Rs. 60$000(sessenta contos de réis), à Irmandade das almas de Itabaiana, sob a condição de nele ser reedificado um templo sob a invocação de Santo Antonio e Almas de Itabaiana. Segundo Sebrão Sobrinho, a intenção do Padre Sebastião era ver concretizada a criação da Freguesia de Santo Antonio e Almas de Itabaiana e para tanto, mister que se fazia que a igreja fosse edificada em terreno próprio. Como a capela de Santo Antonio estava edificada numa fazenda de propriedade particular, jamais a freguesia pôde ser criada.

Com a venda da caatinga de Ayres da Rocha à Irmandade, foi edificada a Igreja de Santo Antonio e Almas de Itabaiana, passando para este lugar, a sede da vila, que até então funcionava na Igreja Velha.

A povoação foi crescendo e já pelo ano de 1678, Itabaiana era Distrito, possuindo paróquia desde outubro de 1675, permanecendo a invocação de Santo Antonio e Almas de Itabaiana. A paróquia de Itabaiana foi criada pelos governadores do Arcebispado, na ausência do Arcebispo D. Gaspar Barata de Mendonça.

A vila foi levantada pelo Ouvidor D. Diego Pacheco de Carvalho, em 1698, sob a denominação de vila do Santo Antonio e Almas de Itabaiana. Em 1727 aparecia como já possuindo sua Câmara representando o município.

Sem embargo das lendas que ainda são correntes entre seus habitantes, necessário se torna uma referência às incursões de Belchior Dias Moreyra, que em seus ensaios, depois de um demorado rodeio, fazia menção À prata, ao salitre e ao ouro da Serra de Itabaiana Assu.

Do roteiro da minas do Belchior Dias Moreyra, que andou por Itabaiana no início da colonização da capitania, depreende-se que, naquela serra se encontram jazidas de grandes riquezas minerais, sobretudo dos metais preciosos.

Do seu tempo nada se pôde colher, tendo como Clodomir Silva, no Álbum de Sergipe, de 1920, se valido nas referências que fez a estas minas, e documentos que datam de 1725 e 1753, que o próprio autor considera bordados dos adornos da fantasia. Assegura, porém que os informes a respeito se baseiam, contudo, na visão do povo e nas informações e parênteses e afeiçoados a família do explorador.

Os acontecimentos no fim do século XVIII, com pequenas lutas entre capitães-mores e ouvidores, um ou outro levante de índio, não forneceram subsídios que se pudessem considerar de valor histórico, para indicar o desenvolvimento do município que já se estabilizava aparecendo como o terceiro dos mais populosos do estado de Sergipe no início do século XIX, não podemos esquecer que o processo histórico de Itabaiana além da colonização efetuada após a conquista que Cristóvão de Barros teve como o primeiro habitante de nossa terra. Simão Dias, filho de uma índia com um francês.

Simão Dias Francês, dentro do que se fala e do que se escreve, é a primeira pessoa civilizadora a nascer em Itabaiana, vaqueiro e figura essencialmente atrativa, foi o tema de muitos trabalhos, todos posteriores as “Histórias Perdidas”, de Joaquim de Oliveira, fonte principal onde muitos foram se inspirar.

O que nos cantam os que escreveram história em Sergipe, é que o pai de Simão Dias Francês era guerreiro. No Brasil estava ele como membro das tropas francesas, saqueadoras do Pau-brasil em nossas terras.

Em Sergipe, seus superiores, depois de conquistar a amizade e confiança dos indígenas tentavam convence-los da necessidade de invadir a Capitania baiana, lado a lado com os franceses, o que seria uma possibilidade a mais para a vitória. Enquanto isso soldados franceses, inclusive o futuro pai de Simão Dias, tinham relacionamentos amorosos com índias.

Quando, em 1586, Luiz de Brito, com forte expedição, surpreende os índios e os franceses, vencendo-os em inúmeras batalhas, uma das quais tratava no Bojo da Serra da Cajaíba.

O soldado francês e sua índia fogem mata adentro e se alojam no local onde hoje é Itabaiana.

Em 1594 sob a sombra da secular quixabeira situada onde hoje está a matriz, nasceu das entranhas da índia sergipana um menino. Ela morre vítima de parto, Simão Dias Francês é alimentado por uma cabra. Com um ano do nascimento, o menino perdeu o pai. Sozinho, a cabra, conta a lenda, continua a lhe alimentar, até que os colonos descobrem no início do século XVI, o garoto e lhe conduzem para o Arraial de Santo Antonio onde mais tarde se torna vaqueiro de Luiz Rabelo. Em 1637 receosos das ameaças do conde de Bagnolo à época da invasão holandesa em Sergipe, Simão Dias com 47 anos, já casado, invade as matas de caiçara preludiando a colonização e o povoamento das terras que mais tarde recebiam seu nome.

Fatos de sua vida narrados pelos que se ocuparam do primeiro habitante itabaianense civilizado dizem mais respeito à história do Município de Simão Dias.

No nosso município ele nasceu e viveu até os 47 anos, no outro colonizou e povoou terras, conseguindo assim, de maneira pioneira e singular, inscrever seu nome na primeira página da história de dois municípios.

É certo que acerca de Simão Dias Francês se misturam lendas e história. É difícil precisar onde começa a lenda e onde termina a história. Não foi delimitada ainda a questão.

A vila de Santo Antonio e Almas de Itabaiana, por força da resolução Provincial de número 301, de 28 de agosto de 1888, elevado à categoria de cidade, na Presidência de Francisco Paula Preste Pimentel.

[editar] Etimologia
Os primeiros documentos que tratam da região, apresentam denominações diferentes para o lugar. Os nomes mais freqüentes são ITANHAMA ou TABAIANA. A forma Itabaiana, parece que se definiu no século XVII. Os holandeses, de quem não poderíamos esperar uma grafia muito correta, registraram a forma ITAPUANA. A tradição tem uma versão popular demais para ser aceita por eruditos:

Havia uma índia chamada Ita, vinda da província da Bahia. Quando ela dançava o povo explodia de entusiasmo: Ita, a baiana! Ita, a baiana!
Para o historiador itabaianense Vladimir Souza Carvalho, o nome Itabaiana está historicamente ligado à sua serra, que tem o mesmo nome.

O termo Itabaiana, nome indígena, é o resultado da união dos sufixos: Ita, significa pedra – a pedra é serra. Taba, significa aldeia – taba indígena. Oane, significa alguém. Da junção dos três vocábulos, surgiu o nome Itabaiana, pela assimilação dos mesmos. Sendo assim, Itabaiana significa: Naquela serra tem uma aldeia, onde mora gente, naquela aldeia mora alguém. Porém, segundo o poeta da época, Manoel Passos de Oliveira Teles não acreditava na tradição. Pos isso, fez um poema referindo-se à lenda do surgimento da serra de Itabaiana. Numa lenda indígena, havia um cacique castigado por Tupã que transformou seu corpo na Serra que posteriormente recebeu o nome de Itabaiana. Do sangue que jorrava do seu corpo, nasceu o rio Cotinguiba.

Abaixo registraremos parte do longo poema:

Das pedras do caminho, foi à taba,

Do orgulhoso cacique, enfurecido,

Arrogante, quebrando a Lei antiga,

A santa Lei da hospitalidade,

Nunca farto de guerra, avesso à paz,

O velho injuriou com requintada,

Com alvar e feroz descarteza,

Negou-lhe água da fonte cristalina;

Negou-lhe caça morta, havia pouco;

Negou-lhe amiga rede de repouso.

Então do velho a forma vai mudando

Pouco a pouco. Relutam novas cores

E traços novos. Foge-lhe a figura.

[editar] Da origem à emancipação
O local onde se encontra o município de Itabaiana era conhecido no século XVI como Caatinga de Ayres da Rocha, em seu início era um sítio de propriedade do Padre Sebastião Pedrosa Góes que vendeu por Rs. 60$000(sessenta contos de réis) à Irmandade das Almas de Itabaiana, sob a condição de nele ser edificado um templo sob a invocação de Santo Antonio e Almas de Itabaiana.

Logo depois passou a ser um povoado ou arraial localizado as margens do Rio Jacarecica, recebendo a denominação de Arraial de Santo Antonio, onde os colonos construíram uma igreja e suas casas ao redor de lá.

Apesar das discordâncias quanto à data de elevação de Itabaiana a condição de Vila, a mais aceita é a portaria de 20 de outubro de 1697 e a elevação dá-se em 1698.

Devido ao desenvolvimento econômico e processo de divisão administrativa pela qual passava a capitania, em 9 de julho de 1853 é criada a Comarca de Itabaiana, a qual se desmembra de São Cristóvão e compreende as terras de Itabaiana, Simão Dias e Nossa Senhora das Dores. O resultado dessa divisão administrativa é a formação de um distrito que alem de comarca compreendia os municípios de Campo do Brito e São Paulo (atual Frei Paulo).

Itabaiana foi elevada à categoria de cidade em 28 de agosto de 1888, no entanto tal acontecimento, teve pouca relevância, uma vez que as atenções estavam voltadas para outros problemas, como a crise de varíola.

[editar] A lenda de Santo Antonio Fujão
Santo Antonio era levado por fiéis de uma igreja para um pé de quixabeira onde ficava a propriedade do Sr. Ayres da Rocha, muitos acreditavam ser milagre ou desejo do próprio santo em possuir outra morada, a partir disso foi erguido a atual Igreja Matriz de Santo Antonio e Almas de Itabaiana.

[editar] Bibliografia
SANTOS, Jadson de Jesus; SANTOS, Ivana Silva e RODRIGUES, Jamile Oliveira. Relatório de Campo: “ITABAIANA E TODOS OS SEUS ASPECTOS”. Supervisionado pelos professores do Núcleo de Geografia da Universidade Federal de Segipe: Itabaiana - SE, 2006.
CARVALHO, Vladimir Souza. Santas Almas de Itabaiana Grande. Edições Serrano: Itabaiana – SE, 1973.
CARVALHO, Vladimir Souza. A república velha em Itabaiana. Fundação Oviêdo Teixeira: Aracaju, 2000.
DANTAS, Ibarê. Coronelismo e Dominação. Universidade Federal de Sergipe, PROEX/CECAC/programa Editorial: Aracaju, 1987.
COSTA, José Eloízo da. O Capesinato em Itabaiana (SE): uma abordagem Chaynoviana. Dissertação de mestrado, UFS: 1992.
MOTENEGRO, Antonio Torres. Historia oral e memória: Cultura popular revistada, 3ª ed. Contexto: São Paulo, 2001.
SANTOS, Adelci Figueiredo. Geografia de Sergipe, por Aldeci de Figueiredo Santos e José augusto Andrade. Aracaju, Secretaria de ed. E Cultura; Universidade Federal de Sergipe, 1986.
BOM MEIHY, José Carlos Sebem. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 1996.
SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha Alves de. Para conhecer a história de Sergipe. Opção: Aracaju, 1998.
MARQUES, Núbia. Do campo à metrópole: G.Barbosa na macro economia brasileira. J. Andrade: Aracaju, 1999.
Referências
↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
[editar] Ligações externas

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