Violencio no Rio de Janeiro

Data: 25/11/2010 | De: Lizaldo Vieira

Rio - Par a posso – a violência dos últimos dias
25/11/2010 12h07
Google Maps divulga mapa dos ataques no Rio
Também há o registro da reação da polícia, para conter os bandidos
Jornal do Brasil

O Google Maps divulgou, nesta quinta-feira, um mapa com o registro dos ataques no Rio, durante a onda de violência e terror, desde o último domingo, dia 21.
Na imagem é possível identificar os locais que sofreram os ataques e a reação da polícia para conter os bandidos.
Google Maps divulga mapa com registro de ataques na cidade. Foto: Reprodução
>> Clique aqui e confira o mapa
Violência
Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.
Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.
Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos três detidos e cinco mortos.
Na quarta-feira, com o policiamento reforçado e as operações nas favelas, 15 pessoas morreram em confronto com os agentes de segurança, 31 foram presas e dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se feriram, no dia mais violento até então. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas. Além disso, 15 carros, duas vans, sete ônibus e um caminhão foram queimados no Estado.
Ainda na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos. Até quarta-feira, 23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado.


25/11/2010 15h40
Traficantes fogem da Vila Cruzeiro durante megaoperação policial
Jornal do Brasil

Rio - Uma operação de guerra com 150 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e 30 fuzileiros navais, além de seis carros blindados da Marinha, teve início nesta manhã na Vila Cruzeiro, na Penha. Um grupo de aproximadamente 200 bandidos foi flagrado fugindo por uma mata na parte alta no complexo da Penha. Eles chegaram sem problemas ao conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, na tarde desta quinta-feira. O grupo foi auxiliado por criminosos em motocicletas e carros. Por volta de 17h, a polícia informou que ocupou o alto da Vila Cruzeiro - onde não havia chegado nos últimos anos. Os policiais também já chegaram ao complexo do Alemão.
Nas imagens transmitidas pela TV, centenas de criminosos caminhavam com tranquilidade já no alto da favela do Alemão. Muitos apontavam fuzis. Através do Twitter oficial, o Bope criticou a atuação dos helicópteros das emissoras Rede Globo e Record, que rondam próximo do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.
"Um desserviço prestado pelas aeronaves da Record e Globo ", dizia o Twitter do Bope.
Blindado em ação na Vila Cruzeiro. Foto: AFP
Ajuda da Marinha
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, enalteceu a ajuda enviada pela Marinha. De acordo com ele, os equipamentos fornecidos pelas Forças Armadas, entre veículos e fuzis, serão de grande ajuda para as operações em curso. Segundo Beltrame, a parceria com a Marinha é inédita e serve de modelo. "Por que não pode acontecer? Tem a lei da garantia e da ordem. A finalidade da lei não é o povo, não é a sociedade? Por que eu vou levar um ano para licitar equipamentos quando eles estão parados sem uso? A Marinha tomou uma decisão histórica. É algo inédito", afirmou Beltrame.
Beltrame também comentou as ações da polícia contra os ataques dos criminosos. Ele deixou claro que o combate ao crime, por meio das unidades de polícia pacificadora, é a solução para o problema da violência na cidade e deve continuar.
"A gente deu a resposta (referindo-se às UPPs). Na Vila Cruzeiro vai acontecer a mesma coisa. Não podemos desviar o foco disso. A gente tem uma proposta e quem atravessar na frente dela será atropelado", disse Beltrame.
PM diz que prioridade não é instalar UPP
De acordo com o chefe do Estado Maior da PM do Rio, Alvaro Garcia, a operação conta com 130 homens do Bope, 40 policiais militares do 16º Batalhão da PM de Olaria.
"O objetivo da operação é prender as pessoas que estão promovendo os ataques pela cidade", disse. Segundo ele, essa invasão ao Complexo de Vila Cruzeiro é por tempo indeterminado.
Questionado sobre o interesse da polícia na instalação de uma UPP no local, ele disse que esse não é objetivo no momento.
A polícia também informou que está preparando para a noite desta quinta-feira 50 rotas pela cidade, mas sem divulgar os locais, com a intenção de prender envolvidos nos ataques do Rio.
Hospital Getúlio Vargas reforça equipe
O hospital Getúlio Vargas, localizado próximo à Vila Cruzeiro, na Penha, onde o Bope iniciou operação nesta quinta-feira, reforçou sua equipe de emergência devido ao aumento de demanda na região, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Apenas na manhã desta quinta-feira, três pacientes foram internados, e nenhum tinha previsão de alta até as 11h50. Na quarta-feira, 21 moradores de comunidades locais deram entrada no hospital, e quatro deles morreram à tarde.
O caso mais grave era o de Reginaldo Dias Peixoto, 36 anos, que deu entrada no hospital após receber um tiro na cabeça. Ele passou por cirurgia e já está em estado regular, em leito pós-operatório. Bárbara Carolina Oliveira Silva, 16 anos, havia sido alvejada nas costas. Ela foi operada e está internada na enfermaria, onde passa bem.
Gerson Rodrigues de oliveira, 26 anos, deu entrada no hospital com um tiro no braço esquerdo. Ele também foi operado e passa bem. Os outros 14 pacientes da região que deram entrada na quarta-feira, após serem atingidos por tiros ou feridos por estilhaços de granadas, já receberam alta.
O secretário Estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, visitou o hospital na manhã desta quinta-feira. De acordo com a secretaria, Cortês sempre circula pelas unidades de saúde, e a visita não tem relação com a operação iniciada pelo Bope nesta manhã.
Marinha divulga nota de apoio ao governo do Rio
A Marinha divulgou nota oficial sobre o apoio ao governo do Rio. Confira a nota na íntegra:

''Em face dos recentes problemas de Segurança Pública ocorridos no Estado do Rio de Janeiro, a Marinha do Brasil (MB) está prestando, a partir desta data (25 de novembro), apoio logístico ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, conforme solicitado ao Ministro da Defesa. Trata-se de cessão temporária de uso de material logístico e transporte, em apoio às Operações Policiais no Rio de Janeiro, em atendimento aos requisitos operacionais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
Serão empregadas viaturas blindadas e suas respectivas guarnições para operá-las. Os efetivos da MB serão limitados às tripulações que conduzirão as viaturas.
Foram disponibilizados, inicialmente, para prestar apoio logístico de transporte ao Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PMERJ, os seguintes meios do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil: Viaturas Blindadas sobre Lagartas M-113, Viaturas Blindadas sobre rodas PIRANHA e Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf)''.

25/11/2010 10h50
Para ex-Bope, UPP funciona e Rio vive "agora ou nunca"
Dayanne Sousa
O ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e roteirista dos dois filmes Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel, diz que o Rio de Janeiro passa por um momento de "agora ou nunca" na reação à onda de violência dos últimos dias. "É um momento único na história do Rio de Janeiro", diz otimista. Crítico da repressão violenta ao tráfico, ele defende as invasões de favelas e policiamento nas ruas que foram intensificadas desde os ataques que começaram no domingo (21).
Pimentel reforça a declaração do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para quem os ataques são uma reação de traficantes ao processo chamado de pacificação das favelas. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) se instalaram de forma permanente em favelas da capital carioca e, para Pimentel, diminuíram o poder do tráfico.
Um dos autores do livro Elite da Tropa, Pimentel e sua experiência no Bope inspiraram a criação do personagem capitão Nascimento, dos filmes. Lembrando de sua atuação na polícia, ele ressalta:
Homens do Bope em operação na Penha. Foto: AFP
- Quando eu era da polícia, tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista... Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.
Leia a entrevista na íntegra.
Você acha que esses ataques são coisa de "traficante emburrado", como disse o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame?
Rodrigo Pimentel - É evidente que é. As ações de terror que visam à promoção do medo e do pânico, de muita visibilidade e que não tem intenção nenhuma de lucro, são ações de terror. São ações de reação não só às UPPs, mas a toda a política de segurança pública do Estado. A UPP é, sim, o carro chefe, é o que está dando mais prejuízo para o bandido. Mas veja só... desde que o governador Sérgio Cabral assumiu, além da pacificação, tem também o encaminhamento de bandidos para fora do Estado. Tem ainda o indiciamento e investigação de familiares de presos. Os familiares que enriqueceram ilicitamente estão sendo investigados e denunciados pelo Ministério Público. Isso provoca no tráfico revolta. Todo mundo dizia que essa UPP era esquisita porque os bandidos não reagiam. Taí a prova de que não era nada esquisito. A UPP é realmente eficaz e tira o território do tráfico. A reação é essa aí...
As UPPs foram implantadas como um contraponto ao policiamento que combate o tráfico com mais violência. Mas aumentaram o policiamento nas ruas e as operações do Bope em favelas. A polícia divulgou nesta quarta que já foram mais de vinte mortos nessa reação aos ataques. Não corremos o risco de regredir?
É importantíssimo isso. Não é a volta da política de enfrentamento. Na verdade é uma consolidação da UPP. O governo do Estado persegue a pacificação como um caminho mais viável e mais inteligente como a única política de segurança pública do Estado - porque até então não havia nenhuma. Se existe uma reação dos traficantes a essa política de pacificação, é evidente que você tem que estancar essa reação. E para estancar essa reação, é operação em favela, sim!
Isso seria momentâneo?
Eu sempre fui um crítico desde tenente, de capitão... Eu sempre fui um crítico contundente da operação em favela. Eu sempre achei uma ação desnecessária e ineficaz, que não tinha o menor motivo. Porque você entrava na favela e saía. E aquilo não tinha fim nunca. Aí surge a UPP que entra na favela e permanece. De fato, funciona. Mas essa política de enfrentamento momentânea é para estabelecer e consolidar o processo de pacificação. Os marginais estão saindo de favelas já identificadas para efetuar pânico no Rio de Janeiro. Para queimar ônibus, matar pessoas... Então a polícia tem sim que invadir esses redutos e tomar esses traficantes. Tem que criar uma zona de desconforto para que eles não possam mais operar essas ações. Além de intensificar o policiamento nas ruas, a polícia tem que voltar às favelas e atacar esses redutos, esses sujeitos. Não tem jeito. É um caminho sem volta. É agora ou nunca. O Estado não pode ser refém, não pode se ajoelhar, não pode recuar um milímetro.
A população não sofre com isso?
Isso não é uma vontade do governo do Estado, não. É uma vontade da população. Todas as pessoas nas ruas estão solidárias às ações da polícia. Nós vamos viver no Rio de Janeiro nos próximos cinco ou seis dias, um pouco de medo, de estresse em sair à noite, de preocupação com o filho na escola. De "será que eu posso ir à faculdade porque a minha aula termina a noite?". Nós vamos viver um desconforto nos próximos dias, mas se for isso o preço para que a política de pacificação funcione, que seja pago. Está muito claro que isso é um momento. Não é uma política para sempre. É um momento. A política é a pacificação. O que a gente está vivendo agora é um momento importante para a pacificação.
Isso não pode virar um ciclo de ataques de traficantes e reações mais ostensivas da polícia?
Não. Na queda de braço com o Estado, o Estado ganha. Com todos os traficantes que o Comando Vermelho dispõe no Alemão e no complexo da Penha, o Estado já provou que consegue entrar lá. Então, nessa queda de braço quem vai sair perdendo é o traficante. E perde várias vezes. Perde porque a Justiça já entendeu que ele não pode mais ficar no Rio. Ele é uma ameaça à sociedade cumprindo pena aqui. Ele perde em cumprir pena num lugar mais distante, perde em ter seu reduto atacado pela polícia... Sinceramente, eu sou otimista. Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.
Sobre a prisão em outros Estados, o secretário Beltrame informou que há indícios de que a ordem para os ataques tenha vindo do traficante Marcinho VP, de um presídio no Paraná...
Sim, você tem ataques que vieram do Paraná. Mas vieram em função de prerrogativas que os presos possuem no Brasil, de visita a vítimas, acesso a advogados e tal. Uma forma punitiva para eles agora é que eles sejam retirados do Paraná e sejam enviados a um presídio mais longe. Nesse intervalo, eles vão perder semanas de acesso a advogados e a familiares. E isso já descordena as ações reativas desses bandidos.
As UPPs estão instaladas, em sua maioria, na Zona Sul enquanto que investigações apontam que esses ataques estão vindo de outras regiões, da Zona Norte. O processo de pacificação não precisa ser expandido?
É. A UPP começou na região hoteleira da cidade, na região mais nobre e que tem potencial turístico. E isso é evidente em qualquer lugar do mundo. Não é privilégio para os ricos, até porque a UPP beneficia ricos e pobres. A UPP começou na região de Ipanema, Copacabana e Leme. Depois ela foi expandida. Ela já chegou, sim, à Zona Norte. Toda a região da grande Tijuca - que é um bairro de classe média - já está pacificada. E agora ela avança para uma região mais pobre. Já começou no Morro do Macaco, já entrou para o Morro do São João e está caminhando para o Morro da Matriz. Ela já está avançando para uma região... Agora, está longe do subúrbio da Leopoldina ainda, que é essa região que estamos falando da Penha. Está longe, mas ela vai chegar lá. Tanto vai chegar que a reação do bandido é em função disso. É o medo da aproximação da UPP do seu domínio territorial.
Entendo...
Deixa eu falar uma coisa. Eu nunca na minha vida deixei de criticar a política de segurança pública. Eu cheguei onde cheguei onde cheguei - no filme Tropa de Elite, no livro Elite da Tropa - porque cheguei criticando. Mas esse momento que eu vivo hoje da minha vida é um momento único na história do Rio de Janeiro. Eu não tenho nenhuma ligação partidária com o Sérgio Cabral. A gente tem que fazer uma opção: Essa porra tem que dar certo! Se isso não der certo minha amiga... Nós já testamos vários remédios e nada funcionou. O que a gente não testou ainda é a ocupação territorial permanente. Estamos testando e está funcionando. É necessário.
Já que você destaca esse seu posicionamento crítico, o que mudou desde o seu tempo na polícia?
Quando eu era da polícia, eu tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. A gente matava bandido e invadia favela sem ter uma luz no fim do túnel de melhora. Hoje em dia, fora da polícia, eu vejo com muito otimismo o futuro do Rio de Janeiro. Então essa é a melhor mudança. É o otimismo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista. E olha que eu sou muito mais crítico agora do que eu era anteriormente.


Ações precisam ir além da repressão ao tráfico, diz FHC
Qui, 25 Nov, 02h50
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) disse hoje que a onda de violência no Rio de Janeiro, que registrou ontem dezoito mortes, entre elas a de uma estudante de 14 anos, é uma reação às ações que o governo vem adotando no combate ao tráfico de drogas. "Isso o que está acontecendo no Rio de Janeiro é uma reação ao fato de que o governo está fazendo alguma coisa", afirmou. "Sei que está havendo um certo esforço para se controlar o tráfico, mas o que está havendo até agora é simplesmente retirar o tráfico dos morros. Não se está realmente lidando com a questão da droga e da criminalidade de maneira mais geral."

A questão, segundo ele, é que não basta retirar os traficantes dos morros nem apenas focar as ações à repressão ao crime. "A droga tem de ser discutida de uma maneira mais ampla. Enquanto não se entender que boa parte da questão da droga tem a ver com a proibição, por exemplo, da maconha, e tem a ver com a falta de tratamento; enquanto não se induzir as pessoas a entender que a droga é também uma questão de saúde, e não apenas de repressão; enquanto não se diminuir o consumo, você vai ter gente se arriscando e fazendo tráfico", afirmou.
Na avaliação do ex-presidente, é preciso ampliar as campanhas e ações que visam à diminuição do consumo e à ampliação da assistência médica aos usuários. "Isso não está sendo feito. Estamos ainda na primeira etapa, na posição de repressão, que é importante, já que você não pode deixar que o tráfico tome conta, mas não é suficiente", defendeu. As afirmações do tucano foram feitas em entrevista coletiva, em São Paulo, após participar do 2º Fórum CardMonitor de Inteligência de Mercado.

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