Poesia

Data: 13/11/2010 | De: Lizaldo Vieira

Ir aonde – Lizaldo Vieira
Já ando devagar
Porque não tenho pressa
De quem almejar
Pressa de chegar
Pressa de fingir
Pressa de tentar
Pressa de mentir
Pressa de sonhar
Pressa de ir e vir
Sem limite para o exercício divã
Pois vem do brilho
A luz
Pra donde
Por donde
A vida tem seus recados
De bons e maus bocados
E ser feliz
É o alvo
Uns dias farta com tudo
Noutros
Enfartados ficamos
Com isso
Fico aos cuidados
Do eterno ir e voltar
Feito santo em fim de procissão
Aos trancos e barrancos
De volta pro altar
Que nem o mar e a ostra contra o rochedo
Tomando lapada por todos os lados
E é assim
Devagar se vai ao longe
De jegue
Ou de bonde
Porque de pressa
Já to farto
Inda tonto
De tanto correr
Pra vencer
Sem pegar boi voando
A gente ás vezes deve brincar de coisa tola
Conversar coisa boba
Porque a vida também é bobagem
Sendo boa
Tem tolice no meio
Tem fantasia
Quando Levada tão ao serio
Na ponta de faca
Feito serpente raivosa
Limita o exercício divã..
Onde o brilho
É a luz

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